Uma pesquisa realizada pelo Zenklub, plataforma de saúde emocional e desenvolvimento pessoal, com o Instituto Datafolha mostrou que 64% dos trabalhadores brasileiros não possuem nenhum benefício para cuidar da saúde mental. O levantamento, que teve como objetivo entender o impacto da pandemia na saúde emocional do trabalhador no País, também mostrou que, para 86%, benefícios como terapia online e treinamentos de habilidades emocionais podem ajudar os colaboradores a lidarem com os impactos negativos deste período. 

“A quantidade de pessoas com acesso a benefícios corporativos de saúde emocional é baixa, ao mesmo tempo em que a consciência que os trabalhadores têm da importância do oferecimento desses benefícios é grande. Cada vez mais esse ponto passará a ser colocado na balança, tanto quando um profissional escolhe uma empresa para trabalhar, quanto quando decide permanecer (ou não) ali. É urgente que líderes, gestores e profissionais de recursos humanos acolham essa necessidade e ajam sobre ela. Quando acolhemos as pessoas em toda a sua complexidade, todos ganham”, comenta Rui Brandão, cofundador e CEO do Zenklub. 

O levantamento também identificou que 6 em cada 10 brasileiros se sentiram sobrecarregados nos últimos 12 meses. Quando questionados sobre os sentimentos que vieram à tona no período, os trabalhadores afirmaram que tiveram ansiedade (66%), exaustão ou muito cansaço (61%), insônia ou dificuldade para dormir (54%) e depressão (26%). 

Entre as mulheres, todos os índices foram significativamente maiores se comparados aos dos homens. A depressão esteve mais presente entre os que têm filhos (28%), enquanto a ansiedade entre aqueles que não têm filhos (69%). Os dados também trouxeram que quanto mais jovem, maiores são os sintomas de exaustão e cansaço – 70% entre pessoas de 18 a 24 anos e 67% entre aqueles de 25 e 34 anos. 

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A pesquisa foi conduzida pelo Instituto Datafolha de forma presencial, distribuída em 129 municípios do País, com 1.197 pessoas com 18 anos ou mais, pertencente a todas as classificações econômicas e PEA (Pessoa Economicamente Ativa) que trabalham, conforme critérios da PNAD 2019. A margem de erro máxima para o total da amostra é de 3 pontos percentuais, para mais ou para menos, dentro do nível de confiança de 95%.

A amostra é representativa do público pesquisado, sendo 53% homens e 47% mulheres, todos economicamente ativos e com uma renda média familiar mensal de R$ 4,1 mil, composto principalmente por assalariado registrado (35%), freelancers ou bico (22%) e autônomo regular (15%). Quanto à classe econômica, os respondentes eram de todas as classes sociais, sendo A (4%), B (24%), C (48%) e D/E (24%). 

Para ajudar as empresas e os trabalhadores a lidarem com essas questões, o Zenklub criou o Guia Prático para Saúde Mental e Trabalho no Pós-Pandemia, que está disponível para download gratuito no site www.zenklub.com.br/setembro-amarelo/. O manual traz dicas práticas de especialistas, além de exemplos e reflexões que podem ajudar no cuidado com a saúde mental dos colaboradores em todos os níveis hierárquicos, abordando desde os impactos de reuniões virtuais e da volta ao escritório, até como lidar com o luto, casos de depressão e burnout.

Para saber mais

Quer conhecer mais sobre o trabalho da Zenklub e do Rui Brandão? Confira um bate-papo que o CEO do Grupo TopRH, Daniel Consani, e o jornalista Bruno Piai tiveram com o executivo e com a analista de RH pleno da CashMe, Verónica Figueredo. O português e a venezuelana compartilham histórias sobre como é para um estrangeiro se adaptar, empreender e trabalhar no Brasil. O papo ficou super legal! Confira no player abaixo ou clicando aqui.

Por Redação