Ao contribuir para uma gestão que coloque as pessoas no centro de iniciativas e medidas estratégicas, o gestor abre portas para uma cultura de resiliência e disrupção.
Dentro do contexto corporativo, é natural que o setor de gestão de pessoas ofereça uma série de desafios a serem trabalhados pelas empresas. Com o avanço de novas metodologias de trabalho e a consolidação tecnológica, não há como negar a necessidade de se construir um ambiente de adaptação e capacitação por parte dos colaboradores, para que os resultados desejados sejam obtidos por meio do uso estratégico da tecnologia.
Entretanto, para o gestor, tão importante quanto visualizar o aspecto técnico e preparatório diante o fenômeno digital é adotar uma postura que considere e valorize os profissionais, seguindo princípios básicos de que nenhum indivíduo é similar ao outro.
Nesse sentido, o conceito de People Centric traduz com precisão uma mentalidade imprescindível para organizações que miram a disrupção. Como o próprio termo sugere, trata-se um modelo de trabalho que coloca as pessoas no centro de ações tomadas no âmbito interno.
Em contrapartida a formatos mais tradicionais, aqui, o senso de colaboração deve pautar a cultura organizacional implementada, favorecendo a retenção de talentos e a produtividade entre os departamentos.
Geralmente, é de comum acordo que engajamento e satisfação são características decisivas para qualquer companhia. Porém, o questionamento maior repousa no processo para atingir esse estágio de maturidade cultural.
Uma gestão condizente com os tempos atuais
Ter propósito e ser protagonista de sua própria jornada. Sem dúvidas, esse é um objetivo compartilhado por muitos profissionais. Grande parte desse status de realização pessoal passa por fatores que fogem do escopo particular, tendo efeito na forma como a organização lida com suas equipes internas.
Em uma cultura de uma empresa People Centric, as pessoas são livres para atuar com inventividade, sempre sob a consciência coletiva. Isso não significa abdicar de um ambiente organizado e com uma liderança clarificada, pelo contrário, com estímulos voltados para o desempenho e a participação dos envolvidos no cotidiano operacional, será possível estabelecer um nível de sinergia capaz de normalizar um quadro intuitivo e, principalmente, receptivo a novas ideias por parte das pessoas.
A criação de um produto ou serviço de qualidade é o resultado de um trabalho coletivo, isso é fato. E garantir uma experiência positiva para os que se dedicam à busca incessante por soluções transformadoras influencia, de forma abrangente, na experiência que será proporcionada ao cliente.
Portanto, fomentar elementos como autonomia e pertencimento é priorizar o desenvolvimento do negócio em sua totalidade.
As pessoas no centro da inovação
Atualmente, investir em plataformas processuais que aprimorem os níveis de eficiência nas operações executadas é um diferencial que não pode ser ignorado. Dito isso, não é aconselhável reunir todas as expectativas de um possível crescimento empresarial em mudanças que se limitam à estrutura de trabalho, deixando o aspecto humano em segundo plano.
Medidas inovadoras, a exemplo de ferramentas que visam a automatização de etapas operacionais, devem incluir os colaboradores de modo que a tecnologia possa servir como apoio estratégico, potencializando a atuação e não a ofuscando.
Para encerrar o artigo, volto a enfatizar que ser People Centric é um exercício constante para empresas alinhadas com o presente e também o futuro.
É preciso manter-se atento ao surgimento de novidades que classifiquem as pessoas com a devida significância, em prol de uma gestão evolutiva e humanizada, com todos os requisitos necessários para se destacar em um mercado cada vez mais consciente quanto aos modelos organizacionais empregados pelas companhias.
Por Michelle Pagan, Head de Recursos Humanos da Arklok. Consolidada no mercado há mais de 13 anos, é o principal player brasileiro focado em full outsourcing de TI, atuando pelo modelo de Tecnologia como Serviço. Se destaca por ser uma empresa ágil e flexível, e o principal objetivo está em reduzir custos e maximizar resultados dos clientes.
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