Apesar de todo o potencial transformador nos negócios, o RH estratégico ainda é pouco presente nas organizações brasileiras. Isto é o que evidenciou a quarta edição da pesquisa HR Innovation, elaborada pela Ahgora by TOTVS. Segundo o levantamento, apenas 26% dos profissionais de RH afirmam que sua área é vista como estratégica nas empresas em que atuam. Em comparação com a edição anterior, de 2023, houve uma queda de 5% neste indicador, evidenciando uma piora no quadro.

O estudo também apontou que o uso de dados ainda é um desafio para o setor, visto que 26,8% das empresas afirmaram não utilizá-los em suas operações. Na edição de 2023 da pesquisa, essa porcentagem era menor (22,3%), portanto, apesar da grande variedade de informações coletadas diariamente na área de gestão de pessoas, o número de organizações que exploram essa riqueza de dados ainda é pequeno.

O uso de dados é valioso para as organizações, na medida em que fornece insights e direcionamentos inteligentes que orientam os negócios. Por outro lado, o uso reduzido ou inadequado dessas informações compromete a criação de um RH estratégico, que exerce influência sobre a gestão da companhia e contribui para o crescimento sustentável do negócio.

Nesse contexto, a tecnologia tem um papel fundamental para o processo de tomada de decisões da área de RH. Contudo, de acordo com a pesquisa HR Innovation, apenas 26,4% dos profissionais de Recursos Humanos utilizam alguma tecnologia para People Analytics. E, ainda, apesar de 29% dos entrevistados afirmarem que suas organizações utilizam essa estratégia de dados para contribuir com a gestão, somente 11,1% dos profissionais afirmaram ter domínio em People Analytics. Ou seja, não basta apenas contar com ferramentas, é preciso ter times capacitados que saibam extrair o melhor de cada tecnologia.

O levantamento também mapeou os 10 principais dados acompanhados pelas organizações. Entre os principais estão: custo da folha de pagamento (66,6%), custo de horas extras (58,2%), turnover (54,2%), assiduidade no trabalho (50,8%); enquanto no fim da lista estão aspectos como retenção de talentos (25,8%), custo de treinamento por colaborador (21,8%), humor dos colaboradores (19,2%), e-NPS (17,6%). O ranking mostra que o acompanhamento de indicadores relacionados à experiência do colaborador ainda tem menos atenção do RH, evidenciando que a área de gestão de pessoas ainda tem um caminho a percorrer quando o assunto é HXM (gestão da experiência humana).

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Perfil dos entrevistados

O levantamento reúne informações principalmente de lideranças (50,5%), como coordenadores, supervisores, gerentes, diretores, proprietários e C-levels, totalizando 381 respondentes, sendo que 32,6% atuam na área de gestão de RH e 30,3% no segmento de serviços. Entre as empresas que participaram desta pesquisa, 36,1% integram de 51 a 300 colaboradores; 25,5% entre 1 e 50; 18,8% de 301 a mil funcionários; 10,1% de 1.001 a 3 mil; e 9,5% acima de 3 mil.

Para acessar o conteúdo completo do estudo “HR Innovation 2024”, acesse o site.

Por Redação