Você tem a oportunidade de trabalhar em home office e descobre que tal modelo não só funciona muito bem, como te faz não querer voltar para o escritório? Então agradeça por não ser um dos empregado do empresário Elon Musk. Mas enquanto o foco de uns está na retomada presencial, o que faz os olhos de outras empresas brilharem são os novos benefícios e uma jornada reduzida de trabalho (ok, talvez não sejam bem as empresas que estão com os olhos brilhando, mas a gente garante que é coisa boa).
Mas vamos entender melhor tudo isso. Chegou a hora de conferir o seu, o meu, o nosso Giro do RH de hoje. Vamos lá!
Diversidade homenageada
Para incentivar o mercado a contratar pessoas com deficiência sem se resumir às obrigatoriedades da Lei de Cotas, o deputado estadual Evander Vendramini (Progressistas-MS) apresentou o Projeto de Lei 151/2022. O texto tem o objetivo de ressaltar o trabalho e homenagear empresas que empregam pessoas autistas e com TDAH.
Segundo o deputado, “as empresas poderão, por conta própria, utilizar essa denominação [Empresa Amiga dos Autistas e com TDAH] nos rótulos ou embalagens de seus produtos, na divulgação de serviços ou da sua marca, bem como em suas peças publicitárias, como um diferencial para a imagem de sua empresa”.
Home office? Não para o Musk
O homem mais rico do mundo não quer saber de home office. Vazou um e-mail direcionado aos funcionários da Tesla em que o magnata exigia o trabalho presencial por ao menos 40 horas por semana.
Caso não concordem, avisa: terá que se demitir. Segundo Musk, se não fosse pelo tempo que ele já viveu dentro de suas fábricas, a Tesla teria falido há muito tempo. O conteúdo, que repercutiu nas redes sociais, não foi confirmado – e nem negado – por Musk.
Me manda um telegrama (neste caso, não mande!)
A montadora Caoa Chery oficializou a demissão de 446 funcionários da fábrica de Jacareí, interior de São Paulo, depois de não chegar a um acordo com o Sindicato dos Trabalhadores de São José dos Campos e Região. Pior: os profissionais foram informados do desligamento por meio de telegramas.
As correspondências começaram a chegar na última quarta-feira (25/5), segundo representantes dos metalúrgicos. Segundo a montadora, isso foi feito para evitar gerar insegurança no local.
Na terra da Bethinha, flexibilidade é o que há
Enquanto Musk quer ficar ainda mais pertinho de seus funcionários, cerca de 60 empresas no Reino Unido toparam testar a adoção de quatro dias úteis de trabalho. O projeto foi anunciado como a maior redução de jornada de trabalho do mundo e beneficia 3 mil funcionários, que manterão seus salários e renda mesmo trabalhando menos.
Quem está por trás da iniciativa é a 4 Day Week Global, grupo que apoia os testes previstos para começarem em junho deste ano.
Novo benefício
A Meta, operadora dos aplicativos Facebook, Instagram e WhatsApp, anunciou aos seus colaboradores na América Latina um pacote adicional à cobertura do plano de saúde já vigente na empresa. A partir de agora, via convênio, a empresa passará a cobrir despesas geradas por procedimentos, serviços e cuidados que compõem o processo transexualizador, conhecido como mudança de gênero biológico. A novidade já está disponível no Brasil e no México e chegará em breve à Argentina e à Colômbia.
O benefício pode ser estendido, também, a dependentes inscritos no plano de saúde dos colaboradores.
Pegou a contramão
Ao mesmo tempo, uma empresa de telemarketing foi condenada a pagar indenização por danos morais a um empregado transgênero por não autorizá-lo a usar o nome social nos sistemas corporativos.
Na sentença, a juíza substituta da 3ª Vara do Trabalho de São Paulo, Rhiane Zeferino Goulart, pontua que é “dever do empregador assegurar a ampla possibilidade do uso do nome social às pessoas trans, travestis e transexuais, nos seus registros funcionais, sistemas e documentos, para a prestação de serviços em seu favor e no ambiente de trabalho”.
Só mais um pouco de bad vibes
Abril foi o mês que teve a menor proporção de reajuste de salários com ganhos reais neste ano, segundo levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Apenas 8% dos reajustes foram acima do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), a segunda menor proporção nos últimos 15 meses (acima apenas de novembro).
No recorte por setor econômico, os reajustes iguais e acima da inflação foram mais frequentes no comércio (cerca 67% das negociações analisadas pelo Dieese). Na indústria houve ao menos a reposição da inflação anual em 64% dos casos.
Talks a caminho (de novo)!
Pois é, mas calma porque ainda não é mais uma edição do evento que bombou em abril. O que chegou desta vez foi o report completo do RH TopTalks 2022, que trouxe alguns dos nomes mais importantes do mercado para debater temas como liderança, diversidade e muito mais.
Não conseguiu acompanhar na íntegra? Não tem problema! Clique aqui para acessar o report e ficar por dentro de tudo o que rolou de melhor na edição deste ano.
Tem mais home office na área!
Por aqui, no Brasil, a Audi inaugurou sua nova sede administrativa na cidade de São Paulo (SP), a qual foi completamente reformada para acolher com maior flexibilidade e comodidade os colaboradores, que seguem por tempo indeterminado em regime híbrido de trabalho.
Alinhado ao modelo anunciado pela companhia em 2020, conta com menos estações de trabalho e propõe a reserva de mesas através de uma plataforma virtual quando necessário trabalhar presencialmente.
Vamos para a pós
Uma pesquisa recente do Instituto Semesp, com base nos dados da PNAD Contínua divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), afirma que estudantes de especialização possuem rendimento acima de R$ 4.000. O valor é 150% maior do que a média de rendimento daqueles que fazem curso de graduação. O levantamento também mostra que o rendimento médio ficou em R$ 4,8 mil mensais para alunos da rede privada e R$ 3,7 mil mensais para os da rede pública.
Além de o mercado de trabalho estar cada vez mais exigente, a grande diferença salarial é algo que deve ser considerado por todos os profissionais. “A graduação tende a ser generalista, e o mercado, ao procurar por especialistas, exige um aprofundamento em determinado aspecto da formação. Nesse sentido, a pós-graduação é uma maneira de valorizar o título obtido na graduação”, ressalta Patrícia de Souza Cardoso, do Escritório de Carreiras da Facens.
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Foto de Capa: Reuters
Por Redação
