Maio terminou, mas como dizem por aí, o dia das mães deve ser celebrado todos os dias. E eu como mãe da Giovanna (6) e do Gabriel (3), me inspirei para compartilhar aqui como eu equilibro a rotina profissional com a maternidade concomitante ao desenvolvimento emocional dos meus filhos, afinal, somos mamães 365 dias ao ano.

Desenvolver soft skills ainda na infância é uma maneira de preparar as crianças para o mundo moderno, afinal escutamos bastante gente falando sobre a preocupação em deixar um mundo melhor para os nossos filhos.

Mas será que estamos conseguindo deixar filhos melhores para o nosso mundo?

Essa é uma provocação que pode gerar valiosas reflexões. Isso porque desenvolver o hábito do autoconhecimento na criança desde cedo é uma forma dela lidar mais naturalmente com os estímulos emocionais que sente.

Pesquisa Infojobs

Incentivar o aprendizado pela prática é um excelente aliado para que as crianças consigam assumir um papel mais ativo (protagonista), competência que falta em grande parte dos adultos de hoje.

Esse é um tema que tem cada vez mais me chamado a atenção.

No início da minha carreira em 2005, o grande diferencial competitivo dos profissionais estava em seu currículo. Indiscutivelmente ter no currículo uma faculdade renomada, te abria um leque de oportunidades incríveis.

Esses dados curriculares são denominados hard skills, ou seja, são os meios técnicos de aprendizagem que temos para nos desenvolver e já adianto: eu acho extremamente importante termos base técnica para qualquer escolha profissional em nossas vidas.

Mas, não basta apenas o domínio técnico e é essa mudança que estou vivenciando de perto nos últimos anos. Desde a aprovação no processo admissional, como escala da carreira, o comportamento individual tem sido cada vez mais valorizado e é justamente a soft skill que tem diferenciado alguns profissionais de outros.

E como estou aqui falando dessa relação com a maternidade, percebi o quanto é possível aplicar e desenvolver as habilidades comportamentais nas crianças com situações práticas presentes no meu dia a dia familiar.

Vamos falar de duas soft skills, em especial.

Comunicação / Comunicação interpessoal

Meus filhos não são tímidos e partindo dessa característica já genuína o que busco fazer é potencializar a arte da comunicação em momentos e brincadeiras onde eles podem se expressar ainda mais.

Uma das brincadeiras que minha a filha adora, por exemplo, é gravar vídeos e replicar até algumas frases/jargões de youtubers que ela segue. Mas o mais interessante é que ela não copia, mas consegue colocar uma identidade própria ao desenvolver a sua comunicação.

Neste vídeo que ela monta um quebra cabeça e compartilha a expectativa para o próximo desafio.

Esse é um tipo de brincadeira que estimula demais a criatividade dela, a comunicação, o raciocínio rápido, o improviso, afinal não é uma informação decorada, mas sim espontânea.

Resolução de Problemas

É claro que nossos filhos não devem e nem podem ter um nível de responsabilidade complexa na resolução de problemas, porém é importante envolvê-los na resolução de problemas caseiros que fazem parte da sua rotina diária.

Um exemplo pra mim que é muito simples, mas muito válido é a solução do problema fome e sede.

Quantas vezes nossos filhos nos pedem/falam: “Manheeee, to com sede” / Manheeeee, me dá alguma coisa pra comer”

Essa expressão pode ser interpretada como um problema que eles estão tendo naquele momento que é justamente estar com fome ou com sede.

Então, o que eu faço?

Estímulo que eles resolvam o problema deles de forma a escolherem o que querem beber ou o que querem comer. Estímulo que eles vão até a cozinha e me apresentem as suas escolhas.

Algumas vezes o processo é simples e prático porque eles escolhem o que realmente podem beber ou comer, mas existem os desafios também, afinal, que criança não pede aquele doce num momento que não é adequado? Aí entra uma outra competência que é a negociação, rs.

É bem simples, mas educar vai além dos muros do colégio e as oportunidades estão à mostra nos corredores de casa.

Estimular que eles resolvam suas dores, ao invés de pedirem a alguém que faça isso por eles, fará toda a diferença na fase adulta, quando os desafios não forem apenas fome, sede ou a atenção da manheeeeee!

Comportamento, a palavra da vez

Por Janaína Peroto, Head de Pessoas da Foregon e responsável pelo case – mais de 12 anos de experiência na área de recursos humanos com passagens por grandes corporações.

 

 

Ouça o RHPraVocê Cast, episódio 138, “O poder das ações em prol do protagonismo feminino” com Edna Vasselo Goldoni, presidente do Instituto Vasselo Goldoni (IVG). Fala sobre difundir o o protagonismo feminino, a sororidade, a equidade de gênero, a diversidade e a reintegração. Criado em 2017, esses são os principais pilares da organização sem fins lucrativos. Durante a pandemia, e com o forte impacto que ela teve na carreira da mulher, nasceu o Programa de Mentoria Para Mulheres “Nós por Elas”. Já em sua 15ª edição, mais de quatro mil mulheres foram beneficiadas no mundo todo. Clique no app abaixo:

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Capa: Depositphotos