Com o avanço da tecnologia, o mundo foi transformado em diversos aspectos. As novas descobertas científicas possibilitaram um grande aumento da expectativa de vida. Consequentemente, hoje, as pessoas permanecem mais tempo no mercado de trabalho e devem ser acolhidas em seus campos de atuação. 

Nesse cenário, também surge um contraste muito maior entre profissionais de diferentes gerações, já que há um distanciamento entre o nascimento desses grupos, os quais carregam pensamentos, hábitos e posturas completamente distintos.

No século XXI, é raro encontrar equipes formadas por uma única geração, sendo papel do gestor incentivar a pluralidade de idades e perfis e garantir o bem-estar de todos.

Mas afinal, como promover um ambiente colaborativo?

A questão das equipes multidirecionais também se aplica ao universo educacional e a colaboração acaba sendo uma resposta ao desafio que esse tipo de integração impõe.

Para promover as melhores oportunidades aos estudantes, é preciso criar, entre os funcionários, um ambiente colaborativo, no qual todos ouvem e participam. Nesse contexto, a gestão é peça-chave para cada liderança conduzir o corpo docente às metas. 

Pesquisa Infojobs

Para fazer isso, os líderes precisam escutar e orientar os seus times. Nas escolas, os gestores não podem se manter alheios à rotina de professores, coordenadores e alunos e cabe a eles promover um engajamento constante entre todos. Além disso, cada geração deve se sentir incentivada a procurar soluções, ideias e a compartilhar as suas dores. 

Ao estimular a autonomia de cada indivíduo, é criado, oficialmente, um trabalho colaborativo. Cada um faz a sua parte, sabendo que ela está integrada a um mecanismo maior e inserida nos pilares clássicos da gestão de empresas: sistematização dos processos, acompanhamento do desempenho e governança eficiente. 

A integração de novos funcionários à equipe

Outra tendência do mercado de trabalho é um fenômeno chamado turnover, em que o profissional decide se desligar por não se sentir integrado à empresa — algo cada vez mais comum na geração Y, os millenials, nascidos depois de 1980 e até a primeira metade da década de 1990.

Nas escolas, esse processo é ainda mais sensível, uma vez que o contato professor-aluno cria laços importantes, que não devem ser interrompidos precocemente.

Por isso, a adaptação de novos profissionais deve ser feita com o apoio de colegas experientes, que estejam há mais tempo na instituição, orientando o recém-chegado sobre como exercer as suas funções e se relacionar com o espaço. As primeiras semanas exigem uma atenção especial para que não haja isolamento.

Interação entre diferentes idades

É natural que as pessoas prefiram conviver com outras que possuam a mesma visão de mundo. Também existe uma preferência por colegas das mesmas gerações. No entanto, um erro grave é quando a liderança não se aproxima de todas as faixas etárias, mantendo por perto apenas seus iguais.

Seja nos momentos profissionais, seja naqueles de interação social, como no almoço, no horário do café e nas visitas às salas dos professores, é preciso manter o equilíbrio nos relacionamentos com todas as gerações, mesmo que às vezes a pessoa não se sinta tão à vontade.

Feedbacks personalizados

Conversar individualmente com os colaboradores é um instrumento poderoso de alinhamento das expectativas, resolução de problemas e melhoria do trabalho. Vale lembrar que existem formatos específicos de feedback que se adequam a cada geração, podendo proporcionar resultados ainda melhores. 

Enfatização dos valores da empresa

No setor educacional ou em qualquer outro, é fundamental que a corporação esteja constantemente reforçando seus valores para os funcionários e parceiros. Essa postura aumenta a conexão dos indivíduos com o ambiente no qual ele está inserido, compreendendo, inclusive, que as sugestões e críticas são bem-vindas, o que diminui a taxa de desligamento, por exemplo.

As gerações mais jovens, Y e Z, em especial, apreciam as empresas que apresentam valores, propósitos e missões similares às suas, além da integração de aspectos como diversidade de gênero, etnia, idade, formação, entre outros.

Na educação, em especial, que constrói a formação de novos cidadãos, isso é extremamente importante. Ao ressaltar os princípios da escola ou da empresa por meio de reuniões e de projetos, os líderes garantem a satisfação mais ampla, com oferta de serviço de qualidade. 

Gestão de equipes no século XXIPor Christian Coelho, consultor educacional e CEO do Grupo Rabbit, maior consultoria em gestão educacional da América Latina.

 

 

Ouça também o RHPraVocê Cast, episódio 126, “Até o ‘bom dia’ vira reunião: é mesmo tão difícil se adaptar à comunicação assíncrona?”. Será que todos os líderes estão, de fato, preparados para se adaptar a um diferente estilo de comunicação? Há solução para as reuniões em excesso deixarem de ser parte do dia a dia?

Para responder a isso e auxiliar no melhor entendimento sobre a importância da comunicação assíncrona, o RH Pra Você Cast traz a neurocientista Ana Carolina Souza, sócia da Nêmesis, empresa de educação corporativa. Clique no app abaixo:

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Capa: Depositphotos