Não é de hoje que empresas de diversos segmentos buscam entender os fatores de engajamento para manter e atrair os melhores talentos e construir uma estratégia de gestão de pessoas sustentável. Isso porque foi percebido a insatisfação dos colaboradores em seu ambiente de trabalho e em relação projeção de futuro, especialmente nos últimos anos.

Essa realidade vem sendo constatada em números, com o recente estudo do Grupo Adecco realizado com mais de 34 mil trabalhadores, com idades entre 18 e 60 anos, de 25 países diferentes, incluindo o Brasil com 665 participantes, apontando que 27% dos trabalhadores em todo o mundo querem deixar o emprego nos próximos 12 meses e 44% dos que pretendem permanecer na atual empresa só o fariam sob condição de requalificação e progressão na função.

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A pesquisa também notou que 27% dos entrevistados identificaram o desejo de “tentar algo novo”; outros 25% disseram que estavam insatisfeitos com seu papel atual e 25% identificaram uma falta de progressão na carreira com seu empregador atual. 

Podemos considerar então, que a falta de oportunidade dentro das organizações e as necessidades mais profundas e de longo prazo para aprender, crescer e tentar novas oportunidades estão impulsionando algumas das grandes demissões.

Vale ressaltar que num mercado de trabalho global que sofre de uma escassez crítica de talentos qualificados, priorizar os colaboradores existentes para preencher as posições do futuro é uma abordagem lógica e econômica.

Também é importante pensarmos no papel de liderança e da equipe de recursos humanos, já que a participação dos líderes e do RH é percebida pelos colaboradores. No levantamento foi identificado que 70% dos trabalhadores queriam que seus empregadores atuais disponibilizassem mais treinamentos, re/upskilling para movimentar candidatos internos para novas funções antes de contratar candidatos externos.

Pesquisa Infojobs

Enfim, cada vez mais as organizações devem estar atentas às suas equipes e tendo na liderança um canal determinante para que essa demanda crescente por parte dos colaboradores seja constantemente avaliada. No estudo, 23% dos trabalhadores afirmaram que nunca tiveram uma conversa sobre progressão na carreira dentro de suas organizações e isso merece olhar atento.

Para mudar essa realidade, uma das estratégias é, certamente, a liderança se aproximar de seus liderados, conhecer seus interesses e aspirações, estimulá-los a terem maior compreensão do contexto organizacional e oportunidades dentro da empresa, realizar conversar de desenvolvimento e de carreira, bem como fornecer aos seus talentos oportunidades de crescimento.

Organizações atentas à equipe

Por Maiti Junqueira, Diretora de Operações da Consultoria LHH São Paulo.

 

 

 

Ouça o RH Pra Você Cast, episódio 146, “Upskilling e Reskilling: os caminhos para a autoaprendizagem“. O “Global Sentiment Survey”, uma das pesquisas mais importantes destinadas ao público de treinamento & desenvolvimento, trouxe uma nova atualização sobre as tendências e preocupações globais dos profissionais do setor. O que não mudou em relação a 2022, porém, foi a primeira colocação entre os temas que a comunidade de T&D enxerga como os de maior atenção para a área – e o topo segue com Reskilling/Upskilling. Apesar de serem palavras já disseminadas, quais suas particularidades? Como as empresas estão enxergando (e aplicando) os conceitos? Qual o caminho para a autoaprendizagem? Falamos sobre tudo isso nesse episódio do RH Pra Você Cast, e quem nos guiou foi Mari Achutti, fundadora e CEO da Sputnik. Acompanhe clicando no app abaixo:

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