A Allya, hrtech focada no bem-estar financeiro de funcionários, realizou uma pesquisa exclusiva com mais de 1.200 respondentes de 164 empresas, considerando os seguintes pontos: Controle sobre as finanças, Capacidade de absorver uma despesa inesperada, Caminho para atingir seus objetivos, Capacidade de fazer escolhas que possibilitem curtir a vida. E detectou também que 35% estão no limite de suas finanças pessoais, ou seja, despreparadas para qualquer evento inesperado.

O que significa, para os Recursos Humanos,  uma questão de risco para a boa integração de profissionais com a empresa. Isto porque é percebido que os problemas financeiros são causadores de estresse e insatisfação profissional, inclusive podendo levar até a procura por novo emprego.

“Esta informação não pode ser interpretada como um problema particular dos indivíduos, pois afeta o bom desempenho dos profissionais, gerando custos  para as empresas. Portanto, é dever dos RHs cuidar do bem-estar financeiro dos funcionários”, comentou o co-fundador da Allya e responsável pela pesquisa Gustavo Antonelli.

É importante ressaltar que o objetivo do estudo é diagnosticar a saúde financeira dos colaboradores das empresas, o perfil econômico e mapear os pontos em que os RH’s precisam atuar para ajudar as pessoas. De acordo com a Confederação Nacional do Comércio (CNC), o Brasil possui 79% das famílias endividadas, ou seja, sete a cada dez pessoas enfrentam este problema. Portanto, o estudo da Allya detalha a informação com o novo dado sobre o perfil destas pessoas, ou seja, informa que este universo não está relacionado apenas ao desemprego.

“Identificamos que a melhor forma de incluir melhores hábitos financeiros é atuar no dia-a-dia para gerar economia, elevar a consciência e o foco no bem-estar financeiro através da educação. O que, consequentemente, resultará no melhor desempenho de suas funções junto às empresas”, diz Marco Ferelli, co-fundador da Allya.

Segundo ele, a pesquisa teve o rigor científico para propiciar a percepção clara das perguntas aos entrevistados, sem direcionar respostas que resultariam na falha do resultado real.  Assim, foi baseada na  CFPB Financial Well-Being Scale, em que a pontuação da Escala de Bem-Estar Financeiro é um número padronizado entre 0 e 100 para o nível de bem-estar financeiro do entrevistado.

Resultados

Dentro dessa escala de Bem-Estar financeiro, o resultado médio dos respondentes foi de 52,25. Sendo a maioria de 31 a 45 anos (533), seguida dos 26 a 30 (260), 18 a 25 (257) e 46 a 60 (141), com a menor margem a partir dos 60 (15). Sendo importante ressaltar que os métodos questionadores tiveram a orientação científica, para o cuidado com a interpretação das informações.

Quando os respondentes foram questionados sobre preferências, as respostas foram:

  1. Eu poderia arcar com uma despesa inesperada?

34,97% (4+5) das pessoas estão despreparadas para um imprevisto financeiro, correndo o risco de se endividarem caso isso aconteça.

  1. Estou garantindo meu futuro financeiro?

Aproximadamente 40%(4+5) das pessoas dizem não sentir que garantem o seu futuro financeiro, esta é uma situação promissora para gerar angústia. 

  1. Em minha situação financeira, sinto que nunca alcançarei meus objetivos

Apesar da falta de visão de futuro financeiro, praticamente 47% (4+5) das pessoas sentem que alcançarão seus objetivos

  1. Posso aproveitar a vida por causa da maneira como gerencio meu dinheiro?

A grande maioria das pessoas se concentrou próxima do centro (3+4+5 = 84,50%), indicando uma característica típica do brasileiro de ser feliz e se contentar mesmo fora do seu cenário ideal.

  1. Estou apenas sobrevivendo financeiramente?

34,70% (1+2) dos respondentes sentem que estão apenas sobrevivendo financeiramente, o que demonstra grande desconforto com a situação econômica.

  1. Minha situação não me permite viver plenamente?

32% (1+2) das pessoas dizem não conseguir viver a vida da maneira que gostariam. 

  1. Dar um presente numa ocasião especial prejudicaria minhas finanças no mês?

75% (3+4+5) dos respondentes conseguem presentear pessoas queridas em ocasiões especiais, o que demonstra o esforço em querer agradar o próximo.

  1. Tenho dinheiro sobrando no final do mês?

40% (4+5) das pessoas dizem não ter dinheiro sobrando no final do mês, o que indica a falta de capacidade de poupar e investir para garantir o futuro.

  1. Estou atrasado com minhas finanças?

62% (4+5)  estão em dia com as finanças, mas praticamente 20% (1+2) indicam estar endividadas e precisando de auxílio para sair dessa situação.

  1. Minha situação financeira controla a minha vida?

Apesar de ser a pergunta com as respostas mais bem distribuídas, o resultado ainda indica que mais de 35% (1+2) das pessoas sentem que são controladas por conta da sua situação financeira e não o oposto.

Conclusão

Mesmo com a pesquisa sendo realizada em um recorte da população que tem um índice de saúde financeira maior que a média brasileira , é evidente que existem várias pessoas ainda precisando de ajuda para melhorar a sua situação financeira e os RHs na maior parte das vezes não tem visibilidade sobre esse problema que tanto afeta seus colaboradores. As empresas necessitam de soluções para atacar a causa raiz destes problemas e amenizar os impactos causados pela falta de saúde financeira.

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Por Redação