Autoteste e o ambiente de trabalho: quando é válido adotar a ferramenta? Para as empresas e colaboradores, a testagem em massa pode ofertar um ambiente mais seguro, com direcionamento para diagnóstico aprofundado de casos suspeitos.

Migramos do presencial para o home office em um estalo de dedos.

Afinal, as empresas precisavam dar continuidade aos seus negócios, suprindo demandas importantes, como de alimentação e medicamentos, além de sustentar a empregabilidade de inúmeras pessoas.


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Porém, com as inovações apresentadas, vacinação em curso e cada vez mais testes à disposição, já é possível ver muitas empresas retornando parcialmente aos escritórios.  Assunto, recentemente potencializado pela aprovação do autoteste pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Mas, quando é válido adotar o autoteste, se de acordo com o Ministério do Trabalho e Previdência o mesmo não funcionará como comprovante de diagnóstico oficial, mas sim como mais uma ferramenta de triagem?

A detecção em 15 minutos, a indicação de busca por um médico e o afastamento imediato do profissional são as principais vantagens do autoteste, além de ser uma solução que pode apresentar uma redução de custos significativa, já que os testes rápidos anteriores necessitavam de um farmacêutico ou profissional da área da saúde para promovê-lo, onerando um pouco mais o processo.

As empresas podem adquirir caixas com um número de produtos e disponibilizá-los proativamente aos funcionários como uma solução de saúde ocupacional. Caso os mesmos tenham contato com alguém que testou positivo, além de realizar a autotestagem, podem avisar prontamente a empresa, sem a necessidade de aguardar dias pelo diagnóstico e colocar em risco os colegas de trabalho.

Também cabe salientar a importância da sensibilidade dos testes adquiridos, tanto para indivíduos sintomáticos com indivíduos assintomáticos.

Quanto maior a sensibilidade de um teste, menor a chance de obter um resultado falso negativo, aumentando a segurança dos profissionais que em geral trabalham em ambientes fechados.

Legislação atual

Antes mesmo da aprovação dos autotestes pelo órgão responsável, o Ministério do Trabalho e Previdência já informou que trabalhadores com sintomas de Covid-19 ou com diagnóstico confirmado para a doença não precisam apresentar atestado médico às empresas.

Bastava se manterem afastados do trabalho presencial, desde que não a ação não perdurasse mais de 10 dias1.

Algumas empresas também adotaram a Portaria interministerial publicada em janeiro de 2022, a qual prevê que aqueles que tiveram contato com pessoas de diagnóstico confirmado também deveriam ser afastadas do trabalho presencial sem a necessidade de apresentação de atestado, sendo possível, nesse caso, reduzir o período para sete dias, desde que não houvesse febre há 24 horas ou uso de medicamento antitérmico, bem como remissão de sinais e sintomas respiratórios.

Paradoxo momentâneo

Se por um lado as novidades na seara da saúde são uma oportunidade para uma melhor convivência em meio à pandemia, também geram dúvidas pela sua disrupção.

É possível que, em alguns anos, os diagnósticos descentralizados, como os autotestes, sejam ainda mais parte do nosso dia a dia, propondo uma verdadeira democratização do acesso às informações de saúde e uma prontidão maior no tratamento de uma série de doenças ou alergias.

Mais do que se valer de informações divulgadas por inúmeras fontes, precisamos recorrer àquelas que trazem maior confiança, aos órgãos de saúde, reguladores, fabricantes, e, também, às experiências pregressas, que abrem portas para soluções simples, indolores e que, se utilizadas da melhor forma, podem contribuir amplamente para que vidas sejam preservadas.

O futuro já chegou. Só nos resta dar uma chance para ele.

Autoteste e o ambiente de trabalho

Por Daniel Rocha, diretor de Point of Care da Vyttra Diagnósticos.

 

 

 

Ouça também o PodCast RHPraVocê Cast, episódio 99, “Dois anos de pandemia: o que mudou no universo corporativo?” com Rafael Ricarte, líder de produtos de carreira da Mercer Brasil e André Vicente, Diretor Geral da Adecco no Brasil. Clique no app abaixo:

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