Devido a todas as transformações ocorridas tanto na sociedade quanto na área de Recursos Humanos nos últimos anos, os profissionais de RH e também os líderes como um todo se viram impelidos a se desenvolver e buscar novas formas de lidar com as diferentes demandas e comportamentos dos colaboradores, ao mesmo tempo em que preservam seu desempenho. Nesse sentido, foi possível observar um aumento na procura por estratégias para tornar os times mais capacitados, satisfeitos e produtivos.

Segundo a pesquisa “Panorama do Treinamento no Brasil 2022/2023”, realizada pela Associação Brasileira de Treinamento e Desenvolvimento (ABTD) em parceria com a Integração Escola de Negócios, o aporte médio em treinamento e desenvolvimento (T&D) de colaboradores no Brasil cresceu 34% em 2022, alcançando um investimento de R$ 1.012,00 por trabalhador e recuperando os números registrados no período anterior à pandemia. Ainda de acordo com o estudo, entre os setores que mais se destacaram nos aportes estão o comércio, com um aumento de 82%, industrial, com 48%, e de serviços, com 17%.

Ao analisar o cenário atual do RH, fica clara a importância de seguir priorizando essa questão dentro das empresas para combater o turnover e manter uma equipe engajada, motivada e qualificada. Pensando nisso, Samir Iásbeck, CEO e Fundador da Qranio, plataforma de aprendizado e treinamento corporativo, elenca sete importantes recomendações para se tornar um bom líder em T&D, capaz de inspirar e orientar o desenvolvimento dos times. Confira:

1 – Estabeleça metas

Como líder em T&D, é fundamental definir metas e objetivos precisos que de fato promovam um direcionamento para a equipe e a ajudem a performar melhor. “Essas metas devem ser mensuráveis, relevantes e, acima de tudo, alcançáveis e com prazos justos. Ao definir objetivos claros, o time pode focar no que é essencial e trabalhar para cumpri-los”, analisa Iásbeck.

2 – Crie um ambiente de aprendizado positivo

Um bom líder deve investir na criação de um ambiente de aprendizado positivo, onde os colaboradores se sintam à vontade para fazer perguntas, compartilhar suas ideias e cometer erros. Para Samir, isso ajuda a promover uma cultura saudável de aprendizado, confiança e melhoria contínua.

3 – Se comunique de forma eficaz

A comunicação é um dos pilares essenciais para qualquer profissional, mas, quando se trata do treinamento e desenvolvimento, é especialmente importante. “Um líder habilidoso precisa ser capaz de se comunicar de forma eficaz, e isso envolve uma escuta ativa de tudo que envolve o dia a dia da equipe, desde os feedbacks até preocupações dos funcionários”, observa o CEO da Qranio.

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4 – Ofereça suporte e recursos

Outro ponto fundamental é fornecer os recursos necessários para que o time consiga ter um bom desempenho, o que inclui oferecer acesso a equipamentos e ambientes adequados, materiais de treinamento e orientação sempre que necessário.

5 – Crie o hábito de dar feedbacks

Monitorar e avaliar o progresso dos colaboradores para garantir que a equipe esteja no caminho certo para alcançar seus objetivos é outro passo essencial. Além disso, Samir conta que os feedbacks, sejam positivos ou negativos, são importantes para direcionar e ajudar a entender o que precisa ser melhorado. “Nesse sentido, vale lembrar que comemorar as conquistas e sucessos também é fundamental, pois ajuda a aumentar a moral, motivação e o engajamento”.

6 – Esteja atento às tendências

Para Samir, se manter atualizado sobre as tendências e inovações na área de treinamento e desenvolvimento, como design thinking, learning experience design, upskilling & reskilling, inteligência artificial e machine learning também é indispensável e diferencia um profissional mediano de um excepcional.

7 – Lidere pelo exemplo

Por fim, um bom líder em T&D deve liderar pelo exemplo. “Demonstrar os comportamentos e valores que eles desejam que sua equipe adote tem um impacto enorme na sua performance. Por exemplo, se um líder almeja que sua equipe seja proativa na busca de oportunidades de aprendizado, ele também deve demonstrar essa postura”, finaliza Iásbeck.