A nova gestão da saúde corporativa passa pelo uso de dados com outras tecnologias

O aparecimento de novos vírus e doenças mudou o modo de fazer a gestão da saúde nas empresas como conhecíamos. A pandemia causada pela Covid-19, e o surgimento de enfermidades como a varíola dos macacos (Monkeypox), trouxeram condições impensadas à humanidade – nos fazendo refletir a respeito do futuro e da importância de ressignificar os cuidados com os colaboradores.

De acordo com a pesquisa Saúde pós-pandemia, realizada pelo Instituto Ipsos a pedido da Dasa Empresas, 39% dos funcionários acreditam que as empresas deveriam oferecer planos de saúde de qualidade. No entanto, 22% salientam a importância de ter um ambiente seguro de trabalho e 19% destacam que as companhias deveriam se preocupar com a saúde emocional dos colaboradores.
Isso mostra que, embora importante, apenas ofertar o plano de saúde já não é mais suficiente.

Nessa nova ambiência, como a área de Recursos Humanos pode contribuir?

Primeiramente, é preciso se reinventar e ampliar seu escopo, indo além do oferecimento e administração de benefícios. Isso significa pensar na gestão de saúde integrada, com o beneficiário no centro, oferecendo uma medicina preditiva, preventiva e humanizada.


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Para isso, o uso de dados estruturados pode gerar conhecimento e informação. Ao realizar o procedimento admissional, por exemplo, é possível identificar doenças crônicas, e a empresa pode acompanhar o paciente com lembretes sobre exames de rotina e repassar informações a respeito de hábitos saudáveis – realçando uma nova vivência.

Também é preciso atuar na prevenção, estimulando práticas saudáveis. A partir do uso de dados é possível saber as atividades com mais adesão dos colaboradores e, assim, promover ações que auxiliem no desenvolvimento de hábitos saudáveis.

No Brasil, existem exemplos do uso da tecnologia de dados para melhorar a experiência de médicos e pacientes, plataformas que disponibilizam o histórico de saúde do paciente, assim como acesso imediato a consultas por telemedicina, exames e agendamento facilitado de testes e procedimentos. Ao facilitar a navegação, integrando suas jornadas ao longo dos serviços físicos ou digitais, é possível gerar inovação que traz acolhimento e humanização.

Apenas a gestão eficaz da saúde no universo corporativo é capaz de promover uma mudança positiva em toda a cadeia de cuidado e diminuir os impactos causados por novas e enfermidades já conhecidas.

No momento em que as empresas utilizam de forma inteligente a tecnologia, especialmente a de dados, e mudam o mindset, toda a cadeia se transforma. Para ser notória a atenção à saúde precisa estar voltada para o bem-estar – dessa forma os gestores passam a conhecer melhor a sua própria força de trabalho.

A reconfiguração de mundo pede uma mudança de atitudinal e sistêmica com medidas que foquem na prevenção e não doença, apenas assim a transformação da gestão da saúde corporativa será completa, e as empresas, bem como os gestores terão sucesso no auxílio aos seus colaboradores.

A nova gestão da saúde corporativa e as outras tecnologias

Por Rafael Motta, diretor comercial de diagnóstico, hospitais e coordenação do cuidado da Dasa e diretor-geral da Dasa Empresas. Administrador de empresas formado pela Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), com especializações nas áreas de negócios, marketing, liderança e inovação, inclusive pela Stanford University. Atua há mais de 20 anos com gestão de saúde, benefícios e seguros corporativos.

 

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