Destemidos, intrépidos e arrojados. Assim podemos definir os profissionais brasileiros que, em pesquisa, deixaram bem claro que não estão nem um pouco receosos em perder seus empregos para inteligências artificiais (IAs). Nesse clima de autoconfiança, no entanto, algumas empresas estão mais do que dispostas a colocar a valentia dos trabalhadores à prova. A IBM, por exemplo, tem milhares de vagas prontas para serem preenchidas, mas não por humanos. Mas preocupações à parte, pelo menos a pandemia da Covid-19 não será mais uma delas.

Bom, enquanto um robô não me substitui, convido você a acompanhar as notícias cheirosas e malemolentes do GiroRH de hoje:

Alvos de demissão

Alvos de demissão

As mulheres enfrentam diversas dificuldades no mercado de trabalho, a principal delas, no entanto, é o desemprego. Um levantamento exclusivo do Infojobs mostrou que 52,1% das mulheres foram desligadas de suas atividades no último ano. Proporcionalmente a cada grupo, 61,1% das mulheres pretas perderam seus empregos, seguido por 57,1% das mulheres pardas e 47,6% das mulheres brancas. 

Em uma pesquisa complementar sobre empregabilidade para mulheres pretas, 86% das respondentes acreditam que, em relação a pessoas brancas, as chances profissionais são desiguais. Para 59,1%, a raça interfere nas chances de conseguir um emprego.

Capacitação gratuita

Sustentabilidade empresarial, matemática financeira, estatística, ecoinovação, gestão de projetos, fundamentos da administração, Engenharia Econômica, Word, Excel e mais de 30 cursos gratuitos e com certificado estão disponíveis no site do Veduca. Os conteúdos são ministrados por professores da USP e UFSCAR.

O Projeto Redigir, da USP, também está com vagas abertas para o curso Comunicação e Cidadania com Ferramentas da Língua Portuguesa, que apresenta conceitos de gramática e redação, além de debates sobre temas atuais para que as pessoas possam se comunicar melhor, se empoderar e participar mais ativamente da sociedade.

Comunicação difícil

Uma pesquisa realizada por Ana Tomazeli, CEO do Instituto de Pesquisa de Estudos do Feminino e das Existências Múltiplas, com mais de 200 participantes, mostra que apenas 37% dos profissionais se sentem totalmente seguros para discordarem da sua liderança no ambiente de trabalho. Já 63% manifestaram alguma ressalva ou receio de se posicionar quando discordam da liderança.

“Você se sente confortável no seu trabalho para dividir um diagnóstico de saúde mental que vai impactar sua entrega no curto prazo? Você acha que o seu emprego está garantido, mesmo que você manifeste uma discordância em relação a algumas orientações da empresa? Se você respondeu “não” a uma dessas perguntas, é bem provável que você esteja vivendo em um ambiente profissional de pouca ou nenhuma segurança psicológica” exemplifica Ana.

Explicações cobradas

Explicações cobradas

Vocês se recordam das polêmicas acusações sobre trabalho escravo na Shein? O assunto pode até ter adormecido por um breve espaço de tempo, mas não foi esquecido, pelo contrário. A empresa chinesa de e-commerce está na mira de congressistas norte-americanos, que só vão permiti-la abrir capital no país caso seja provado que as acusações são infundadas.

Segundo parlamentares, a companhia explora a mão de obra dos uigures, um grupo étnico marginalizado na China. A Shein, por sua vez, alega que respeita os direitos humanos e que não faz uso de trabalho análogo à escravidão.

Fim do pesadelo?

Nesta sexta-feira, a OMS anunciou, enfim, a notícia que há anos o mundo aguarda: está oficialmente encerrada a emergência declarada para a Covid-19. “Com grande esperança, declaro finalizada a Covid-19 como uma emergência global de saúde”, manifestou o Dr. Tedros Adhanom Ghebreysus, diretor-geral da OMS.

Uma vez que vários países já haviam encerrado suas respectivas emergências, pois controlaram o vírus com a vacinação e com outras medidas de saúde pública, na prática a mudança do status não traz profundos impactos, mas reforça o quanto a Covid-19, enfim, perdeu de vez a sua força.

IA? Não pra cima de mim

Segundo um estudo feito pela Futuros Possíveis em parceria com a Opinion Box, por mais que as empresas estejam cada vez mais encantadas com o avanço da inteligência artificial, os profissionais brasileiros, em sua maioria, não temem perder seus empregos para a tecnologia em questão.

O relatório revela que, dos 2.170 entrevistados, 77% não se sentem ameaçados pela automação. Além disso, praticamente metade (49%) discorda da ideia de que, em até 20 anos, sua profissão não existirá mais. Vale destacar ainda que 69% creem que a tecnologia será uma aliada para aumentar sua produtividade.

Mas é bom ficar em alerta

Por mais que os brasileiros tenham deixado claro que não temem os robôs, a realidade é que muitas empresas já estão adotando a substituição da mão de obra humana pela automação. A IBM é uma delas.

A gigante da informática decidiu suspender a contratação de 7,8 mil profissionais que aconteceria nos próximos anos. Os cargos, em um primeiro momento, serão ocupados por inteligências artificiais. Até mesmo no RH algumas funções devem ser assumidas pelas máquinas.

Regulamentação a caminho?

Na última segunda-feira (1), foi instituído pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) um grupo de trabalho para debater a regularização de atividades por aplicativos de entrega e transporte, como Uber, iFood, etc. Ao todo, serão 45 membros responsáveis pela discussão, divididos em:

  • 15 integrantes de centrais sindicais para representar os trabalhadores;
  • 15 participantes de nove órgãos do governo;
  • 15 representantes dos empregados (incluindo a Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia – Amobitec).

Remuneração precária

Levantamento realizado com exclusividade pelo portal de vagas Empregos.com.br, revelou que 6 em cada 10 brasileiros afirmam que o salário que recebem atualmente não garante a alimentação básica da família. Quando questionados se ganham salários compatíveis ao piso, 51,8% dos entrevistados ganham salários abaixo do estabelecido.

O impacto disso reflete diretamente na mesa do brasileiro. A combinação mais consumida pelos trabalhadores (arroz e feijão), foi protagonista da maior alta de produtos da cesta básica. Segundo relatório do DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), as capitais com as cestas mais caras foram: São Paulo (R$ 782,23), Porto Alegre (R$ 746,12), Florianópolis (R$ 742,23), Rio de Janeiro (R$ 735,62) e Campo Grande (R$ 719,15).

Upskilling e Reskilling

O “Global Sentiment Survey”, uma das pesquisas mais importantes destinadas ao público de treinamento & desenvolvimento, trouxe uma nova atualização sobre as tendências e preocupações globais dos profissionais do setor. O que não mudou em relação a 2022, porém, foi a primeira colocação entre os temas que a comunidade de T&D enxerga como os de maior atenção para a área – e o topo segue com Reskilling/Upskilling.

Apesar de serem palavras já disseminadas, quais suas particularidades? Como as empresas estão enxergando (e aplicando) os conceitos? Qual o caminho para a autoaprendizagem? Falamos sobre tudo isso no episódio da semana do RH Pra Você Cast, e quem nos guiou foi Mari Achutti, fundadora e CEO da Sputnik. Acompanhe pelo player acima ou acesse sua plataforma de áudio de preferência.

GiroRH

O #sextou está diferente. Toda sexta-feira você acompanha aqui no GiroRH as tendências, novidades, curiosidades, boas práticas, movimentações do mercado, polêmicas e tudo o que ronda o universo de RH. 

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Por Redação