O chamado novo normal, trazido pela pandemia do Covid-19, agora é híbrido. Sim, uma realidade que está moldando as práticas de trabalho, fazendo com que tanto colaboradores quanto líderes estejam pedindo mudanças contínuas e permanentes, seja no como e onde se trabalha, mas, principalmente, no como o desempenho é medido.

O bem-estar e satisfação dos colaboradores com as perspectivas de carreira é algo essencial e muitos estão mudando ou considerando novas carreiras ou opções de trabalho mais flexíveis.

Essa grande fuga de talentos é preocupante, porém ainda não iminente. E, para se antecipar e tentar deter este movimento, as organizações precisam a partir de agora se reconectarem com suas forças de trabalho.

Um dos fatores para esta fuga de talentos envolve a retomada, na qual muitos profissionais não buscam um modelo 100% presencial. O modelo híbrido parece ser a melhor opção para o equilíbrio.

ESG futuro do trabalho

De fato, uma das consequências da pandemia foi a aceleração das tendências existentes a ponto de não poderem ser ignoradas. Exemplo disso é que o futuro do trabalho será flexível. No entanto, o sucesso desse novo formato dependerá da adaptação a elas, tanto dos indivíduos quanto dos líderes.

Essa tendência no mundo dos negócios foi pontuada na pesquisa global “Reinicializando o normal: definindo a nova era do trabalho” do Grupo Adecco. Foi percebido que este modelo híbrido é preferível por 53% e 78% do nível América Latina já tem configuração em casa que permite que as atividades sejam realizadas à distância. A pesquisa foi realizada com 15 mil trabalhadores, com idades entre 18 e 60 anos, de 25 países diferentes, incluindo o Brasil.

Foi percebido também que os resultados de motivação e engajamento foram baixos, onde menos da metade está satisfeita com as perspectivas de carreira em sua empresa, quase 2 em cada 5 estão mudando ou considerando novas carreiras e 41% estão pensando em mudar para empregos com opções de trabalho mais flexíveis.

Como consequência, essa grande fuga de talentos é preocupante, e, para se antecipar e tentar deter este movimento, as organizações precisam a partir de agora se reconectarem com suas forças de trabalho.

Até porque 2/3 dos entrevistados estão confiantes de que as empresas iniciarão novas contratações significativas, sendo segurança, ação, cultura, bem-estar e desenvolvimento, os aspectos mais importantes apontados pela pesquisa sobre o emprego para o futuro.

A organização, com isso, deve promover o crescimento profissional dos colaboradores, de forma que o motive a permanecer e a se desenvolver na empresa, com comunicação livre e aberta e canais de comunicação entre os profissionais e suas lideranças.

Em especial nas gerações mais jovens, também há uma preocupação maior com a flexibilidade e qualidade de vida, por isso a tendência do modelo híbrido é uma percepção tão notável nas organizações, com menos controle de horários, o que não afeta a produtividade.

Neste cenário, cabe aos líderes estarem atentos aos seus colaboradores e suas necessidades para abraçar os seus talentos e não deixarem que essa fuga ou mal-estar perpetue para uma tendência irreversível.

A fuga de talentos nas organizações

Por Caroline Reis, Consultora da LHH Mato Grosso do Sul. É Professional Certified Coach – PCC credenciada pela ICF (International Coaching Federation). É também fundadora das Empresas “CR Coaching de Resultado” e “Arquitetura de Pessoas” ambas com sede em Campo Grande/MS e focadas em oferecer iniciativas inovadoras para aproximarem as pessoas do sucesso. Ministra treinamentos presenciais e online voltados para liderança e desenvolvimento de equipes para empresas em todo Brasil e no exterior. É mentora da Rede Mulher Empreendedora, a 1ª e maior rede de apoio a mulheres empreendedoras do país”.

Ouça também o PodCast RHPraVocê, episódio 85, “Presencial, Remoto ou Híbrido: como definir o modelo de trabalho da empresa?” com Lucia Santos, diretora de RH da Adecco. Clique no app abaixo:

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Capa: Depositphotos