No mundo atual, em que marcas precisam entregar valor, significado e impacto social, uma das principais preocupações das empresas têm sido melhorar a sua reputação de marca. Cada vez mais, sabe-se que de nada adianta pensar apenas em estratégias que impactam externamente, se antes não olharmos para dentro, para as pessoas que constroem a marca todos os dias, são eles seus verdadeiros embaixadores.

É impossível falar em marca empregadora sem mencionar propósito, conexão e felicidade. O potencial de uma marca em ser forte no mercado está intrinsecamente relacionado à sua capacidade de encantar e engajar pessoas.

De acordo com uma pesquisa realizada pela consultoria Michael Page em 2019, há três fatores que o profissional leva em conta para escolher seu empregador: as funções do trabalho, a remuneração e a reputação da organização. O “salário emocional” também é uma importante variável dessa equação e ganha relevância ímpar nesse contexto. Sua empresa é capaz de promover felicidade e transformar vidas?

A marca empregadora deve ser coerente com a identidade da organização e transmitir os seus valores e a sua cultura, de maneira genuína e transparente. O manifesto precisa ser claro, para que a identificação seja possível. 

Entendo que uma mudança importante para alcançar sucesso nesse caminho é não separar colaboradores e clientes. Entendemos que os nossos funcionários também são clientes e precisam estar tão engajados quanto os nossos consumidores externos. Quando se encanta o time interno, essa felicidade reverbera para fora e transcende a organização, impactando diretamente na percepção da marca.

Para fortalecer a marca empregadora, é preciso pensar em toda a jornada do colaborador, de ponta a ponta, ouvir e construir juntos cada passo desse caminho. Nesse sentido, temos atuado fortemente para melhorar a experiência dos nossos colaboradores, em todas as interações. Mudamos, por exemplo, a forma de comunicar mérito e promoções, customizando experiências para gerar efeito “uau”. A personalização é um elemento-chave para criar emoção e momentos singulares de felicidade. 

Por meio de ações contínuas, frequentes e coerentes, buscamos fortalecer os vínculos. Um elemento vital é a identificação com o propósito. Uma organização precisa ter um propósito claro, uma razão de ser, e as suas pessoas precisam estar conectados a esse propósito. 

Um estudo realizado pelo LinkedIn, também de 2019, aponta que, antes de se candidatar a uma vaga, 75% das pessoas que estão em busca de um emprego pesquisam mais dados sobre a instituição do que os divulgados no processo seletivo, e que os candidatos confiam três vezes mais nos funcionários da companhia do que no empregador (empresa e recrutadores) para fornecer informações sobre o trabalho. Cada vez mais, o colaborador tem um papel fundamental em como a companhia é percebida pelo mercado.

Por isso, temos estimulado a geração de conteúdo orgânico, ou seja, que os próprios colaboradores falem sobre seu dia a dia na Cyrela, contando, a partir de seus pontos de vista e experiências, como é trabalhar aqui. Estamos presentes no LinkedIn, no Instagram e, mais recentemente, no TikTok, com o objetivo de gerar engajamento e atrair talentos que se identifiquem com o nosso jeito de ser. Fazemos questão de nos comunicar com os mais distintos públicos, para construir um ambiente diverso. 

Sem dúvida, o uso das ferramentas digitais tem nos permitido ampliar os horizontes e desenvolver estratégias que vão além de gerar valor para o negócio. Queremos mostrar quem são as pessoas que constroem a identidade da nossa empresa e a tornam única.

Sabemos que ainda há muito por construir e o que nos motiva e mobiliza é olhar para a nossa visão (onde queremos chegar) e saber que seguimos fortes em nosso propósito de transformar vidas e de nos tornar uma plataforma de encantamento humano, atuando com alma, para gerar impacto positivo, transformação e deixar um legado.

Employer branding: conectando pessoas por meio de propósito

Por Renata Meireles, gerente sênior de Pessoas & Performance e Comunicação Institucional da Cyrela. É psicóloga com pós em Adm. de Empresas e extensão pela Northwestern University em temas de Inovação, Marketing e Gestão de Pessoas.

 

Ouça também o PodCast RHPraVocê, episódio 72, “O papel do RH e do gestor de pessoas na chamada “nova economia”” com Diego Barreto, vice-presidente de Finanças e de Estratégia e Susanne Andrade, especialista em desenvolvimento humano, ambos do Ifood. Clique no app abaixo:

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