E-Learning e E-Training: o que são e quais as tendências para 2023. Aqui é importante partir do começo, você sabe qual é a diferença entre uma formação acadêmica e uma formação corporativa?

Embora as duas sejam importantes para empresa e colaborador, há características que as distinguem: enquanto o E-Learning tem como objetivo fornecer aos aprendizes os conhecimentos e habilidades que eles precisam para alcançar seus objetivos educacionais e profissionais, o E-Training, geralmente, se concentra em habilidades e competências específicas que são relevantes para uma determinada profissão ou trabalho. 

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É essencial que o profissional invista tempo e recursos na sua formação inicial, embora seja também indispensável o aprendizado contínuo e específico para a carreira. Portanto, o E-Training pode ser usado para fornecer a novos funcionários os conhecimentos e habilidades que eles precisam para ter sucesso em seus papéis, e também para ajudar colaboradores experientes a se atualizarem sobre tendências e melhores práticas da indústria. 

Por isso, as empresas de médio e grande porte têm investido uma fatia cada vez maior de seu faturamento em treinamento e desenvolvimento, em especial nas plataformas LMS (para o português – Sistema de Gestão de Aprendizagem), que permitem transportar o ambiente educacional presencial para o virtual, com personalização e dinamismo.

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Outro desafio é trazer um aprendizado mais dinâmico para os adultos já inseridos no mercado de trabalho, e a pandemia ensinou que é possível fazer muito de forma remota, então, é importante que o profissional tenha bons motivos e um excelente ambiente para se colocar à frente das telas por mais tempo, com o intuito de se capacitar.

Por isso, as tendências de treinamento corporativo (E-training) para 2023 incluem explorar ao máximo os formatos que a tecnologia permite que existam, como cursos on-line, webinars, podcasts, games e treinamento interativos.

O E-Training se tornou um método muito mais popular e importante de treinamento corporativo nos últimos anos, e essa tendência provavelmente continuará no futuro, por conta das respostas aos avanços da tecnologia e disponibilidade de recursos de aprendizado on-line de alta qualidade, às necessidades e também às preferências dos alunos.

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Neste ano de 2023, deverá haver um foco grande no aprendizado personalizado, nas tecnologias de aprendizado adaptativo, no uso de inteligência artificial e outras tecnologias avançadas para aprimorar a experiência de aprendizado. Confira abaixo os detalhes sobre cada uma das tendências:

As Tecnologias de Aprendizagem Adaptativa são ferramentas educacionais que se adaptam às necessidades e habilidades de cada aluno. Essas tecnologias usam algoritmos para analisar o desempenho e o progresso dos alunos. É uma experiência de aprendizagem personalizada, adaptada às necessidades e habilidades únicas de cada aluno.

As ferramentas podem ainda ser usadas em uma variedade de ambientes educacionais, incluindo cursos on-line, livros didáticos e outros materiais de aprendizagem. 

Fornecendo experiências de aprendizagem personalizadas, as tecnologias de aprendizagem adaptativa ajudam os alunos a se envolverem com o material de forma mais eficaz, e com isso, obterem melhores resultados de retenção nos treinamentos.

Já a Inteligência Artificial (IA) deverá ser uma tendência em plataformas de treinamento à distância em 2023.  Alguns exemplos do uso de IA em plataformas LMS poderão incluir, além da aprendizagem personalizada, testes adaptáveis, geração de conteúdo, tutoria e suporte, análise de aprendizado gerando insights e recomendações para melhorias.

Aqui, vale ressaltar que o uso de IA em plataformas LMS está apenas começando e tem o potencial de melhorar a eficácia e a eficiência do treinamento on-line, proporcionando uma experiência de aprendizado mais personalizada e adaptável aos alunos.

Porque o Metaverso ainda não entra em 2023? 

Na minha opinião, existe um movimento exacerbado com relação à utilização de ambientes do Metaverso para fins de treinamento. Neste momento, é primordial que se faça uma avaliação do que de fato o uso do Metaverso agrega para o treinamento. Situações nas quais o ambiente virtual pode dar ao aluno uma melhor visualização e compreensão do espaço real, tendem a ter uma melhor eficácia.

A aceitação e a transformação para o Metaverso vão levar ainda algum tempo e exige muita maturidade tecnológica, portanto, serão muitos anos de desenvolvimento de projetos, de estudos e planejamento até chegar a um ambiente que seja, de fato, imersivo e leve para o mundo virtual aquilo que já presenciamos na vida real.

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Porém, o que tenho visto é um frisson em busca de soluções de Metaverso apenas para mostrar os mesmos vídeos, textos e apresentações que o aluno poderia estar vendo em aplicativos e plataformas LMS já muito melhor adaptadas a esse fim. 

Portanto, é preciso ser bastante criterioso e não frustrar os usuários fazendo com que acessem um ambiente de Metaverso, no qual não há nenhuma imersão de fato, apenas para consumir os mesmos conteúdos que o fariam fora dele.

Por Alceu Costa Junior, CEO e Founder da Take 5. Paulista, formado em Propaganda e Marketing e pós-graduado em Marketing Internacional pela FGV. Antes de empreender, dedicou dez anos de carreira à multinacional alemã Mannesman, em São Paulo e na Alemanha. Fundou a Take 5 em 1995, depois de se especializar em Direção de Fotografia e Direção de Atuação. Incansável aprendiz, em 2001 se especializou na direção de depoimentos e cases de sucesso, tendo dirigido e produzido mais de 100 filmes no Brasil, México, Colômbia, Peru, Chile e Argentina. Em 2006, lançou as soluções web VideoMailing, VideoBanner e, ainda, E-Training Take 5, uma solução de treinamento a distância baseada no uso de videoaulas e que está sendo amplamente utilizada em treinamentos on-line. 

Para informações adicionais sobre treinamento, ouça o PodCast do RHPraVocê, episódio 69, “A realidade do ensino híbrido nas empresas“, com Peterson Theodorovicz, diretor regional da D2L no Brasil.  Clicando no app abaixo:

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Capa: Deposithphotos