“Até quando vamos achar que 5 dias são suficientes?”

Com uma campanha guiada pela pergunta acima, O Boticário precisou de apenas 30 segundos para provocar reflexão sobre os seis primeiros dias na vida de um pai. A empolgação pelos primeiros momentos na criação de um vínculo com a criança são abruptamente interrompidos pelo retorno à rotina de distanciamento, cinco dias que parecem tão rápidos quanto os poucos segundos do vídeo publicitário.

Assim como questionar se são suficientes, vale tentar entender: é justo que a licença-paternidade, cinco dias tão acelerados, seja seguida tão à risca pelas companhias? Será que não chegou o momento do mercado, enfim, olhar com maior atenção não só para a paternidade, mas para a parentalidade?

Este texto não tentará, necessariamente, responder a tal questão. Mas esperamos que algumas opiniões oriundas de profissionais que compartilharam sua visão sobre o tema no LinkedIn sejam suficientes para, ao menos, estender a reflexão.

Quais skills se desenvolvem em tão pouco tempo?

Michele Lopes

 

 

Segundo o relatório “Situação Paterna no Brasil”, do Instituto Promundo, apenas 68% usufruem da licença-paternidade.

 

 

Nem tudo é só trabalho

Paternidade ou parentalidade: Seja qual for o termo, ser pai é um momento único

Danilo Patês - relato no LinkedIn

37% dos pais consideraram deixar o trabalho para cuidar dos seus filhos, ante 63% das mães, diz estudo da Filhos no Currículo com o Infojobs.

Paternidade não tem preço

Para as mães, também faz toda a diferença

Tarcila Magalhães A legislação prevê, atualmente, 120 dias de licença para as mães e 5 para os pais. Àquelas que fazem parte do Programa Empresa Cidadã, a maternidade pode ter sua licença estendida em até 60 dias, enquanto para os pais o acréscimo é de 15 dias. “A legislação atual ainda não reflete de maneira efetiva a realidade atual de novas configurações familiares, nem estimula um maior equilíbrio nas responsabilidades de cuidado entre os gêneros”, pontua Thalita Gelenske, fundadora da Blend Edu.

Outras empresas também já olham com mais carinho para o tema

 

Por Bruno Piai