Um estudo realizado pela Dell Technologies mostrou que apesar da crescente incidência de ataques cibernéticos, como ransomware (usado para bloquear dados e servidores), 42% dos profissionais brasileiros admitem que não melhoraram substancialmente sua conscientização e seu comportamento de segurança da informação depois de ouvir sobre esses incidentes. Ainda segundo o levantamento, 31,8% dos entrevistados têm a esperança de que não serão alvos de qualquer tipo de ciberataque.

O dado faz parte do estudo Breakthrough, realizado globalmente pela Dell Technologies em parceria com a Vanson Bourne com mais de 10 mil participantes totais, sendo 400 executivos brasileiros, entre tomadores seniores de decisões de negócios, tomadores de decisões de TI e trabalhadores do conhecimento (funcionários envolvidos na transformação digital). O levantamento mostrou que, entre outros aspectos, a acelerada transformação digital observada nos últimos dois anos exacerbou as ameaças cibernéticas na força de trabalho das empresas. 

Em decorrência das mudanças no ambiente de trabalho das pessoas, que passaram a adotar um modelo híbrido em razão da pandemia, 72,5% dos profissionais brasileiros reconhecem que, dada a natureza dessa constante evolução do modelo de trabalho, suas organizações estariam ainda mais expostas a ataques cibernéticos. Além disso, 54,3% dos respondentes consideram os colaboradores como o elo mais fraco em suas defesas de segurança cibernética. 

De acordo com Diego Puerta, presidente da Dell Technologies Brasil, o resultado da pesquisa mostra que os cuidados com a segurança cibernética são responsabilidade de todos. “Com a crescente ameaça à segurança, as empresas precisam equipar suas pessoas com o conhecimento certo e a compreensão de que podem ajudar a impedir os cibercriminosos. É importante que todas as áreas da organização sigam os requisitos de segurança da informação estabelecidos”, afirma.

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O estudo apontou ainda as principais razões pelas quais as pessoas dentro das empresas acreditam não ter de se preocupar em serem vítimas de ataques cibernéticos. Dentre elas estão: 

  • 40,5% confiam plenamente nos equipamentos e nas soluções de firewalls da organização para interromper essas ameaças
  • 35,8% confiam que as consequências de um ataque podem ser facilmente resolvidas
  • 28,8% são apáticas – ou seja, não percebem nenhuma responsabilidade pessoal
  • 27% afirmam não entender a escala da ameaça para justificar o investimento em tecnologia e treinamento de segurança
  • 24,3% ignoram a ameaça porque não sabem como resolvê-la. 

Puerta destaca que é muito importante que as organizações, por meio de seus líderes, reforcem iniciativas de conscientização de modo que cada vez mais os times e as pessoas dentro das empresas entendam que também são responsáveis em garantir as melhores práticas. 

“As companhias também devem tornar esse comportamento o padrão por meio não apenas da implantação de tecnologias e processos tecnológicos intrinsecamente seguros. Permear a mensagem de responsabilidade de segurança compartilhada na cultura é fundamental. Geralmente, as pessoas precisam ouvir uma mensagem várias vezes, de maneiras diferentes, antes que isso se transforme efetivamente em um comportamento”, ressalta o presidente da Dell Technologies Brasil.

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Por Redação