O conceito de felicidade está em voga, especialmente ao nos referirmos à saúde mental dos funcionários. Ao longo dos anos criou-se a cultura da felicidade, quase que nos obrigando a ser e permanecer felizes o tempo todo. Você, provavelmente, já sentiu a pressão causada pela ditadura da felicidade.

Vivendo constantemente uma vida dupla, a vida no real e a vida nas redes sociais, já não conseguimos diferenciar o começo de uma e o término da outra. Somos bombardeados com posts de corpos perfeitos, de sorrisos brancos de extrema alegria, cada minuto da vida tão empolgante quanto um filme e mesmo quando ainda nos vemos curtindo posts de pessoas que enfrentam uma luta diária, repleta de vulnerabilidades, ainda nos sentimos pressionados a fazer mais e melhor porque, afinal, se eles conseguem achar algum valor em suas vidas, nós deveríamos também.

Todavia, é impossível ser feliz o tempo todo. Quando tratamos a felicidade e tristeza como emoções normais de serem sentidas, passamos a gerir melhor nossos pensamentos e comportamentos, evitando síndromes como burnout e outras crises de ansiedade.

De acordo com um estudo da Gallup, empresas com funcionários felizes têm 50% menos acidentes laborais. Já uma pesquisa da Harvard Business Review revelou que colaboradores satisfeitos são 31% mais produtivos, 85% mais eficientes e 300% mais inovadores.

Para proporcionar uma qualidade de saúde mental saudável no espaço corporativo, um dos primeiros passos é promover uma abertura de fala e uma confiança assertiva; a confiança é conquistada com pequenas ações, impulsionando aos colaboradores a levarem as suas principais questões para os gestores enxergando o ambiente onde estão, aprendendo a lidar com seus pontos de melhoria, ao contrário de uma rotina marcada por pressões constantes e medo da palavra “erro”.

Ter paixão pelo trabalho não significa estar em constante alegria; os aspectos externos podem fazer com que o rendimento não seja consistente. Quando as frustrações ficam em segundo plano, a sensação de um trabalho bem feito vem como compensação. Eis algumas sugestões que proponho para contornar situações ruins:

Estabeleça limites saudáveis:

É importante definir limites entre o trabalho e a vida pessoal. Por vezes deixamos que um tome o tempo do outro, então reservar uma horinha para as atividades pessoais permite que as energias sejam recarregadas. Isso pode incluir hobbies, exercícios, momentos de lazer com a família e amigos, entre outros.

Desenvolva habilidades de resiliência:

Com a capacidade de se adaptar e se recuperar diante de desafios e adversidades, a vida se torna mais leve. É importante desenvolver a resiliência, enquanto lida com o estresse. Busque o apoio adequado, aprenda com os erros e enfrente os obstáculos com uma mentalidade positiva.

Cultive relacionamentos saudáveis:

Criar relações saudáveis dentro do ambiente de trabalho permite que haja uma certa descontração em um ambiente corporativo. Ter colegas com quem você possa compartilhar experiências e desafios pode ser um grande apoio e alívio no combate à ditadura da felicidade.

O importante é sempre lembrar que proporcionar um ambiente de trabalho leve para os colaboradores leva tempo, mas com ações individuais e coletivas é possível combater a ditadura da felicidade.

Aqui em nossa escola, buscamos sempre proporcionar o melhor cuidado com nossos colaboradores, oferecendo momentos de descontração, união e felicidade com happy hours, bonificações, festas de aniversário e muito mais. Empresas que criam bons momentos e promovem ações que valorizam o bem-estar e a saúde mental do colaborador, são empresas que pensam no futuro.

Como combater a ditadura da felicidade?

Por Leiza Oliveira, CEO da Minds Idiomas. Ela gerencia mais de 70 escolas e tem como pilares a empatia e a inteligência emocional de todos os envolvidos na garantia do sucesso da Minds.

 

 

Saiba mais sobre vida pessoal ouvindo o programa “Vida Pessoal e Profissional: há limites?” do PodCast do RHPraVocê. Nesse episódio, o CEO do Grupo TopRH, Daniel Consani, e a editora do RH Pra Você, Gabriela Ferigato, conversaram com Tiago Petreca, diretor fundador e curador chefe da Kuratore – consultoria de educação corporativa, Country Manager da getAbstract Brasil e autor do Livro “Do Mindset ao Mindflow”, sobre as principais descobertas da pesquisa. Acompanhe clicando no app abaixo:

Não se esqueça de seguir nosso podcast e interagir em nossas redes sociais:

Facebook
Instagram
LinkedIn
YouTube

Capa: Depositphotos