Intraempreendedorismo: a tendência do momento no universo corporativo. Os desafios socioeconômicos acentuados nos últimos anos por acontecimentos como a pandemia da Covid-19 e a Guerra na Ucrânia impuseram ao mundo corporativo a necessidade de olhar para si e revisitar paradigmas e processos com o objetivo de sobreviver e reinventar-se. Período esse que serviu como verdadeiro estopim para ações de inovação e empreendedorismo, sobretudo no Brasil.
Dados do SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), inclusive, apontam que 67% da população adulta brasileira é composta por potenciais empreendedores e donos de negócios.
Quando falamos sobre empreendedorismo, em geral, pensamos em algum indivíduo que utiliza recursos próprios para criar um produto, serviço, aprimorar um processo e/ou solucionar problemas. Porém, paralelo a isso, há uma tendência que vem ganhando cada dia mais espaço dentro das grandes corporações: o chamado intraempreendedorismo.
O conceito pode ser definido como a iniciativa de colaboradores que fazem a mudança acontecer, com o objetivo de melhorar os negócios das empresas nas quais atuam.
Comparado ao empreendedorismo, sua principal diferença é que, no intraempreendedorismo, o intraempreendedor utiliza os recursos disponíveis pela organização.
Sendo assim, o intraempreendedor pode ser definido como um colaborador proativo, que assume riscos e questiona o status quo, ou seja, está na constante busca por novas formas de fazer o trabalho de modo mais eficiente e eficaz, gerando oportunidades de inovação incremental (pequenas melhorias ou atualizações nos produtos, serviços e processos existentes) ou inovação disruptiva (desenvolvendo um novo produto ou serviço mais simples, barato, acessível e/ou conveniente aos consumidores, por exemplo).
Afinal, a inovação pode ser gerada por qualquer pessoa ou grupo que tenha engajamento, independentemente de nível hierárquico, e sem que haja a necessidade de uma determinação.
Porém, para que o intraempreendedorismo seja viável e bem-sucedido é preciso que a organização forneça um ambiente propício, o que depende de algumas ações.
A primeira delas, avaliar a prontidão da empresa para tal iniciativa, seguida de um plano tático.
A liderança deve incentivar e inspirar os colaboradores a trabalharem em prol do avanço da organização, encorajando-os a correrem riscos mensuráveis e entendendo que os erros devem ser considerados experiências de aprendizagem.
Além disso, é preciso criar uma cultura de apoio à experimentação e ao uso de ideias inovadoras, além de fomentar a discussão e tomada de decisões difíceis de forma transparente e com paridade.
Ademais, é necessário criar um ambiente de trabalho no qual os colaboradores tenham autoridade suficiente para realizar bem suas atividades, de modo espontâneo e leve, e que o conhecimento flua abertamente na organização, com oportunidades de treinamento para todos os interessados e recompensas para as inovações geradas.
O intraempreendedorismo pode ainda ser mesclado a outras estratégias, como a inovação aberta, parcerias com universidades, a criação de laboratórios de inovação ou até mesmo aquisições de empresas.
Em nossa empresa, entendemos a importância desta tendência e os benefícios que ela pode trazer para uma organização. Por isso, estamos realizando ações de conscientização sobre o tema, dentro e fora da empresa, por meio de palestras, eventos e avaliação de prontidão de nossos clientes para o intraempreendedorismo, acompanhada do desenvolvimento de um plano de ação.
Afinal, em um mundo cada vez mais competitivo, o intraempreendedorismo pode ser uma fonte constante de inovação para os negócios, impulsionando não só a evolução dos colaboradores e das organizações, mas também a do mercado como um todo.
Por Eduardo Floriano, vice-presidente de Operações da Softtek Brasil.
Ouça o episódio 143 do RH Pra Você Cast, “Inclusão 50+, bom para o presente e para o futuro (de todos nós)“. Como você se enxerga daqui a cinco ou dez anos? O questionamento, que já deve ter sido feito a muitos de vocês durante algum processo seletivo ao longo da carreira, nem sempre traz consigo uma resposta fácil. Especialmente para um público que, diante de tantos estereótipos e preconceitos, sequer sabe como será o dia de amanhã em sua vida profissional. A cada nova geração que entra no mercado, uma anterior se vê diante do dilema de ficar para trás e ver cada vez menos portas se abrirem.
O panorama, todavia, não só precisa como deve ser mudado. Pesquisas revelam que o tão falado “choque geracional” é extremamente benéfico não só a profissionais de todas as idades, mas também às empresas. E, afinal, se não olharmos para o público 50+ com atenção, como será quando chegar a nossa vez de lutar por espaço com os mais jovens? Para falar sobre as vantagens de mesclar gerações e como desenvolver mecanismos de inclusão, o RH Pra Você Cast traz Mórris Litvak, Fundador e CEO da Maturi. Confira o papo clicando no app abaixo:
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