O mundo do trabalho mudou e disso nós temos certeza!

A tecnologia ocupa lugares que antes eram ocupados apenas por seres humanos e a velocidade que as mudanças estão acontecendo no mundo tornam o trabalho cada vez mais complexo, interdependente e cheio de incertezas. 

A pandemia acelerou uma transformação que parecia ser previsível. Mas, de repente, o previsível virou algo ilusório e mundo virou de ponta cabeça. Nos vimos dentro de casa e as organizações precisaram reinventar rapidamente o jeito que faziam negócio para se manterem presentes, relevantes e competitivas no mercado. 

RH-TopTalks2023

Um cenário novo se instalou do dia pra noite e as pessoas continuaram sendo cobradas por resultados. Somado a isso, fomos desafiados a repensar formatos consolidados, manter equipes coesas e engajadas, humanizar as relações, falar de nossas inseguranças, estabelecer vínculos e fazer gestão à distância, num contexto de extrema dificuldade e desconforto.  

A falta de preparo das pessoas para lidar e liderar essa transformação tem causado um stress constante num cenário onde as decisões precisam ser cada vez mais ágeis e inteligentes. Isso significa que vivemos uma era sem precedentes onde inovar e ‘aprender a aprender’ será vital para empresas que querem continuar crescendo e gerando valor para a os seus colaboradores, clientes, investidores e sociedade.

No entanto, a inovação não vem das máquinas. A inovação vem das ideias, das diferentes perspectivas, das perguntas, da diversidade de pensamento. A inovação depende das pessoas terem vontade de dizer o que sabem, o que pensam, o que sentem. E para que isso aconteça, o medo do julgamento ou de sofrer algum tipo de retaliação não pode ser maior do que o aprendizado que pode que pode ser gerado para todos. 

Veja mais: A busca pela produtividade em tempos de home office

Por que é importante falar sobre isso?

Porque já não fazemos mais nada sozinho. Os resultados dependem de um grupo de pessoas engajadas a colaborar e contribuir para algo que é maior do que as necessidades e vontades individuais.

Estamos sendo constantemente desafiados a reaprender o que já sabemos e a aprender coisas novas o tempo inteiro. 

E para tomar decisões inteligentes no mundo complexo e incerto de hoje, os líderes precisam deixar para trás a lógica de um modelo de gestão tradicional, hierárquico, de comando-controle que funcionou até ontem, mas que não funciona mais. 

Líderes que operam nesta lógica, promovem ambientes onde o medo de falar se instala silenciosamente enquanto se iludem acreditando de que estão no controle de tudo – quando na verdade, estão trabalhando e tomando decisões no escuro, sem saber o que realmente está acontecendo.

Estamos vivendo na Era do Conhecimento e líderes apaixonados pela própria voz não sobreviverão.

Precisamos de líderes imperfeitos!

Líderes que erram, que não sabem, que pedem ajuda, que são curiosos pelo repertório do outro, que entram em campo junto e fazem parte do time. Enquanto os líderes se colocarem em posições de perfeitos e sabedores de tudo, vai ser muito difícil que as outras pessoas se sintam seguras para falem e trazer suas ideias. 

A liderança do mundo contemporâneo precisa saber que navegar na incerteza requer curiosidade e paixão pelo que faz – e isso só vai acontecer em ambientes psicologicamente seguros onde as todos se sentem parte de numa dinâmica saudável e colaborativa para lidar com os desafios inevitáveis e alcançar novos patamares de resultados e aprendizado. Na era do conhecimento, a inteligência é coletiva. 

Líderes apaixonados pela própria voz, não sobreviverão

Por Patrícia Ansarah, psicóloga organizacional e master trainer em Segurança Psicológica de Times e Veruska Galvão, fundadora do IISP, master trainer e especialista em Segurança Psicológica em Times. Psicóloga especialista em relacionamentos humanos nas organizações, com certificação internacional em Coaching e em modelagem de cultura e pós MBA em docência empresarial e liderança. Ambas do Instituto Internacional em Segurança Psicológica (IISP).

Ouça também o PodCast RHPraVocê, episódio 87, “Faz sentido falar em meritocracia na gestão de RH?” com Gustavo Mançanares Leme, Sócio Diretor da Tailor | Headhunter & Estrategista de RH e Renata Meireles, Gerente Sênior Pessoas & Performance da Cyrela, ambos colunistas do RH Pra Você. Clique no app abaixo:

Não se esqueça de seguir nosso podcast e interagir em nossas redes sociais:

Facebook
Instagram
LinkedIn
YouTube

Capa: Depositphotos