O início de um novo ano representa mais do que simplesmente virar uma página no calendário corporativo, afinal, estamos falando de um momento importante em que as empresas têm a chance de criar as bases para o sucesso nos meses que seguem. No entanto, de acordo com uma pesquisa realizada pela consultoria de gestão empresarial Falconi, somente 10% das companhias brasileiras se comprometem com isso.
É hora de revisitar a cultura empresarial, olhar para o quadro de colaboradores, as oportunidades que estão à frente e também os desafios que podem surgir no meio desse caminho.
Sendo assim, o planejamento estratégico durante este período é fundamental para direcionar as organizações em direção aos seus objetivos, enquanto estão em um ambiente de negócios dinâmico e em constante evolução.
No entanto, o sucesso do planejamento não depende apenas de análises financeiras e estratégias bem definidas. A dinâmica emocional dos colaboradores e líderes desempenha um papel crucial. Emoções como o medo do fracasso, a resistência à mudança, a falta de confiança ou até mesmo um excesso de otimismo podem influenciar fortemente a implementação eficaz dos planos empresariais.
Existem fatores subliminares que também podem afetar o sucesso do planejamento empresarial. Culturas corporativas tóxicas, comunicações deficientes, falta de alinhamento entre equipes e estruturas de poder são alguns exemplos desses fatores.
Para superar esses desafios, as empresas podem adotar estratégias que promovam uma cultura de confiança, comunicação aberta e alinhamento de objetivos.
Ano novo, empresa nova
O processo de planejamento de início de ano oferece a oportunidade única de reflexão sobre as realizações passadas e análise crítica das áreas que precisam de melhorias. Este exercício reflexivo não apenas reconhece os sucessos alcançados, mas também identifica lacunas e oportunidades de crescimento. Permite que as empresas aprendam com experiências passadas e tomem decisões informadas para o futuro.
- O que fez no ano anterior que impactou o ambiente de trabalho?
- Onde é preciso mudar?
- Os colaboradores estão recebendo as oportunidades que merecem?
- E como andam as lideranças?
A partir das respostas, é possível olhar para 2024, trazer novas perspectivas, perceber a nova chance que tem em mãos para fazer com que a organização alcance um outro patamar e seja um lugar bem melhor para se trabalhar.
A definição de metas claras e mensuráveis é um pilar essencial do planejamento de início de ano. Estas metas servem como bússola, orientando as atividades e os esforços diários em direção a um objetivo comum. Além disso, a elaboração de estratégias bem delineadas ajuda a estabelecer prioridades, alocar recursos de forma eficiente e criar um plano de ação robusto para alcançar essas metas.
Os líderes que conseguem comunicar e compartilhar essa visão com suas equipes criam um senso de propósito coletivo. Essa visão inspiradora é o farol que guia as decisões e ações da equipe ao longo do ano. Por isso, o momento é ideal para permitir que todos contribuam com suas ideias e perspectivas, cultivando um senso de pertencimento e comprometimento com os objetivos estabelecidos.
Contudo, o sucesso do planejamento de início de ano não se resume apenas a criar objetivos e estratégias. É preciso transformar estratégias em planos de ação detalhados, atribuindo responsabilidades e prazos claros para a execução. Isso garante que as ideias não se percam no vazio, mas se tornem resultados concretos.
Estamos diante de um processo fundamental para as empresas que desejam alcançar o sucesso sustentável e o período está propício para isso. Se ainda não começou, dá tempo de se planejar e ter um 2024 diferenciado.
Por Allessandra Canuto, especialista em temas comportamentais e gestão da cultura e Valéria Oliveira, especialista em desenvolvimento de líderes e gestão da cultura.
Ouça o episódio 168 do RHPraVocê Cast, “Há espaço para emoções no ambiente de trabalho?”. Por que é tão difícil – até mesmo um tabu – falar sobre emoções no ambiente de trabalho? Elas fazem parte de cada nuance da jornada corporativa, afinal, a felicidade e a tristeza, por exemplo, podem ser variáveis que impactam consideravelmente o engajamento, a produtividade e, consequentemente, as finanças do negócio.
Mas como administrá-las? Qual é o papel do líder e do RH em relação às emoções? Para deixar claro que o assunto deve, sim, entrar em pauta nas organizações, o RH Pra Você Cast de hoje conta com uma dupla da Coppead/UFRJ: Paula Chimenti, Professora e Coordenadora do Centro de Estudos em Estratégia e Inovação; e Fernanda Souza, doutoranda e pesquisadora. Confira clicando abaixo:
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