O mundo está em constantes mudanças, reconstruído permanentemente, formado por um conjunto de forças que apresentam um comportamento dinâmico e que criam um ambiente de negócio volátil, incerto, complexo, ambíguo, frágil, ansioso e não linear.
Tais fatores impactam diretamente o modelo de negócio, a cultura organizacional, a visão e missão da empresa, os valores e crenças dos líderes, os processos e práticas adotados, a hierarquia e as relações de poder, as dinâmicas de trabalho, a relação com clientes e fornecedores, entre outros.
Portanto, as organizações, de maneira proativa ou reativa, estão sendo forçadas a implantarem ciclos de mudança cada vez mais rápidos e eficazes, com o objetivo de evoluir constantemente seus diferenciais competitivos para que possam sobreviver e prosperar.
A taxa de sucesso das mudanças organizacionais pode variar significativamente, dependendo de vários fatores, como a complexidade das mudanças, a cultura da empresa, o envolvimento dos colaboradores, a liderança da empresa, entre outros. Em geral, as mudanças organizacionais têm uma taxa de sucesso relativamente baixa. Estudos mostram que cerca de 70% das mudanças organizacionais não atingem seus objetivos e cerca de 50% delas falham completamente.
Após décadas de vivência em processos de mudança organizacional e de pesquisa acadêmica no Brasil, França, Inglaterra e Estados Unidos, hoje é possível uma abordagem na qual a vida organizacional é entendida e interpretada por meio de uma “visão binocular”, ou seja, deve-se considerar simultaneamente os aspectos visíveis e racionais (como estratégias, processos, organogramas, estruturas, etc) e também de fatores socioemocionais, muitas vezes inconscientes que incluem o narcisismo, as fantasias individuais e grupais, os conflitos e tensões nas diversas esferas da empresas, o engajamento e desengajamento da pessoas (agravado pela Covid), os vínculos emocionais com a identidade empresa, os mecanismos de defesa individuais e grupais, o sistema de defesa social, a cultura organizacional, entre outros. Evidentemente, essa abordagem comporta algo paradoxal e provocativo, pois ela evoca a proposta de introduzir uma compreensão de processos socioemocionais implicados em sistema que foi concebido por abordagens altamente racionais, ou seja, as organizações empresariais.
Por Joaquim Santini, diretor-presidente da consultoria EXO (Excelência Organizacional) que atua em projetos de mudança organizacional, desenvolvimento de liderança, gestão estratégica e inovação de processos.
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