Que a nova realidade do trabalho 100% remoto ou o modelo híbrido traz desafios para a gestão, isso ninguém tem mais dúvida. E, sabemos também que mais e-mails e reuniões virtuais longas não são a resposta.

Constatamos que flexibilidade e propósito, além de equilíbrio e satisfação, são desejos de muitos e geram grande impacto no dia a dia das pessoas.

Senão, todos os colaboradores que não atenderem a esses requisitos acabam sentindo o impacto da “grande resignação” e até mesmo da “demissão silenciosa”.

Enfim, neste cenário desafiador, promover a conexão emocional com uma companhia parece ser a melhor medida a se adotar para manter o time engajado.
Neste sentido, algumas boas práticas vêm sendo adotadas mundo afora:

– Co-construção dos espaços físicos e/ou virtuais

Envolver os colaboradores e fornecer opções de espaços e ferramentas, desde que de fato empresas possam depois implementá-las e criar soluções que atendam às necessidades em constantes mudanças.

Por exemplo, aqui no Digio, possuímos uma cabine de meditação que multiplicaremos para mais exemplares em breve. Além disso, percebemos a demanda de foco e concentração, durante o retorno ao escritório, por isso, quando aumentarmos esses espaços para os colaboradores, priorizaremos que sejam locais para estes tipos de atividades.

Criaremos um lugar agradável para atendimento das necessidades de suporte tecnológico e um lactário mais preparado para as novas mães. Todas estas novas mudanças e necessidades, foram identificadas após o retorno ao escritório.

– Elaboração de novos acordos de trabalho

Cada um de nós tem necessidades específicas e poder atendê-las, como grupo, não só permite que todos tenham condições de igualmente performar, mas também de se fortalecer como time, afinal o objetivo deste acordo é que possamos apoiar melhor uns aos outros.

Por exemplo, algo simples sobre quando, onde e como o time vai se reunir – física ou virtualmente – e até algo mais complexo, como: dar suporte a um colega que precisa ficar longo período remoto, pode e deve ser pauta do time.

Caso contrário, pode-se criar a percepção de “comando e controle”, no primeiro exemplo, ou de falta de imparcialidade do gestor, no segundo exemplo.

– Planejamento de momentos de encontro, troca e muita integração

Nada substitui o encontro físico e promovê-lo é fundamental. Após o retorno, destacamos aqui no Digio, por exemplo, uma verba para um encontro semestral por Superintendência Executiva.

Desta forma, tornamos especial este momento, simbolizando a importância de estarmos juntos, nos conhecendo mais (74,9% do quadro atual foi contratado após março/2020). Trocar ideias, alinhar objetivos, definir planos de ação tem sido importante e o resultado já vem sendo percebido!

– Celebração e reconhecimento com mais frequência

Para compensar a falta de sorrisos, abraços, e outros sinais não verbais que indiquem apreço, celebrar as pequenas vitórias, as grandes conquistas e elogiar uns aos outros trará emoção ao dia a dia.

Inclusive, recentemente fui jurada do Employee Experience Awards e a categoria que avaliei foi de Programas de Reconhecimento e ficou nítido que 100% das empresas inscritas sentiram a necessidade de desenvolver algo após o início da pandemia e que os resultados são rapidamente observados.

Aqui, no Digio, por exemplo, após a pandemia, reduzimos o ciclo de reconhecimento entre colaboradores. Hoje, estimulamos a concessão do nosso famoso “Thanks” (voucher com pontos Livelo) a cada três meses, com registro e publicação de um encontro virtual com os envolvidos. Desta forma, buscamos intensificar o reconhecimento e a celebração.

– Desenvolvimento de escritórios virtuais

O anywhere office é uma realidade e é preciso que busquemos formas para engajar todos – só que há, muitas vezes, pessoas da mesma equipe ou projeto coexistindo no presencial, híbrido e remoto. Uma nova aposta para promoção do encontro, troca, celebração e, inclusive, descontração, têm sido os espaços no metaverso.

Aqui, no Digio, já temos uma iniciativa que se apropria desse universo. Um escritório virtual 2D que espelha o nosso escritório físico e tem por objetivo tornar o trabalho remoto uma experiência mais interessante e viva para todos.

Já entendemos que o modelo presencial não é o único possível e a sociedade está entendendo como fazer tudo isso coexistir mantendo as conexões. No longo prazo, ainda é cedo para dizer o que está funcionando realmente bem em todas as corporações.

Mas, o que já sei é que observo diversos resultados positivos no dia a dia de ações que retomamos, revimos e até inovamos para os diversos modelos de trabalho.

E que a chave principal é sempre ouvir os nossos colaboradores e acreditar na transformação contínua de nossos processos para sermos sempre a melhor versão para todos na nova sociedade trabalhista.

Por Beatriz Nóbrega, Superintendente Executiva de Gente, Gestão e Experiência do Cliente do Digio. Formada em Psicologia pela Universidade de São Paulo (USP), pós-graduada em Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e com pós MBA em Conselho pela Saint Paul & European School Of Management and Technology, a executiva conta com mais de 20 anos de experiência em empresas líderes em seu segmento, incluindo a vivência na definição e condução de processos de Recursos Humanos em situações complexas, tais como fusão e aquisição, reestruturação organizacional e mudança de sede de negócios em diferentes países.

Ouça o PodCast RHPraVocê, episódio “Os Pontos em comum entre Employee x Customer Experience” com Lidia Gordijo, CEO da Pitzi. Clique diretamente no app abaixo:

Não se esqueça de seguir nosso podcast e interagir em nossas redes sociais:

Facebook
Instagram
LinkedIn
YouTube

Capa: Depositphotos