Se uma empresa busca profissionais para futuros cargos de liderança, um programa de trainee pode ser a saída. Se o foco são analistas juniores, um programa de estágio é mais adequado. Centenas de empresas investem todos os anos em programas de trainee e de estágio para acelerar o desenvolvimento de profissionais em início de carreira.

Porém, antes de implementá-los, é importante avaliar criteriosamente qual é o cenário atual da organização e quais são seus objetivos a médio prazo. Com isso em mente, é possível definir o perfil dos profissionais que a empresa precisa e em que cargos irão atuar.

Se o objetivo for contratar os futuros líderes do negócio ou percebe-se que há risco de surgir uma lacuna de especialistas na companhia, aposte em um programa de trainee, afinal, esses recém-formados apresentam grande potencial para encarar desafios. Agora, se a demanda é pelo preenchimento de posições como analista júnior, um programa de estágio com estudantes universitários pode ser uma boa estratégia.

Com esse ponto de partida definido, é hora de mapear quais são as habilidades técnicas e as competências sócio-comportamentais que esses talentos devem ter para fazer uma sintonia perfeita com a cultura e a demanda da empresa. Feito isso, é necessário contar com um time preparado para implementar ações capazes de atrair candidatos aderentes ao perfil que a empresa busca.

Nessa fase, a dica é fortalecer o engajamento de colaboradores para gerar indicações e fortalecimento da presença da marca em redes sociais para aumentar seu alcance entre estudantes e recém-formados e também participar de feiras em instituições de ensino.

Os processos seletivos para avaliar esses candidatos podem ser personalizados, mas em geral contemplam etapas como inscrição, filtro técnico e avaliação comportamental, além de entrevistas com profissionais de recursos humanos e os futuros gestores. Durante as etapas de recrutamento e seleção, a dica é usar recursos que façam os candidatos serem imersos nas rotinas da empresa.

Simular atividades que farão no dia a dia pode ser um caminho para verificar se realmente possuem interesse pela área de atuação da organização. Lembre-se que a empresa escolhe os candidatos, mas os profissionais também precisam apreciar a cultura organizacional e as experiências que terão ao aceitar uma proposta de trabalho. É uma via de mão dupla!

Aliás, a participação da liderança é uma grande aliada ao longo de todo o programa, pois boa parte da eficiência dessas iniciativas está nas mãos dela. Os gestores precisam estar disponíveis e dedicados a oferecer todo o treinamento, a orientação e o suporte necessários para o desenvolvimento dos trainees e estagiários. Só assim torna-se viável garantir uma boa taxa de efetivação, após o prazo de duração dos programas, que costuma ser de um ou dois anos.

Nesse contexto, para garantir que os estagiários e os trainees aprovados na seleção permaneçam na empresa pelo tempo que o programa durar, é essencial ter um plano de desenvolvimento bem estruturado, que abranja não apenas as competências técnicas e comportamentais, mas também uma trilha de desenvolvimento para o profissional e o que é esperado dele até o término do programa.

Por outro lado, quando estagiários e trainees deixam de vivenciar uma jornada de aprendizado e ficam sem suporte de gestores, o resultado pode ser negativo: os contratados deixam a empresa antes do fim do programa e todo o investimento foi em vão. De nada adianta recrutar e selecionar os melhores profissionais do mercado e oferecer um belo pacote de benefícios, se não há foco em aprendizado e desenvolvimento.

A geração Z é composta por profissionais com sede de conhecimento, sem grandes receios de pedir demissão e encarar novos desafios. Para retê-los, é imprescindível criar estratégias para que possam contribuir com a evolução dos negócios, sugerir inovações e ter expectativas de crescimento na carreira.

Em resumo, quando a empresa e os talentos sabem claramente onde estão, o que tem a oferecer e todos os passos que devem percorrer juntos, os programas de estágio e trainee alcançam seus objetivos e escrevem histórias de sucesso.

Sabe o combinado que não sai caro? É isso.

Vai contratar Avalie o cenário atual e futuro da empresaPor Ana Krentzenstein é graduada em administração pela Universidade Mackenzie, com certificação pela CS Academy com foco em atendimento ao cliente. Atuou como headhunter em empresas como Page Personnel e, desde 2017, é gerente de customer success e talent acquisition na Companhia de Estágios, empresa líder em recrutamento e seleção de estagiários e trainees.

 

Ouça o RHPraVocê Cast, episódio 127, “Como não perder a base de uma cultura sólida diante de um forte crescimento?” com Michele Mafissoni Heemann, vice-presidente de Pessoas, Cultura e Gestão e Michelle Carneiro, diretora de Pessoas e Cultura, ambas da Contabilizei. Clique no app abaixo:

Não se esqueça de seguir nosso podcast e interagir em nossas redes sociais:

Facebook
Instagram
LinkedIn
YouTube

Capa: Depositphotos