“Eu me demito”

Eis a declaração que foi feita por mais de 4,5 milhões de norte-americanos em novembro. O número recorde de demissões voluntárias ganhou o nome de “The Great Resignation”, fenômeno resultante da pandemia, já que a crise fez com que as pessoas repensassem seus estilos de vida e (por que não?) suas carreiras.

Porém tal mudança na percepção do trabalho não é algo exclusivo dos EUA. Na China há o movimento “Tang ping”, que em tradução literal significa “deitar-se”, que atraiu jovens fartos de salários baixos, longas jornadas de trabalho e alto custo de vida.

Além disso, de acordo com um estudo da Microsoft chamado “2021 Work Trend Index”, mais de 40% da força de trabalho global considerava deixar o emprego em 2021. Todo esse cenário nos dá uma pista sobre o futuro: as pessoas não vão mais trabalhar como antes da pandemia, e sim, isso inclui os brasileiros.


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Não digo que vivenciaremos ondas de demissões em massa por aqui, até pelo fato do Brasil ter a quarta maior taxa de desemprego no mundo, segundo levantamento da Austin Rating, enquanto a taxa norte-americana é de 3,9%.

Entretanto é importante saber que 53% dos brasileiros pretendem mudar de profissão após a pandemia, de acordo com uma pesquisa realizada pela Kaspersky.

Em detalhes, o relatório revela a valorização de aspectos como equilíbrio entre vida pessoal e profissional, melhor remuneração, redução da carga horária e prazer em trabalhar, pontos que demonstram o crescente interesse pela realização pessoal. Sendo assim, mais do que nunca as empresas precisam ter uma cultura que cative seus colaboradores.

Para lidar com a situação, as empresas não precisam de ações mirabolantes e complexas. Na verdade, basta olhar para o fator principal das organizações: as lideranças. Aqui tomo a liberdade de citar uma frase de John C. Maxwell que, ao meu ver, está mais atual do que nunca: “Liderança não é sobre títulos, cargos ou hierarquias. Trata-se de uma vida que influencia outra”.

Quem não se lembra daquele gerente que sabia reconhecer os pontos fortes da equipe?

Ou da head que incluía todos na tomada de decisões?

Viu só?

A resposta é mais simples do que imaginamos: empatia.

Em um cenário no qual todos tiveram suas fragilidades escancaradas, é importante que os líderes se coloquem no lugar dos seus liderados.

Tal postura não resultará apenas no aumento de produtividade, de eficiência e na manutenção da saúde mental, mas também construirá e reforçará um elo de confiança, que aliás é a base de um relacionamento humano.

Um colaborador que confia em seu gestor, que confia na cultura da empresa e confia no próprio trabalho, definitivamente, não vai escrever uma carta de demissão tão cedo.

Andreia GirardiniPor Andreia Girardini, diretora de Pessoas e Cultura no GetNinjas, onde tem a missão de gerir estratégias de gestão de pessoas, com atuação em desenvolvimento organizacional, cultura e atração de talentos.

 

 

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