O mundo está em constantes mudanças, reconstruído permanentemente, formado por um conjunto de forças que apresentam um comportamento dinâmico e que criam um ambiente de negócio volátil, incerto, complexo, ambíguo, frágil, ansioso e não linear.

Tais fatores impactam diretamente o modelo de negócio, a cultura organizacional, a visão e missão da empresa, os valores e crenças dos líderes, os processos e práticas adotados, a hierarquia e as relações de poder, as dinâmicas de trabalho, a relação com clientes e fornecedores, entre outros.

Portanto, as organizações, de maneira proativa ou reativa, estão sendo forçadas a implantarem ciclos de mudança cada vez mais rápidos e eficazes, com o objetivo de evoluir constantemente seus diferenciais competitivos para que possam sobreviver e prosperar.

RH-TopTalks2023

A taxa de sucesso das mudanças organizacionais pode variar significativamente, dependendo de vários fatores, como a complexidade das mudanças, a cultura da empresa, o envolvimento dos colaboradores, a liderança da empresa, entre outros. Em geral, as mudanças organizacionais têm uma taxa de sucesso relativamente baixa. Estudos mostram que cerca de 70% das mudanças organizacionais não atingem seus objetivos e cerca de 50% delas falham completamente.

Após décadas de vivência em processos de mudança organizacional e de pesquisa acadêmica no Brasil, França, Inglaterra e Estados Unidos, hoje é possível uma abordagem na qual a vida organizacional é entendida e interpretada por meio de uma “visão binocular”, ou seja, deve-se considerar simultaneamente os aspectos visíveis e racionais (como estratégias, processos, organogramas, estruturas, etc) e também de fatores socioemocionais, muitas vezes inconscientes que incluem o narcisismo, as fantasias individuais e grupais, os conflitos e tensões nas diversas esferas da empresas, o engajamento e desengajamento da pessoas (agravado pela Covid), os vínculos emocionais com a identidade empresa, os mecanismos de defesa individuais e grupais, o sistema de defesa social, a cultura organizacional, entre outros. Evidentemente, essa abordagem comporta algo paradoxal e provocativo, pois ela evoca a proposta de introduzir uma compreensão de processos socioemocionais implicados em sistema que foi concebido por abordagens altamente racionais, ou seja, as organizações empresariais.

Mudanças organizacionais pela ótica socioemocional

Por Joaquim Santini, diretor-presidente da consultoria EXO (Excelência Organizacional) que atua em projetos de mudança organizacional, desenvolvimento de liderança, gestão estratégica e inovação de processos.

 

 

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Capa: Depositphotos