As empresas existem com missões diferentes, mas entre elas há um fator comum: a busca pela sustentabilidade do próprio negócio. Esse é o ponto de partida, e não pode ser deixado de lado. Entretanto, há diferentes forma de fazer isso acontecer, e é aí que entram os valores de cada negócio, e até onde esses valores são praticados e fortalecidos em diferentes cenários.
Perceba que não é “bem-estar” pelo “bem-estar”. É uma série de fatores que fazem com que adotar uma cultura de autonomia e confiança seja uma decisão também racional, pautada em retorno para o negócio.
Quanto mais autonomia é concedida a alguém, mais responsabilidade é exigida também – ainda que não se verbalize. E um comprometimento genuíno é, ao mesmo tempo, consideravelmente assumido.
Quando a pandemia se tornou um fato, algumas empresas se posicionaram publicamente em relação à perpetuidade de seus profissionais em regime híbrido ou de home-office – ou seja, que o novo regime valeria mesmo após o término da situação pandêmica.
Entretanto, nem todas puderam manter a posição inicialmente declarada, isso porque a cultura da autonomia e da confiança talvez não fizesse tanto sentido assim para essas mesmas empresas, ou então esses fatores não estavam tão fortes quanto deveriam para essa tomada de decisão.
Muitos podem então perguntar: “O que aconteceu?”, mas a pergunta mais esclarecedora seria: “O que não aconteceu?”. Talvez, não aconteceu o que havia sido combinado. Ou então não aconteceu a hipótese de a ausência física ser bem interpretada (ou aceita), ou simplesmente não aconteceu, na prática, o bem-estar que se previa.
Por outro lado, percebeu-se a importância de aliar o bem-estar ao resultado no fim do dia. Esse sim, não há como repensar, ou voltar atrás.
Funcionário feliz é sinal de empresa com bom resultado?
Nem sempre, pois o fator-chave para essa associação se tornar verdadeira é o estabelecimento de expectativas entre confiança, autonomia e um indicador claro para todos.
Tudo isso acontece porque há uma provocação do ambiente por um retorno maior quando o bem-estar é um estado comum a todos. Há o estímulo para entregar não apenas mais, mas melhor! E os que sabem aproveitar esse gatilho fazem dele um cenário propício para grandes conquistas.
Não há um modelo único de “fazer acontecer” na gestão empresarial, mas sabe-se que ao estabelecer um ambiente capaz de prover conexões verdadeiras é possível criar um ecossistema fértil para que a empresa cresça e o bem-estar genuíno de todos que dela fazem parte permaneça.
Bem-estar vinculado a um propósito comum e orientado a resultado. Nesse contexto, sim, o retorno é claro.
Por João Paulo Fiuza, CEO da One7.
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