A sustentabilidade empresarial tem acompanhado as necessidades e exigências da sociedade, mas também se tornou um recurso estratégico nas organizações. Segundo pesquisa da KPMG, realizada em 2017, 78% das maiores companhias globais colocam informações sobre responsabilidade corporativa (tema que engloba a contribuição dos negócios em relação a problemas sociais, ambientais e econômicos) em seus relatórios financeiros.
Pela primeira vez em dez anos de existência do relatório, mais de 60% das empresas de todas as indústrias falam hoje sobre o assunto, sendo que os principais tópicos dentro desse escopo são mudanças climáticas, objetivos sustentáveis da Organização das Nações Unidas (SDGs) e direitos humanos.
De acordo com Eder Magnani, sócio fundador da TRILHA Pessoas e Organizações, empresas e consumidores têm demonstrado cada vez mais envolvimento com a questão. O foco, porém, é identificar de que forma vem sendo incorporada, principalmente quando relacionada com a estratégia das companhias.
“A sustentabilidade foi introduzida na agenda das organizações pelo conceito de gestão sustentável que visa a adoção de estratégias e iniciativas que atendam às necessidades das empresas e dos diferentes stakeholders, enquanto protegem, mantêm e melhoram os recursos humanos e naturais que podem ser necessários no futuro”, afirma Magnani.
Conforme explica o profissional, a sustentabilidade corporativa resulta na incorporação dos objetivos de desenvolvimento sustentável, equidade social, eficiência e desempenho ambiental dentro das práticas operacionais. Essa abordagem, que engloba as dimensões econômica, social e ambiental, é conhecida como Triple Bottom Line (Tripé da Sustentabilidade, em tradução literal).
Criado nos anos 1990 por John Elkington, cofundador da organização não governamental internacional SustainAbility, o termo é usado como um paradigma para avaliar o sucesso de uma instituição na aplicação da temática. Segundo Magnani, a definição mais utilizada defende a ideia de que a sustentabilidade econômica como condição isolada não é suficiente para a global de uma empresa e, por isso, os aspectos econômico, social e ambiental devem ser integrados.
“Essa integração gera ações que levam a sustentabilidade a compor na estratégia empresarial. Assim, ela somente ocorrerá quando as condições econômicas e sociais forem melhoradas ao longo do tempo sem exceder a capacidade ambiental”, pontua o sócio da TRILHA Pessoas e Organizações.
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