Em um cenário global onde a sustentabilidade se tornou uma pauta dominante, as empresas estão cada vez mais comprometidas com práticas que respeitam o meio ambiente, a sociedade e a governança corporativa — os pilares ESG (Environmental, Social, and Governance).

No entanto, para que esses esforços sejam verdadeiramente eficazes, é fundamental que não se limitem apenas às operações internas das empresas. A gestão de terceiros, que inclui fornecedores e parceiros comerciais, desempenha um papel crucial nesta jornada, sendo uma extensão direta das operações de qualquer organização.

A verdade é que uma empresa pode ter várias iniciativas internas voltadas para a sustentabilidade, mas se os seus fornecedores e parceiros não seguirem os mesmos princípios, o impacto pode ser prejudicado ou até mesmo negativo.

Por isso, integrar a gestão de terceiros nas estratégias de ESG não é apenas uma opção, mas uma necessidade para garantir a integridade e a eficácia das iniciativas ambientais, sociais e de governança.

ESG futuro do trabalho

Os benefícios de uma gestão de terceiros eficaz são numerosos e tangíveis. Além de mitigar riscos — como danos à reputação e multas legais — essa prática pode otimizar a cadeia de suprimentos, reduzir custos e aumentar a produtividade.

Mais importante ainda, ela fortalece a reputação corporativa e contribui significativamente para a construção de um futuro mais sustentável, uma demanda crescente tanto de consumidores quanto de investidores.

Contudo, implementar uma gestão de terceiros que esteja alinhada com as práticas ESG apresenta desafios. A falta de transparência nas operações dos fornecedores, as capacidades limitadas para a implementação de práticas sustentáveis e as dificuldades em monitorar o cumprimento das políticas são apenas alguns dos obstáculos que as empresas enfrentam.

Para superá-los, é crucial adotar uma abordagem estruturada e fazer uso de tecnologias avançadas, como a Inteligência Artificial, que pode transformar a maneira como as empresas selecionam e monitoram seus fornecedores.

Além disso, é vital que as organizações estabeleçam critérios claros e rigorosos para a seleção de fornecedores. Priorizar parceiros que possuam certificações ESG reconhecidas e que demonstrem um compromisso genuíno com práticas sustentáveis é essencial.

Isso não apenas garante o alinhamento com os valores da empresa, mas também fortalece a cadeia de suprimentos contra possíveis vulnerabilidades relacionadas a questões ambientais e sociais.
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Em conclusão, a gestão de terceiros é mais do que um complemento às práticas ESG — é uma componente integral que amplifica o impacto, a integridade e a credibilidade das iniciativas de sustentabilidade das empresas.

As organizações que reconhecem e implementam essa integração estão não só protegendo seus próprios interesses, mas também contribuindo de maneira significativa para o bem-estar do planeta e das sociedades em que operam.

Gestão de Terceiros: Indispensável para o Sucesso do ESG

Por Bruno Santos, especialista em Gestão de Riscos com Terceiros e sócio da Bernhoeft, empresa especializada em Cálculos Judiciais, Gestão de Riscos com Terceiros, BPO e Consultoria Tributária. Com mais de 14 anos de experiência, ele possui formação em Administração de Empresas e MBA em Gestão de Projetos.

 

Ouça o PodCast RHPraVocê Cast, episódio 101, “ESG está na moda, mas como tratá-lo para além do modismo?”. Os últimos anos foram marcados por um movimento intenso no interesse e nas demandas de adequação às práticas de ESG — sigla do termo em inglês Environmental, Social and Governance – ou Ambiental, Social e Governança (ASG — em português). A sigla segue cobiçada no universo corporativo e a corrida para abraçar o conceito já começou. Mas como olhar além do óbvio? Quão madura estão as empresas? O que é necessário para ser um especialista em ESG? De que especialista estamos falando? E qual o papel e responsabilidade do RH diante de tudo isso? No episódio de hoje, o CEO Grupo TopRH, Daniel Consani, e a editora do RH Pra Você, Gabriela Ferigato, conversaram com Hugo Bethlem, Chief Purpose Officer (CPO) da Bravo GRC e Presidente do Conselho do Instituto Capitalismo Consciente Brasil (ICCB). Clique no app abaixo:

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