No ano passado, pela primeira vez em sete anos de existência da Triven, nos deparamos com um desafio que nos trouxe muitas reflexões, aprendizados e também ações. Tivemos uma situação interna que acabou criando um conflito de opiniões e um grande questionamento sobre postura e ética, tanto em relação aos colegas quanto em relação aos clientes.

Naquele momento desafiador, parecia evidente que o posicionamento causador da divergência não estava de acordo com o que esperamos dos colaboradores da empresa, porém nos demos conta de que tal postura esperada era um conceito implícito, que não estava posto de forma clara em nenhum documento, escrito ou informativo.

Mesmo sendo uma empresa pequena, nós já tínhamos um caminho percorrido na definição dos valores e da cultura da Triven. Além disso, também trilhamos um percurso de desenvolvimento em relação aos nossos recursos humanos, tendo criado, desenvolvido e fortalecido práticas para nossos colaboradores ao longo dos últimos anos.

No entanto, foi apenas quando tivemos uma questão real que percebemos a necessidade de formalizar nossos compromissos, expectativas de condutas e diretrizes de comportamento, segundo nossos valores enquanto empresa.

Detectada essa necessidade, contratamos uma pessoa especializada para elaborar o nosso Código de Ética e Conduta. Recentemente finalizado, o documento será um balizador de toda conduta do time. Juntamente com esta ação, implantamos um Comitê de Ética, composto por pessoas do time que irão se debruçar sobre situações que possam surgir e precisem dessa intervenção.

A ideia de que, por sermos uma empresa pequena, não precisávamos de um olhar mais atento e ações mais estruturadas para a ética dentro da Triven se mostrou equivocada e, infelizmente, isso ocorreu talvez mais tarde do que o necessário.

A partir dessa experiência, aconselho que todas as empresas, mesmo as menores, se perguntem:

• meus colaboradores sabem qual é a ética comportamental esperada deles em relação a clientes e colegas?
• isso está documentado de forma clara para que possa ser acessado em caso de necessidade?
• esses temas são abordados pela empresa?

Quando não temos uma diretriz muito clara, as questões passam a ser discutidas com base no senso de ética, de moral e de justiça particular de cada indivíduo, e isso é muito perigoso.

Essas são perguntas essenciais para garantir que as diferenças de entendimento sobre conduta ética não criem atritos e para que a referência não seja apenas o bom senso, visto que cada pessoa tem seu entendimento particular sobre tais questões.

Acredito que documentar o Código de Ética e Conduta da empresa e ter um comitê para acompanhar demandas de relações humanas é um passo essencial na prevenção de crises e problemas que podem afetar a equipe e o seu desempenho.

É também uma forma da empresa ser ética e transparente com seus colaboradores, de maneira que estes tenham conhecimento sobre condutas e comportamentos desejados para todos aqueles que atuam na companhia.

Por Fernando Trota, CEO da Triven.

Ouça o episódio 145 do RH Pra Você Cast, “O que é preciso para construir times de alta performance?“. Como desenvolver lideranças e equipes de alta performance? Por mais que muitos tentem buscar uma “receita de bolo” para responder tal questão com facilidade – e, tão facilmente quanto, levar à execução -, o fato é que só há um caminho para que o sucesso guie a missão: treinar, treinar e treinar. Seja para líderes e liderados, a capacitação é fator determinante para a construção de times que alcançam os melhores resultados e, consequentemente, potencializam suas carreiras e a competitividade das organizações. Porém, mesmo a capacitação precisa ser estratégica. O olhar das empresas deve ser assertivo, humanizado e focado a treinamentos que, efetivamente, fazem a diferença. Eis, no entanto, que outra pergunta se manifesta: como tornar o desenvolvimento de pessoas estratégico para que as equipes de alta performance existam? Isso quem responde é uma dupla que entende – e muito – do assunto. O RH Pra Você Cast recebe Giovane Gávio, bicampeão olímpico de vôlei, palestrante e gestor de projetos esportivos, e também Sergio Agudo, Country Director da GoodHabitz. Confira clicando no app abaixo:

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