O mês da conscientização sobre o câncer de mama lançou luz para uma pauta que ganha força nas empresas: a saúde da mulher. Segundo o Ministério da Saúde, somente no ano passado foram identificados mais de 66 mil novos casos da doença. Não à toa, as organizações fortaleceram o engajamento na campanha Outubro Rosa ao promoverem ações focadas no público interno.
Dados da 4Life Prime, empresa de saúde ocupacional, mostram que neste ano quase 3 mil empresas das áreas de tecnologia, indústria e finanças adquiriram palestras de conscientização sobre o câncer de mama. Nos últimos cinco anos, cresceu em 90% a demanda por palestras voltadas para o Outubro Rosa.
Para Yara Cosequi, gerente comercial da 4Life Prime, promover ações para reforçar a importância da prevenção do câncer de mama faz com que a colaboradora busque ajuda médica para realizar o diagnóstico precoce. “É importante que as empresas estejam envolvidas nesse processo de cuidado com a saúde do colaborador. Campanhas como o Outubro Rosa são ótimas oportunidades para que o departamento de Recursos Humanos possa inserir a pauta no seu calendário de atividades”, afirma Yara.
Segundo Tábata Silva, gerente de marketing do Empregos.com.br, iniciativas voltadas aos funcionários como palestras e realização de exames fazem parte de um movimento de corporações responsáveis.
“Por muito tempo, falar de câncer era tabu porque o diagnóstico era compreendido como uma sentença de morte. Hoje, a medicina oferece grandes chances de cura e, por isso, há uma responsabilidade por parte das empresas na propagação de informações confiáveis e na proteção da saúde dos seus colaboradores”, afirma a executiva.
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Entre as iniciativas realizadas por empresas brasileiras neste ano, está um evento do Instituto Avon sobre os direitos previstos por lei para pacientes ou pessoas com suspeita da doença e a realização de mamografias em mulheres que não têm acesso aos exames onde moram. Outro exemplo é a Bayer Brasil, que elaborou uma cartilha digital que circula nos canais internos da empresa com informações sobre o câncer de mama e saúde reprodutiva, além da realização de rodas de conversa sobre o tema com ex-pacientes.
“Vale reforçar que a saúde da mulher no trabalho deve ser uma preocupação e uma responsabilidade a longo prazo, permanente, e não só no mês de outubro. Cada vez mais as empresas estão atentas ao bem-estar de suas equipes. Isso pode ser observado no formato dos novos escritórios, na flexibilização das jornadas e na atenção à saúde mental dos colaboradores. As relações de trabalho têm se transformado rapidamente e as empresas precisam acompanhar essas mudanças para não perderem os seus talentos”, finaliza Tábata Silva.
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Por Redação