O perfil da liderança no novo capitalismo

Hoje caminhamos para um novo capitalismo e precisamos de um novo perfil da liderança. Antes o dinheiro que estava concentrado nas grandes corporações, começa a chegar mais facilmente a empresas menores. Por diferentes mecanismos, o poder também começa a ser descentralizado porque o conhecimento é disseminado de forma mais rápida.

Na medida que isso ocorre, você começa a ter protagonismo vindo de onde outras partes. Antes os grandes bancos dominavam o mercado, você tinha que pagar uma mensalidade para ter uma conta corrente, hoje tem várias opções gratuitas para manter uma conta.

Nas companhias, as decisões deixam de ser adotadas lá no “Olimpo”, ou seja, exclusivamente ou majoritariamente pelo presidente. Esse poder está cada vez mais descentralizado de forma que os times podem decidir como contribuir para a execução da estratégia da empresa. Especialmente, no que diz respeito ao processo de inovação.

É fato que ainda há uma forte direção top down pelos executivos, e ainda haverá por bastante tempo, pois a cultura não muda da noite para o dia, mas não tem como negar que os times estão mais participativos. Esse novo cenário também impõe a mudança no perfil do líder, que dentre suas características têm como destaque a orientação de servir.

Cadeia de comando e empatia

Antes, para tomar qualquer decisão, era necessário consultar o líder e este, o seu líder. Cada ação demandava: faço isso, faço aquilo, ou ainda: eu faço o que?

A resposta, geralmente, seguia um caminho: faça isso. Agora, o líder deixa de dar a resposta correta e passa a ajudar a fazer as perguntas certas para construir, junto com o time, o caminho que precisa ser trilhado para traçar a estratégia da organização.

Assim, necessariamente as pessoas se engajam muito mais. Por que? Porque elas estão opinando, se sentem ouvidas. Aqui se aplica a tão aclamada empatia, o líder se coloca no lugar do outro e entende que ele necessita das pessoas contribuindo para a estratégia.

O perfil de liderança passa a ser o de uma liderança mais humana que consegue se relacionar com as pessoas, criar um ambiente adequado para que elas deem o seu melhor.

Nesse sentido, a administração via OKRs – Objectives Keys Results – se torna fundamental, justamente por ter como pilar um modelo de gestão mais ágil, mais ajustada aos tempos em que vivemos e, principalmente, por olhar para cada indivíduo e área da empresa como elementos que compõem o todo, o que ajuda a criar um sentimento de unidade e de colaboração.

Novo Capitalismo?

Quanto ao questionamento: esse novo capitalismo é uma passagem para algo ainda a ser descoberto ou chegou para ficar? Tendo a achar que ainda está chegando e vem para ficar. É uma mudança muito importante.

As perspectivas financeiras continuam existindo, claro, afinal a longevidade das empresas depende da geração de lucro, mas existe, na minha visão, o papel que as empresas têm não é só o de gerar lucros, mas o de contribuir para o progresso da sociedade de maneira geral.

Acredito firmemente que muita coisa boa pode surgir a partir desse novo cenário.

Gestao de pessoas no novo capitalismo

Por Pedro Signorelli é especialista “insider” na implementação de OKR e fundador da Pragmática Soluções em Gestão.

 

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