Os esforços voltados para a agenda de inovação tornaram-se um dos principais responsáveis pelo sucesso e crescimento das empresas modernas. Nesse sentido, para fomentar essa cultura internamente de maneira efetiva e profunda, as companhias reconhecem cada vez mais o valor da educação corporativa como uma poderosa ferramenta.

De acordo com uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Treinamento e Desenvolvimento (ABTD), 94% das empresas brasileiras investem em educação corporativa. Porém, outros dados do mesmo estudo mostram que somente 4,4% do orçamento é destinado à essa iniciativa. Esse cenário deixa claro que ainda que existam investimentos voltados a essa pauta, há uma lacuna no entendimento do quão importante ela é de fato para o desenvolvimento dos negócios.

Ao implementar uma cultura de aprendizado que incentive e forneça as ferramentas e recursos para que os colaboradores busquem mais conhecimento e aprimoramento das habilidades necessárias para pensar criativamente e abraçar a jornada de inovação, as organizações estimulam um ambiente que valoriza o crescimento pessoal e profissional.

Além disso, o investimento e cuidado com essa pauta ajuda a resolver uma das principais dores do RH atualmente: o turnover, que é a taxa de rotatividade de colaboradores da empresa. Segundo um estudo sobre engajamento corporativo realizado pela Deloitte, companhias que fornecem possibilidades de desenvolvimento profissional possuem índices de engajamento e retenção de 30% a 50% superiores do que aquelas que não contam com ações nesse sentido.

Portanto, a partir dessas ações focadas em educação corporativa, é criada também uma mentalidade de progresso entre os times, o que resulta no entendimento de que habilidades e competências podem ser desenvolvidas por meio de dedicação e esforço. Isso faz com que os colaboradores se tornem mais resilientes, adaptáveis ​​e abertos a assumir riscos – características essenciais para a busca por inovação, pois elas encorajam a explorar novas possibilidades, aprender com as falhas e persistir diante dos desafios.

Outro ponto chave trazido por essa iniciativa é o estímulo a colaboração multifuncional e compartilhamento de conhecimentos, já que nesse contexto as equipes de diferentes setores e disciplinas se reúnem para aprender e trocar ideias. Isso gera diversas perspectivas sobre um mesmo ponto e traz mais bagagem para a resolução de problemas complexos.

Diante desses fatores, não há como negar que a educação corporativa é uma ferramenta transformadora que pode impulsionar a inovação e os negócios, pois é capaz de modificar muito positivamente a percepção e comportamento dos colaboradores. Além de estimular o crescimento individual, essa cultura de aprendizagem contínua também desperta a criatividade, o pensamento crítico, a agilidade e a adaptabilidade. Dessa maneira, as organizações só têm a ganhar ao desbloquear o pleno potencial de sua força de trabalho.

Gustavo Caetano é CEO da Samba Tech, embaixador da Reserva e autor do best-seller “Pense Simples”. É um dos colunistas do RH Pra Você. O conteúdo dessa coluna representa a opinião do colunista. Foto: Divulgação.