O ano de 2021 foi marcado por incertezas e pelos efeitos causados pela pandemia de covid-19. Inflação alta, taxa de desemprego batendo recorde e muitas famílias endividadas foram algumas das situações que marcaram a vida financeira de muitos brasileiros.

É fato que ninguém gosta de estar endividado. Esse tipo de preocupação causa consequências na nossa saúde mental e física. Isso sem contar que um dos aspectos que mais contribuem para a dificuldade de crescimento profissional de uma pessoa é, sem dúvidas, a situação financeira.

Devido a isso, acredito que um dos principais desafios dentro de uma empresa hoje seja oferecer condições favoráveis à produtividade máxima para os diferentes perfis de colaboradores que ali atuam. É fundamental que o gestor conheça um pouco mais sobre a vida, história ou dia a dia de cada colaborador. Ao saber mais detalhes sobre a maioria, fica mais fácil criar um bom plano de benefícios corporativos que atenda uma ou mais necessidades da equipe.

Uma empresa, onde a grande maioria dos colaboradores possuem um bem-estar financeiro, tende a ser mais estável e produtiva. Falo isso porque a escolha do que será ofertado pode impactar diretamente na atração e na retenção de talentos. Recentemente, realizamos uma pesquisa que apontou que as dificuldades financeiras afetam 42% dos profissionais, refletindo diretamente na sua produtividade.

Um colaborador estressado com questões relacionadas a dinheiro tem 10 vezes mais probabilidade de não conseguir finalizar as atividades que estão sob sua responsabilidade. Além disso, tem duas vezes mais chances de buscar outra empresa que ofereça condições financeiras melhores, afetando o quadro de funcionários da organização.

Talvez muitos empreendedores ainda não tenham se dado conta de que os benefícios corporativos funcionam como uma espécie de combustível e premiação que são capazes de aumentar o engajamento e ainda deixar os profissionais mais motivados e seguros.

E creio que a chegada de um novo ano seja uma boa oportunidade para “repaginar” o leque de benefícios que a empresa já oferece, fazendo com que este ambiente se torne um espaço que promova boas experiências e tenha uma cultura organizacional baseada no respeito mútuo.

Listei algumas dicas que podem ajudar os profissionais de RH nessa organização para um novo ano:

  1. Ofereça bons benefícios corporativos: o Glassdoor – site de vagas e recrutamento – realizou uma pesquisa na qual constatou que 57% dos entrevistados consideram que os benefícios e as vantagens oferecidas pela empresa são uma das principais considerações na hora de aceitar ou não uma oferta de trabalho.
  2. Trabalhe com plano de carreira: o plano de carreira é uma estratégia que permite e contribui para o crescimento profissional de uma pessoa na própria organização. Consiste em, por exemplo, admitir um funcionário em um cargo trainee e dar chances para que, ao longo da sua jornada, alcance posições mais elevadas, quem sabe até sênior.
  3. Preze por uma boa comunicação: conversas sinceras, respeitosas e sem ruídos garantem a execução certa das atividades, evitam retrabalho e gastos desnecessários, e até no que é entregue aos clientes. Uma dica extra sobre isso é: ouça os seus colaboradores.
  4. Valorize os profissionais: os funcionários querem ser valorizados, tanto como pessoas quanto como profissionais. Por isso, é preciso enxergá-los como o ativo mais importante do seu negócio. Uma das maneiras de valorizar os funcionários, e provar isso, pode ser instituindo a prática de dar feedbacks periodicamente. Adquirir essa cultura ajuda a mostrar quanto os esforços do profissional estão sendo vistos e reconhecidos.

2022 chegou! Mais do que nunca, é hora de parar e fazer um balanço do que sua empresa representa hoje na vida dos seus colaboradores. Caso a resposta não seja tão positiva, é necessário desenhar uma nova estratégia para reter os talentos e fazê-los crescer cada vez mais.

Lembre-se: o momento é oportuno para isso e tenha certeza de que muito em breve o seu negócio poderá ser exemplo de um lugar que preza pela saúde física, mental e financeira dos colaboradores.

Bem-estar financeiro: a oferta de bons benefícios para 2022

Por Gustavo Raposo, cofundador e CEO da fintech Leve. É formado em engenharia de automação e controle pela Universidade Federal de Santa Catarina. Possui MBA na área de Serviços de Gestão Financeira pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

 

Ouça também o RHPraVocê Cast, episódio 126, “Até o ‘bom dia’ vira reunião: é mesmo tão difícil se adaptar à comunicação assíncrona?”. Será que todos os líderes estão, de fato, preparados para se adaptar a um diferente estilo de comunicação? Há solução para as reuniões em excesso deixarem de ser parte do dia a dia?

Para responder a isso e auxiliar no melhor entendimento sobre a importância da comunicação assíncrona, o RH Pra Você Cast traz a neurocientista Ana Carolina Souza, sócia da Nêmesis, empresa de educação corporativa. Clique no app abaixo:

Não se esqueça de seguir nosso podcast e interagir em nossas redes sociais:

Facebook
Instagram
LinkedIn
YouTube