Mais de 600 empresas em todo o mundo participaram do Índice de Igualdade de Gênero 2023 da Bloomberg (ou Gender-Equality Index, GEI), uma referência reconhecida para empresas de capital aberto para acompanhar seu progresso na inclusão de gênero.
Os resultados deste ano representam um aumento de 11% na divulgação de dados sobre gênero ao GEI, que fornece diretrizes para o desenvolvimento de políticas de diversidade que melhorem o desempenho das empresas.
“A busca pela igualdade é evidente com o aumento contínuo da participação global das empresas”, diz Peter T. Grauer, chairman da Bloomberg. “O Índice de Igualdade de Gênero da Bloomberg continua sendo um recurso importante para as empresas identificarem quaisquer lacunas e fornece medidas acionáveis para remodelar ainda mais o futuro do trabalho.”
Todos os anos, empresas de capital aberto acessam o site da GEI e inserem informações sobre cinco pilares principais: liderança e pipeline de talentos, igualdade salarial e paridade salarial entre gêneros, cultura inclusiva, políticas contra assédio sexual e marca externa.
“O GEI continua a identificar áreas de impacto para as empresas, ajudando a facilitar mudanças significativas que, em última instância, contribuirão para mais inovação, criatividade e maior desempenho”, explica Patricia Torres, líder global da Bloomberg Sustainable Finance Solutions.
Na América Latina, a participação no GEI subiu para 46 empresas na Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, México, Peru, Uruguai e, pela primeira vez, no Equador.
No Brasil, 16 empresas estão listadas no GEI 2023: Afya Ltda, Aliansce Sonae Shopping Centers SA, Banco Bradesco SA, Braskem SA, Centrais Elétricas Brasileiras SA, Cia Brasileira de Distribuição, Cia de Gás de São Paulo SA, Cia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista, Cogna Educação, Cosan SA, Fleury SA, Itaú Unibanco Holding SA, Odontoprev SA, Sendas Distribuidora SA (Assaí Atacadista), Telefônica Brasil SA e TIM SA/Brasil.
Anteriormente, as empresas financeiras eram as únicas na América Latina que participavam, mas a lista deste ano inclui empresas de comunicações, bens de consumo discricionários, bens de consumo básicos, energia, finanças, saúde, indústrias, materiais, imóveis, tecnologia e serviços públicos.
O Relatório GEI Insights de 2023 acompanha o resultado fornece dados adicionais e uma análise sobre o estado atual do comunicado social no espaço corporativo. As principais áreas incluem interseccionalidade, trabalho flexível e envolvimento dos funcionários.
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Representatividade importa
Os resultados mostram que as empresas lideradas por mulheres têm uma maior representação feminina em todos os níveis. As empresas membros do GEI com mais de 30% de representação feminina na direção têm, em média, 27% de mulheres executivas dentro da companhia, em comparação com 20% de mulheres executivas em empresas com menos de 30% de mulheres na liderança.
“A diversidade de gênero não é uma opção, mas indispensável, o que é uma questão de igualdade”, pontua Kim Sung-tae, CEO do Industrial Bank of Korea. “A diversidade de gênero será a força motriz para o desenvolvimento sustentável além do valor da igualdade”, acrescenta.
Responsabilizando a liderança
Outro tema entre as empresas associadas é a integração de políticas de diversidade na avaliação de executivos. Este ano, 64% dos membros do GEI implementaram metas de diversidade e inclusão para gerentes em avaliações de desempenho, um aumento de 8 pontos percentuais em relação ao ano passado. Além disso, 86% dos membros oferecem treinamento de vieses inconscientes, com 74% dessas empresas acompanhando a conclusão dos gerentes.
“Não podemos minimizar a importância da liderança quando buscamos melhorar a igualdade de gênero no local de trabalho”, destaca Torres. “A mudança só pode ser impulsionada quando a diversidade e a inclusão fazem parte das métricas de desempenho.”
Por Redação