Cada vez mais as mulheres estão buscando seu espaço dentro da sociedade e isso tem sido tema de múltiplos debates ao longo dos anos: a equidade de gênero. Ela busca assegurar que as pessoas tenham o que precisam, e as mulheres precisam de oportunidades iguais.
Nas empresas o debate sobre equidade de gênero precisa se tornar parte da cultura da empresa e pode ser fomentada tanto pelos líderes quanto pelo RH. Mas não basta apenas fazer workshops e palestras: é necessário muito mais do que apenas expor um problema!
Equidade no mercado de trabalho
Atualmente o mercado de trabalho não é muito favorável às mulheres e alguns fatores ampliam essa disparidade entre os gêneros, como os salários diferentes, a falta de mulheres em posições de liderança e a alta taxa de desistência de seus empregos, advinda da dupla jornada de trabalho levada pela maioria delas.
Quando levantamos a questão de salário, uma pesquisa realizada pelo IBGE mostrou que as mulheres receberam 77% do salário dos homens no ano de 2019. E se for considerado os salários de cargos de gestão, como gerentes e diretores, essa diferença passa para 61,9%.
Por que investir na equidade de gênero?
O empoderamento feminino é um dos principais pilares para as mulheres assumirem o protagonismo de suas próprias carreiras. Um salário igualitário e a possibilidade de ocupar cargos de gestão, proporcionam melhor qualidade de vida e mais confiança.
Mas também é preciso reeducar os homens para que eles entendam e reconheçam os direitos das mulheres. É preciso desconstruir a ideia de que a masculinidade é significado de autoridade, direito ao poder e superioridade.
Benefícios da equidade de gênero
Ao ter equidade de gênero na empresa, o primeiro setor que percebe as transformações positivas é o social. As companhias com aprovação social tendem a ser mais procuradas e contam com uma maior retenção de talentos.
Além disso, ao falar de diversidade e mostrar o compromisso com a equidade, faz com que a empresa seja mais humana, contribuindo com a comunidade e fomentando as suas causas.
Entre as ações que a empresa pode implementar estão:
Ouvir: Antes de criar qualquer política de equidade de gênero na empresa é preciso conhecer os seus colaboradores. Realizar uma pesquisa simples (que pode ser anônima) é o primeiro passo para abrir uma discussão e ter um diagnóstico atualizado de como está a companhia.
Conscientizar: Com o resultado da pesquisa em mãos é hora de criar um plano e colocá-lo em prática. A conscientização dos colaboradores sobre a equidade de gênero pode ser feita através de comunicados internos, enquetes, e-mails, informativos, entre outros.
Dialogar: Depois das primeiras iniciativas, a próxima etapa é de conversar com grupos de homens e mulheres com foco em eliminar os preconceitos de gênero e promover a equidade.
Mensurar: As métricas de um projeto de equidade de gênero não precisam ser complexas, mas é necessário saber qual é o ponto de partida e onde se quer chegar.
Com o RH pode ajudar?
Muitas vezes, o RH é a principal ponte entre a gestão e o colaborador. Por isso, a missão dele é ouvir as dores femininas e abrir um canal de comunicação seguro e transparente pode ser o primeiro passo.
Ter uma política de gestão de diversidade, por exemplo, pode ajudar bastante na equidade de gênero, dois pilares são fundamentais para dar certo: a diversidade e inclusão.
A diversidade garante a empresa um time com profissionais de diferentes gêneros e a inclusão estimula o acolhimento, a aceitação e respeito entre mulheres e homens.
Por Ana Correa, co-fundadora e diretora de produto na TAQE, plataforma de recrutamento e seleção digital. Ana é comunicadora social – jornalista, com uma carreira focada em comunicação digital, impacto social e inovação colaborativa.
Ouça também o PodCast RHPraVocê Cast, episódio 96 – case de RH, “Da teoria à prática: como a GSK Brasil abraça a equidade?” com Cintia Magno, Diretora de RH da GSK. Clique no app abaixo:
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