O metaverso vai além de Bitcoin, Blockchain e NFT. Ele impactará – se não redefinir completamente – até na forma como as pessoas trabalham. De acordo com um relatório da Gartner, Inc., até 2026, 25% das pessoas passarão pelo menos uma hora por dia no metaverso para trabalho, compras, educação, social e/ou entretenimento.
Tendo isso em vista, será que o futuro do trabalho no metaverso é mais eficiente, simplificado e conveniente para funcionários e empregadores? O fato é que uma coisa é certa, na pandemia as pessoas descobriram que trabalhar remotamente ressignifica conceitos como colaboração, crescimento e sucesso, então, segundo a headhunter Erica Castelo, o futuro do trabalho no metaverso pode ser sim, bastante promissor.
‘’A conveniência é incomparável aos trabalhadores. Não haverá necessidade de deslocamento, pois todas as interações terão alternativas digitais iguais em eficácia. Trabalhos que antes exigiam interação presencial de repente terão opções virtuais, o que significa que o freelancer e o trabalho remoto se expandirão ainda mais, em um ambiente inédito e envolvente’’, salienta.
E justamente pela grande expansão que a realidade virtual causa, Erica (foto abaixo) afirma que a segurança deve ser primordial, pois assim como na vida real, no metaverso as pessoas terão relações e elas precisam de regulamentação e regras, para garantir um bom convívio em sociedade.
Para os impactos deste novo cenário no trabalho, Bill Gates prevê que as reuniões virtuais passarão para o metaverso – dentro de três anos. Segundo ele, os trabalhadores dependerão cada vez mais do uso de headsets e avatares de Realidade Virtual no trabalho. E para que o metaverso amadureça para seu próximo estágio de desenvolvimento, as empresas no espaço precisarão enfrentar três fronteiras: garantir talentos qualificados, fazer movimentos de investimento decisivos e ultrapassar os limites das experiências inovadoras.
A headhunter acredita que interagir virtualmente em tal nível de imersão demandará uma série de novas condutas e dinâmicas sociais. ‘’As possibilidades para uma empresa vão desde a cobertura de presença social, trabalho de escritório ou entretenimento, pagamentos, saúde, produtos de consumo, trabalho por hora, e muito mais’’, analisa.
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Algumas empresas já aderiram ao metaverso no ambiente de trabalho
Um dos exemplos para demonstrar o impacto do metaverso no futuro do trabalho é o recém-lançado Horizon Workrooms. Introduzido pelo Facebook, o Horizon Workrooms é um espaço de encontro virtual que permite que você colabore com seus colegas praticamente sem se sentir isolado ou privado de interações no local de trabalho durante o trabalho remoto.
Outro exemplo notável do metaverso em um local de trabalho é o mais recente aplicativo Microsoft Mesh. A Mesh aproveita uma experiência de realidade mista que permite que você se conecte, compartilhe e colabore com seus colegas de trabalho em ambientes virtuais imersivos e quase naturais.
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E agora, RH?
A questão do treinamento dentro do ambiente virtual soa interessante para Erica, pois, reunir pessoas de diversas partes do mundo para dinâmicas interativas e sem deslocamentos pode qualificar e impactar muitos colaboradores. Mas seu pensamento é mais cético quanto à questão do recrutamento.
‘’No recrutamento as pessoas vão se esconder atrás dos avatares e o que os recrutadores procuram é o oposto, precisamos saber quem é a pessoa que estamos falando, se ela realmente é o profissional determinante para ocupar a vaga em questão. Tudo o que não devemos querer neste momento crucial da contratação, é entrevistar um personagem’’, salienta.
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E apesar de todas as vantagens desse universo real e tecnológico, Erica prefere acreditar que independente do quanto o mundo evolua tecnologicamente, o que nunca devemos nos esquecer é a sensibilidade humana, o ‘the soul factor’ (fator alma), que é o que realmente faz a diferença nas relações, inclusive nas profissionais.
Por Redação