Estruturar o plano de carreira da equipe implica mais gastos, por isso, é necessário lembrar que ele precisa passar antes pela validação financeira.

A empresa terá fôlego para arcar com os compromissos assumidos?

Esse é um dos assuntos mais importantes quando o negócio começa a crescer e o time, a aumentar de tamanho. E as estatísticas também confirmam a importância desse planejamento: segundo dados da Cobertt Inc., 76% dos trabalhadores desejam oportunidades para crescer profissionalmente.

O plano de carreira gera impactos financeiros profundos na empresa, afetando diretamente a sua formação de preço. Nesse sentido, a validação desse plano é chave importante para que, de fato, ele saia do papel e tenha plena aplicabilidade na realidade do seu negócio.

Tenho percebido nas minhas palestras como a motivação exerce um papel direcionador do futuro da empresa. E o plano de carreira é um ingrediente da motivação, porque é o reconhecimento mais efetivo na hora de se demonstrar com justiça que o trabalho está bem feito.

Ao alcançar um plano de carreira, o funcionário sente-se reconhecido e isso também gera impactos de longo prazo na empresa, como perseverança, entusiasmo e melhores desempenhos. Aliás, todo o cuidado nesse sentido é bem-vindo, justamente porque o time é formado por colaboradores: a verdadeira “matéria-prima” são as pessoas.

Por isso, indico três premissas fundamentais na estruturação de um plano de carreira:

  1. Ser motivador para a equipe: estabeleça metas que estão diretamente ao alcance do colaborador e dentro de sua esfera de atuação;
  2. Ser sustentável financeiramente: a empresa precisa projetar o seu financeiro e olhar o impacto do plano a longo prazo para garantir que será sustentável e
  3. Ser legalmente justificável: observar as questões trabalhistas e societárias é essencial nesta etapa.

Ao seguir esses passos, você consegue mensurar o plano de carreira e seus impactos, garantindo à sua equipe uma perspectiva de longo prazo. E, lembre-se: não aprove um plano de carreira sem antes validá-lo financeiramente. Isso evita surpresas indesejáveis e aumenta a sua visão sobre a evolução empresarial.

Além do salário: plano de carreira necessita de validação financeira

Por Beatriz Machnick, contadora, especialista em Controladoria e Finanças, mestre em Governança e Sustentabilidade. É pioneira da metodologia de Formação de Preços na Advocacia e palestrante na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). É sócia-fundadora da BM Consultoria em Precificação e Finanças. Autora dos livros Gestão Financeira na Advocacia – Teoria e Prática (2020), Valorização dos Honorários Advocatícios – O Fortalecimento da Advocacia através da Gestão (2016) e Honorários Advocatícios – Diretrizes e Estratégias na Formação de Preços para Consultivo e Contencioso (2014).

 

Ouça também o RHPraVocê Cast, episódio 126, “Até o ‘bom dia’ vira reunião: é mesmo tão difícil se adaptar à comunicação assíncrona?”. Será que todos os líderes estão, de fato, preparados para se adaptar a um diferente estilo de comunicação? Há solução para as reuniões em excesso deixarem de ser parte do dia a dia?

Para responder a isso e auxiliar no melhor entendimento sobre a importância da comunicação assíncrona, o RH Pra Você Cast traz a neurocientista Ana Carolina Souza, sócia da Nêmesis, empresa de educação corporativa. Clique no app abaixo:

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