Dia do Trabalho: tendências, perspectivas e muitos desafios. Dia 1º de maio será comemorado mais um Dia do Trabalho ou do Trabalhador. Passados três anos do início da pandemia da covid-19 e com a mobilidade das pessoas quase totalmente normalizada, o cenário no mercado de trabalho em 2023 é de estabilização das tendências que realmente devem ser mantidas, pelo menos por enquanto.

Mais do que comemorar a data, é o momento de fazermos um balanço do que aconteceu nos últimos anos tanto para o trabalhador quanto para o empregador. Tendências como o home office – que foi implementado fortemente nos últimos anos – estão perdendo força e dando lugar ao sistema híbrido com a presença física do funcionário no escritório por pelo menos duas ou três vezes por semana.

RH-TopTalks2023

O que vimos é que a liderança remota e o alinhamento à cultura da empresa são um desafio para os gestores e executivos da área de recursos humanos.

A pandemia que potencializou o processo de digitalização das empresas fez com que dois profissionais ganhassem destaque, aqueles ligados às áreas de tecnologia da informação e aos que trabalham com projetos associados às práticas de meio ambiente, sociais e de governança (da sigla em inglês, ESG). Setores como o da saúde também se mantêm em alta. Com isso, o movimento de recolocação segue em ascensão.

Por outro lado, recursos inovadores como a inteligência artificial do Chat GPT e metaverso passam a fazer parte da rotina do mercado de trabalho. No momento, a discussão é se várias profissões irão perder espaço para a tecnologia. O que sabemos é que cargos serão criados para atender a esta demanda e se manterão o espaço no mundo corporativo aqueles profissionais que se reinventarem, se atualizarem, acompanharem de perto essas tendências, que souberem trabalhar em equipe, tiverem uma boa liderança e habilidade para comunicação.

Já a ansiedade da geração Z, formada por quem nasceu entre 1997 e 2002 e que são os mais adeptos ao uso da tecnologia, fez movimentar a demanda por trabalho à distância em que o profissional pode atuar de qualquer lugar do mundo.

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Além disso, segue impactando os planos de carreira e salários das empresas tradicionais, fazendo com que esses projetos fossem reestruturados e implementados benefícios como carga horária reduzida e até mesmo salário da felicidade que inclui garantias que vão além da remuneração. Contraditoriamente a este cenário privilegiado, oportunidades com carteira assinada vêm diminuindo drasticamente, dando espaço às contratações por pessoa jurídica.

Além disso, questões sociais como a demissão responsável e projetos de saúde mental ganharam destaque nas empresas que buscaram se diferenciar dos concorrentes. O fortalecimento da discussão pela equidade e diversidade no ambiente corporativo virou o lema de muitas organizações pressionadas, principalmente, por uma demanda forte dos consumidores. O aumento da presença de feminina e de profissionais negros vem crescendo, mas de forma ainda modesta.

Mesmo em tempos de tecnologia em alta, denúncias como trabalho análogo à escravidão em cidades do interior do país ainda são realidade. Precarização da mão de obra e subemprego são dois dos extremos de uma parte lastimável do ambiente corporativo brasileiro.

Do trabalho escravo ao ChatGPT, o mercado de trabalho nos últimos anos nunca esteve tão movimentado, mas ainda temos muito a avançar. Vale lembrar que irão se diferenciar aqueles que apostarem na criatividade, estratégia e em processos humanizados.

Com novas demandas, novos perfis de profissionais, novas exigências e habilidades, os desafios são muitos para todos os envolvidos, mas a expectativa para os próximos 365 dias é positiva na busca pela geração de oportunidades de emprego no país, mas para quem for inovador e resiliente.

Dia do Trabalho: tendências e perspectivas

Por Bruno Martins, CEO da Trilha Carreira Interativa.

 

 

 

Ouça o episódio 135 do RH Pra Você Cast: “As oportunidades e os (inesperados) desafios de quem vive o nomadismo digital“. Problemas com equipamento ou internet, burocracias, custos, questões pessoais e adaptação a novas culturas, hábitos e pessoas. Por mais que o nomadismo digital seja o sonho de muitos profissionais, nem tudo são flores. Ainda assim, segundo relatório da Fragomen, a vida nômade deve ser a realidade de carreira de mais de 1 bilhão de pessoas até 2035.

Diante de uma tendência tão crescente, como, então, medir os prós e os contras? As complexidades envolvidas no planejamento podem frear o entusiasmo pela vida nômade? E como ficam as empresas nesse processo? É sobre isso e muito mais que Heitor Sanches, nômade digital e Talent Acquisition Lead da Arquivei, falou ao RH Pra Você Cast. Após visitar 17 estados brasileiros em sua jornada, o profissional pontuou tudo o que funciona e o que deve ser evitado nessa rotina. Confira clicando no app abaixo:

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Capa: Deposithphotos