Pouco antes de o país virar de cabeça pra baixo, em fevereiro de 2020, o Xerpay, plataforma financeira que dá acesso instantâneo e antecipado ao salário e ao 13º, em parceria com o Opinion Box, lançou sua primeira edição da pesquisa sobre o comportamento financeiro do brasileiro. Logo em seguida, o isolamento social foi decretado, tornando “velhos” os dados apurados, em poucos dias. Pouco mais de um ano depois, e com um cenário completamente modificado, o aplicativo lança a segunda versão da pesquisa, com as mesmas perguntas e uma apuração sobre os impactos da pandemia no comportamento financeiro da população.
O levantamento foi realizado em fevereiro de 2021 no Painel de Consumidores do Opinion Box e contou com a participação de 2.096 internautas de todos os estados brasileiros, homens e mulheres com mais de 18 anos, de diferentes classes sociais. Em perguntas sobre Gestão Financeira, a pesquisa descobriu que 27% dos entrevistados consideram que sucesso é alcançar estabilidade, por exemplo, e que mais da metade deles acredita que acompanhar os gastos seja fundamental para uma vida financeira saudável. Outro dado levantado pela pesquisa é de que 29% deles passam a maior parte do mês sem dinheiro.
Com a internet e as redes sociais, a busca por conteúdos com temas sobre educação financeira cresceu exponencialmente. A pesquisa do Xerpay e do Opinion Box mostrou que 53% dos entrevistados se informam por meio do site ou aplicativo da sua instituição financeira, e 32% recorrem a outros canais de conteúdo dessas mesmas instituições, como o Instagram e o YouTube. Já 31% se informam com influencers e especialistas online e 32% preferem perguntar para amigos e familiares.
Também foi analisada como é a relação dos entrevistados com opções de crédito e empréstimos. Descobriu-se que 51% já precisaram buscar crédito ou empréstimo no mercado, sendo que 20% tiveram o recurso negado pelo menos em uma das vezes que tentou.
Um dado que chama a atenção é que 46% já precisaram de crédito temporário até um próximo pagamento, ou para aproveitar alguma oportunidade/promoção. Uma vez que 36% dos entrevistados acham difícil guardar dinheiro, vimos que 20% utilizam crédito rotativo enquanto aguardam o próximo salário.
Impactos da pandemia
Após mais de um ano, a pandemia afetou diretamente o bolso dos brasileiros, e as distâncias sociais ficaram ainda mais evidentes. Com a pesquisa, foi possível observar que 5% dos entrevistados das classes AB perderam o emprego e ainda não conseguiram se recolocar, e 6% foram desligados mas já estão trabalhando de novo. Nas classes CDE, esses números crescem para 14% e 9% respectivamente. 43% das classes AB permaneceu no mesmo emprego sem reduções salariais. Nas classes CDE esse número cai para 26%. O levantamento mostrou ainda que 43% dos entrevistados das classes CDE e 18% dos das classes AB, ou alguém de suas famílias, receberam Auxílio Emergencial.
A pesquisa mostra que alguns aprendizados foram feitos nesse período. Por exemplo, 79% dos entrevistados entenderam, durante a pandemia, a importância de uma reserva financeira, 71% passaram a rever a forma como se relacionam com o dinheiro e 63% sentem que aprenderam a cuidar melhor dele.
A preocupação com a reserva financeira é justificável. Em um ano de acontecimentos e gastos tão imprevisíveis, 39% das pessoas precisaram gastar tudo ou uma parte do que haviam guardado até então. Enquanto 31% deles não começaram o ano de 2020 com reserva financeira, nem conseguiram criar uma, terminaram sem. O resultado pode ser compreendido no fato de que 45% dos entrevistados disseram ter alguma dívida ou empréstimo em andamento – 28% deles disseram estar nessa situação porque tiveram uma emergência e não tinham reserva alguma de dinheiro para gastar no momento do aperto.
Para ter acesso à pesquisa completa, com mais dados, é preciso fazer o download, no link: http://materiais.opinionbox.com/pesquisa-comportamento-financeiro.
Por Redação