Estamos testemunhando uma das maiores transformações culturais no mercado de trabalho dos últimos tempos. Agora, as novas aspirações profissionais vão muito além de um salário atrativo.

Candidatos e trabalhadores prezam por flexibilidade, bem-estar, objetivo compartilhado e experiência, mesmo que isso signifique abrir mão de um emprego – o que levou a um aumento de 28% das demissões voluntárias em 2022, de acordo com a Michael Page.

Com isso, organizações de todo o mundo sofrem não só para atrair, como também reter talentos. O segredo é focar em pessoas, por meio do RH 5.0.

Mas primeiro, precisamos voltar um pouco no tempo. A pandemia da covid-19 impulsionou o que podemos chamar de A Grande Revolução. Primeiro, as pessoas tiveram que se adaptar rapidamente ao “novo normal”. Depois, muitos profissionais começaram a repensar na relação com o trabalho e a deixar seus empregos em busca de um novo propósito.

Assim, passaram a priorizar o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional, resultando na mudança de objetivos, crescimento das posições informais e freelancers, além das adaptações nos modelos de trabalho. O poder de escolha tornou-se primordial em diversos casos.

Essas reflexões tornaram-se tão importantes, que as empresas vêm usando o Inbound Recruiting, premissa de marketing, para driblar a taxa de escassez de talento, que atingiu o nível mais alto dos últimos 17 anos, conforme a ManpowerGroup.

O objetivo é traçar uma trilha do candidato com a marca empregadora e a experiência oferecida antes mesmo do processo seletivo até o fim do ciclo. No caso do RH, até o offboarding do colaborador.

Dessa forma, a jornada deve ser começar pela atração, onde a empresa se mostra uma marca empregadora atraente e recebe destaque em páginas de carreira.

Em seguida, há a conversão, composta principalmente pelo networking com talentos, onde os melhores são avaliados. Já na fase de fechamento, ocorrem as entrevistas e feedbacks. E por fim, o encantamento, com Net Promoter Score (NPS), metodologia para medir a satisfação; PDI, um plano de ação que possui um objetivo claro a ser alcançado e tem como intuito aprimorar e construir habilidades e comportamentos do profissional; e a gestão de talentos, que mudou muito durante a pandemia e trouxe um novo pilar à tona: a satisfação no trabalho.

Para ter uma ideia, atualmente a taxa é de 28%, enquanto antes era 74%. Essa mudança alterou para sempre a relação das pessoas com o trabalho e mudou o conceito de “sucesso profissional” na concepção de muitas pessoas.

Neste sentido, as organizações têm focado em dois pontos: Candidate Experience, centrada na influência da experiência do candidato com a marca empregadora, e Employee Experience, em que o colaborador torna-se foco central das decisões tomadas pela área de recursos humanos. Existe uma grande aliada nesses processos: a tecnologia.

O HCM, sigla em inglês para gerenciador de capital humano, por exemplo, é uma ferramenta que integra todos os processos de RH, além de organizar e facilitar estratégias relacionadas à gestão de talentos para que os profissionais tenham dados sobre as pessoas.

Como vantagens, podemos citar 80% de economia dos custos de processos de RH, 50% de redução da rotatividade e 50% menos tempo investido em processos operacionais.

Diante de tantos acontecimentos e necessidades de adaptações, a reflexão que fica é: sua empresa é agente transformadora ou espectadora dessa revolução?

RH 5.0 como agente transformadorPor Monize Oliveira, Head de Marketing e Comunicação no Infojobs, HR Tech que oferece soluções para RH. Possui 14 anos de experiência na área de comunicação e marketing 360º, sendo 5 anos com foco em tecnologia para RH.

 

Ouça também o PodCast RHPraVocê, episódio 72, “O papel do RH e do gestor de pessoas na chamada “nova economia”” com Diego Barreto, vice-presidente de Finanças e de Estratégia e Susanne Andrade, especialista em desenvolvimento humano, ambos do Ifood. Clique no app abaixo:

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Capa: Depositphotos