Fluidez e continuidade: o perfil do profissional em Tecnologia da Informação. Quando penso em tecnologia da informação, duas palavras me vêm à mente: fluidez e continuidade.

Fluidez é pelo nosso trabalho, que não se define por resolver o problema da vez. Toda solução aplicada precisa apoiar o fluxo completo. A melhoria pode ser feita de forma local, mas ela deve impactar todo o sistema onde está inserida.

Desde remover pontos de falha e bloqueios, até habilitar novas capacidades para uma determinada área de negócio. A missão passa ainda por permitir que um conjunto de pessoas consiga ter um trabalho mais fácil, usando menos tempo. Isso tudo sem precisar aumentar sua força de trabalho.

Ou seja, nós, profissionais de TI, valorizamos a capacidade das pessoas e geramos mais qualidade de vida na jornada diária delas.

Já a continuidade diz respeito a pensar que não podemos parar. E, por outro lado, saber que sempre vai ter algo impedindo de a solução ficar 100% em funcionamento. Por vezes, são sistemas terceiros sobre os quais não temos gestão direta; em outras, são situações que estão fora do nosso controle – como a falta de algum recurso, por exemplo.

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Nessa lógica contínua, atuamos, em parte, no modo de contingência, mas principalmente na busca por prevenção. Queremos nos antecipar aos problemas. Falamos em redundância, em alta disponibilidade.

O perfil NP2S

A pessoa que atua em tecnologia da informação tem algumas características que se desenvolvem ao longo do tempo de vida profissional. Podemos chamar esse perfil de “NP2S” – mas em nada a ver com o sistema de avaliação. Falo aqui de Negócio, Padrão, Problema e Sistema. Veja se faz sentido para você:

Negócio: a pessoa não apenas executa tarefas, ela sempre vai ter um olhar de negócio, que vai ajudar na priorização de atividades e no entendimento de acordos de nível de serviço. Dessa forma, ela apoia na organização da governança do ambiente em que atua. Ou seja, quanto mais entender sobre o negócio, mais sucesso terá.

Padrão: através de padrões, conseguimos melhorar a nossa capacidade de recuperação em caso de problemas, e também a nossa capacidade de atendimento de demandas.

Problema: antes de oferecer uma solução, a pessoa que atua em tecnologia da informação entende o problema. E, ao mergulhar nesse processo, talvez descubra diversas formas de resolvê-lo. Mais ainda, isso garante que a comunicação das possíveis soluções inclua variáveis estratégicas para outras áreas da empresa, como custo, prioridade, capacidade, complexidade e assim por diante.

Sistema: a pessoa que atua em tecnologia da informação tem pensamento sistêmico. No final do dia, tudo o que acontece na nossa vida se resume a um ponto comunicando com outro, gerando feedbacks negativos ou positivos. Isso se torna um diagrama, no qual conseguimos entender o sistema e como nossas ações ajudam ou prejudicam-no.

Olhar para o presente e pensar no futuro

Reunidas, essas habilidades do perfil NP2S – conhecimento de negócio, olhar em padronização, entendimento de problema e atuação sistêmica – habilitam uma pessoa profissional em tecnologia da informação a atuar no mundo presente, melhorando e executando ações para mais eficiência.

Paralelamente, esse perfil permite ainda que, através do pensamento sistêmico e do olhar de negócio, ela possa projetar e inovar.

Vários desses papéis vão fazer parte de uma equipe de tecnologia da informação. Pessoas atuantes no presente. Pessoas atuantes no futuro. Pessoas que vão ter mais habilidade para fazer melhorias em serviços e processos. Pessoas que vão conseguir inovar na forma de concepção, gestão, de comunicação e de entrega.

Neste dia da pessoa profissional de TI, comemorado em 19 de outubro, tenho um convite à reflexão que vale tanto para quem atua na área quanto para os profissionais de RH que contratam as equipes.

Qual papel você considera mais presente em você?

Quais características você entende que já vem desenvolvendo?

E quais quer fortalecer mais?

O perfil da pessoa profissional em Tecnologia da Informação

Por Daniel Wildt, sócio e CTO da uMov.me. Atua em tecnologia há mais de 25 anos. Preocupado com desenvolvimento de produtos e serviços, com equipes focadas em aprendizado, melhoria contínua e autonomia.

 

 

Para mais informações sobre aprendizado, ouça o PodCast do RHPraVocê, episódio 69, “A realidade do ensino híbrido nas empresas” com Peterson Theodorovicz, diretor regional da D2L no Brasil, clicando no app abaixo:

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Capa: Depositphotos