Uma pesquisa recente conduzida pela renomada consultoria Robert Half enfatiza o impacto significativo da felicidade do colaborador nos resultados profissionais. A correlação direta entre a motivação e a produtividade é inegável, levando-nos a refletir sobre o que verdadeiramente faz um colaborador se considerar feliz no ambiente de trabalho.

De acordo com a pesquisa, 69% dos trabalhadores apontam o gosto pela profissão como o principal motivador, seguido por equilibrar vida pessoal e profissional (62%), ser tratado com igualdade e respeito (58%), orgulho pela organização (53%), e sentimento de realização no trabalho (51%).

É crucial ressaltar que a empatia e a humanidade, quando incorporadas em uma cultura empresarial, exercem uma influência poderosa sobre os colaboradores. Esses elementos não apenas inspiram uma cultura organizacional sólida, mas também moldam o ambiente e impactam tanto as vidas profissionais quanto pessoais dos colaboradores, influenciando diretamente a produtividade da empresa. Uma consideração muitas vezes negligenciada é como isso afeta o tempo que um colaborador permanece em uma empresa.

Pesquisa Infojobs

Com 26 anos de empresa, vejo não só como o RH, mas líderes preparados e uma cultura exemplar, que começa por cima, influencia também no tempo de um colaborador em uma empresa. Segundo a mesma consultoria, o turnover no Brasil atinge 56%, superando índices de países como o Reino Unido e a Bélgica.

Essa taxa não apenas reflete um clima organizacional desfavorável, mas também impacta negativamente a produtividade, uma vez que manter um colaborador implica na preservação do conhecimento e capital intelectual.

Desse modo, a produtividade não necessariamente inclui operacional, financeiro, mas também recursos humanos, com estrutura e uma cultura organizacional forte que mostre que o colaborador importa.

É o que chamamos também de trabalho 4.0, oferecer benefícios que contribuam para a vida profissional e também pessoal do colaborador, como trabalho remoto, programa de apoio emocional, financiamento em programas de atualização e capacitação externa, programa de incentivos de indicação de talentos, ajuda de custo para ingresso na empresa, e benefícios básicos como vale alimentação, plano de assistência médica, odontológica e seguro de vida.

Por isso, o compromisso e metas de uma companhia também deve abranger o colaborador, ir além das métricas tradicionais de sucesso empresarial. É um investimento contínuo na construção de uma cultura organizacional que valoriza não apenas os resultados, mas também o bem-estar e a satisfação de cada membro da equipe.

É ter avaliações de líderes, da empresa, oferecer um plano de carreira que possibilite um crescimento profissional ao  colaborador, planejamento de cursos pelas lideranças e treinamentos internos para sua equipe. É preciso haver uma cultura, estrutura e planejamento para que isso chegue até a ponta. Somente assim é  que as empresas se manterão no mercado e vão ter colaboradores de alto valor.

Felicidade e Qualidade de Vida no Trabalho

Por Guilherme Carrullo, CEO da MXM Sistemas.

Saiba mais sobre vida pessoal ouvindo o programa “Vida Pessoal e Profissional: há limites?” do PodCast do RHPraVocê. Nesse episódio, o CEO do Grupo TopRH, Daniel Consani, e a editora do RH Pra Você, Gabriela Ferigato, conversaram com Tiago Petreca, diretor fundador e curador chefe da Kuratore – consultoria de educação corporativa, Country Manager da getAbstract Brasil e autor do Livro “Do Mindset ao Mindflow”, sobre as principais descobertas da pesquisa. Acompanhe clicando no app abaixo:

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Capa: Depositphotos