Segundo a 13ª edição da Pesquisa de Benefícios Aon, realizada em parceria com a Ideafix, a pandemia da Covid-19 acelerou mudanças que, mesmo antes do coronavírus fazer parte da nossa rotina, já eram discutidas. O estudo, realizado com 808 empresas de 30 segmentos, destaca, entre uma de suas vertentes, as ações adotadas em relação à diversidade e à inclusão.

De acordo com o levantamento, 41,4% das empresas têm políticas implementadas para a promoção da equidade de gênero, sendo esta a segunda maior proporção de iniciativas de afirmação realizadas pelas companhias – atrás apenas de políticas destinadas às pessoas com deficiência. 

Mais de ¼ das organizações entrevistadas (27,3%) já se fazem valer de processos seletivos destinados a atender a equidade de gênero, enquanto 27,4% têm políticas de apoio à carreira/liderança para equidade de gênero.

Ainda em relação às iniciativas para diminuir as desigualdades presentes no mercado de trabalho em relação ao gênero dos profissionais, a pesquisa mostra que 50,2% dos negócios consultados operam com um comitê de D&I atuante no grupo de equidade. 63,1% promovem ou participam de fóruns, eventos e/ou webinars relacionados ao tema da equidade de gênero. Além disso, 46,4% se posicionam publicamente a respeito da causa.

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D&I como parte da estratégia de negócio

O estudo revela que, para 84,3% das empresas, diversidade e inclusão são temas prioritários. 73,9% delas possuem objetivos estabelecidos para aumento de ações de D&I e 73,5% têm boas práticas de equidade salarial. 

Ainda assim, há ainda alguns gaps a serem corrigidos. 44,1% das organizações pontuaram que nunca realizaram um Censo interno, medida importante para compreender melhor em qual ponto está a diversidade do negócio. 34,8% realizaram a iniciativa pela primeira vez no último ano.

Questionadas sobre os principais objetivos em relação a Diversidade & Inclusão, as companhias responderam:

  • 77,1% – Desenvolvimento Cultural;
  • 62,7% – Atração e Retenção de Talentos;
  • 39% – Atendimento às normas globais da companhia;
  • 35,7% – Desenvolvimento de reputação externa;
  • 12% – Outros.

Já em relação aos treinamentos voltados ao tema D&I, a maior taxa de aplicação e/ou discussões abertas aos colaboradores remete à equidade de gênero (60,2%), seguida por discussões sobre raça, cor e etnia (57%), PCD (56,6%) e LGBTQIA+ (55%). Quando destinados às lideranças, os treinamentos têm como foco falar sobre o público PCD em sua maioria, (45,8%). Na sequência estão aplicações de treinamentos que se concentram na equidade de gênero (45%), em raça, cor e etnia (42,6%) e na causa LGBTQIA+ (41%).

A concentração das iniciativas de D&I estão no RH das empresas. Em 73,5% dos casos, o setor é quem tem a responsabilidade de guiar ações diversas e inclusivas. O segundo lugar do ranking ficou para a liderança, que em 26,5% das situações fica responsável pela condução de boas práticas. Colaboradores em geral (24,9%), grupos de afinidade (20,9%) e especialistas em D&I completam o ‘top 5’.

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Pesquisa completa

A Pesquisa de Benefícios Aon 2020/2021 também aborda temáticas como saúde, finanças, alimentação, mobilidade e diversos outros. Para acessar o material completo, basta acessar https://pesquisadebeneficiosaon.com.br/.

E já que o assunto é diversidade, fica também o convite para você acessar o report com a cobertura completa de tudo o que rolou no 10º Super Fórum de Diversidade da CKZ, realizado no final do ano passado. Baixe gratuitamente o material clicando na foto abaixo.

Super Fórum de Diversidade

Por Bruno Piai