Um dos maiores desafios da gestão de saúde corporativa no Brasil é a relação entre o homem e o cuidado preventivo. Apesar de termos avançado na superação de tabus com o passar dos anos, as mulheres ainda lidam melhor quando o assunto é o bem-estar e cuidados com a saúde.

Essa realidade é evidenciada em uma pesquisa¹ recente realizada pelo Instituto Ipsos a pedido da Dasa Empresas: as mulheres se mostram mais cuidadosas quanto à atenção com a saúde.

Enquanto 50% delas disseram fazer exames preventivos ao menos uma vez por ano, o número entre eles é de 44%. Um levantamento realizado pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) corrobora com a situação quando ressalta que o número de meninos de 12 a 18 anos que se consultam com o urologista é 18 vezes menor do que o de meninas da mesma faixa etária que vão ao ginecologista. 

Os dados acendem um sinal de alerta sobre a importância da conscientização contínua no tocante a saúde masculina, em especial a respeito do diagnóstico precoce e tratamento de doenças como o câncer de próstata. Informações do Instituto Nacional de Câncer (INCA) mostram que a doença é comum e representa 29% dos diagnósticos do tumor em homens.


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O câncer de próstata é uma enfermidade silenciosa, lenta e que, geralmente, não apresenta sintomas. Por isso os exames preventivos não podem ser negligenciados. Em cerca de 95% das situações, quando os tumores aparecem, o paciente já em fase avançada ou aguda, o que dificulta o processo de superação da doença. No estágio mais crítico, a pessoa tem dores ósseas e vontade de urinar com frequência, com a presença de sangue na urina e/ ou no sêmen.  

Mesmo sem indícios, é recomendável que a partir dos 50 anos, sejam realizadas consultas com o urologista, além de exames, como o PSA e o toque retal, que permitem ao médico checar se existem alterações da glândula. Já homens com fatores de risco (histórico de câncer de próstata na família, ou seja, pai, irmãos e tios); e descendência negra – que tendem a sofrer maior incidência deste tipo de câncer, é recomendável procurar um especialista a partir dos 45 anos. 

Entre as formas de combater o câncer de próstata está a conscientização a respeito da realização de check-ups regulares e facilitação, por meio de políticas públicas ou de iniciativas empresariais, de serviços que possibilitem o acesso a consultas, exames e procedimentos. 

Nesse sentido, a atuação das empresas e da liderança corporativa é fundamental. Organizações, gestores, departamentos de Recursos Humanos e médicos ocupacionais precisam investir tempo e oferecer recursos que auxiliem os colaboradores, fazendo-os adotar medidas que propiciem uma saúde plena – como a adoção de atividades físicas regulares, alimentação balanceada, redução do consumo de bebidas alcoólicas e abdicação do tabagismo.

Essas ações, além de auxiliar na redução do absenteísmo e turnover, estimulam um quadro positivo de saúde.

No momento em que a gestão de saúde se torna prioritária, valoriza-se uma medicina preditiva, preventiva e humanizada que, além de corroborar para o diagnóstico precoce, contribui com a felicidade dos funcionários e promove uma mudança essencial em toda a cadeia do cuidado, o que gera oportunidades mais sustentáveis para governança, redução da sinistralidade e diminuição da inflação do setor. 

O penúltimo mês do ano é marcado pela campanha Novembro Azul, que tem como objetivo despertar a atenção para o diagnóstico e tratamento do câncer de próstata, mas é necessário o cuidado permanente com o bem-estar.

Afinal, promover programas constantes de atenção à saúde é estimar a vida e, consequentemente, garantir o sucesso e a longevidade das empresas.

¹Saúde pós-pandemia. Pesquisa realizada pelo Instituto Ipsos, a pedido da Dasa Empresas, com 1.014 funcionários de companhias de todas as regiões do Brasil, entre os meses de novembro e dezembro de 2021. Participaram colaboradores de empresas com no mínimo 400 funcionários, das regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul, sendo 51% mulheres e 49% homens. Tem um erro amostral de 3,1 pontos percentuais.

O papel das empresas na saúde e bem-estar do homem

Por Fabio Vicentini, urologista do Hospital Nove de Julho, pertencente à rede Dasa em São Paulo. Graduado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), com residência médica em cirurgia geral e urologia pelo Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP). Doutorado pela Universidade de São Paulo e

 

 

O papel das empresas na saúde e bem-estar do homem

Alexandre Toscano, diretor-médico da Dasa Empresas, gestora de benefícios e soluções de saúde corporativa da Dasa. É médico e especialista em saúde ocupacional, com MBA executivo pela Fundação Dom Cabral e formação em Lean6Sigma (GreenBelt). Possui capacitação em economia e gestão em saúde pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP).

 

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