A área de gestão de pessoas tem importância enorme em qualquer empresa. Não à toa, hoje é comemorado pela segunda vez no ano o Dia do Profissional de RHque também é celebrado em 20 de maio e, claro, não passou em branco por aqui. Entretanto, quem é líder em Recursos Humanos precisa entender que as atividades demandadas abrangem uma série de aspectos, alguns mais motivacionais e outros mais estratégicos.

Em um mundo em constante evolução – principalmente no mercado corporativo -, esse profissional desempenha um papel fundamental na gestão. Hoje, mais do que nunca, os desafios enfrentados pelas lideranças de RH vão além da mera administração “humana”. Eles agora assumem a responsabilidade pelo bem-estar físico e mental dos funcionários, atuando como mentores de desenvolvimento profissional e defensores da diversidade, inclusão e equidade dentro das organizações.

Para Luiz Eduardo Drouet, Presidente da ABRH-SP, a desconstrução é um processo fundamental para esse profissional. É preciso estar sempre atento às novas tendências corporativas, questionar o status quo e buscar soluções inovadoras para os desafios diários.

“Precisamos ver a desconstrução como uma oportunidade de crescimento e inovação. Cada desafio que o gestor de RH enfrenta é uma chance de repensar as melhores práticas e garantir que se ofereça o melhor para os colaboradores e, consequentemente, para a organização como um todo”, pontua Drouet, que acrescenta: “Esse profissional é a ponte entre o presente e o futuro do trabalho”.

Skills obrigatórias do RH

Responsabilidades humanas 

De acordo com Carla Martins, vice-presidente do SERAC, hub de soluções corporativas, é necessário que a área de RH seja humana e consiga trabalhar a motivação, a integração e a felicidade do colaborador. “Para isso, ela pode ter estratégias mais leves, como planejar os dias diferentes que vão ajudar a integrar os colaboradores. Ou seja, festas, happy hours, Dia das mães, Dia dos pais, etc”, diz. 

A executiva também afirma que cabe ao RH planejar confraternizações mais sérias, treinamentos e movimentos que estão sendo necessários no ambiente como um todo. “Algo legal que o RH pode fazer é buscar parceiros na região que promovam bem-estar, como clínicas de massagem, restaurantes que ofereçam descontos ou farmácias que entreguem”, exemplifica. 

Outro ponto importante, segundo Carla, são os cuidados com o endomarketing. “O RH precisa trabalhar a melhora da comunicação para o ambiente ficar mais positivo. Pode também organizar campanhas aliadas com a visão social da empresa, aproveitando movimentos como o Outubro Rosa para estimular a doação de lenços, por exemplo. Isso ajuda a fomentar elementos da cultura”, orienta.

Com relação à parte estratégica, a executiva cita tarefas como recrutamento e seleção assertivos e checagem de benefícios obrigatórios ou que sejam bons para os colaboradores. “Quem lidera a área de gestão de pessoas precisa estimular constantes pesquisas relacionadas a benefícios. Ou seja, a área tem que ir constantemente atrás de fornecedores melhores e não se acomodar”, sugere. 

Além disso, segundo ela, juntamente com as lideranças de outros setores, o RH pode definir estratégias para aumentar a produtividade dos colaboradores. “É uma área que precisa observar e sugerir o que pode ser feito, tanto na parte motivacional quanto financeira, para que o funcionário esteja mais motivado e traga mais resultados”, afirma. 

Outros pontos estratégicos mencionados por Carla são: a identificação e conexão entre líderes e liderados; a garantia de conformidade legal na parte trabalhista; e a criação e avaliação de pesquisas de clima organizacional. “Além disso, um RH estratégico também ajuda a gerenciar orçamentos para a empresa contratar, demitir, manter pessoas ou dar uma promoção. É importante que toda empresa tenha uma pessoa olhando de forma focada para o investimento que tem sido feito em pessoas para que possa, no final das contas, ter mais lucro”, finaliza.

Por Redação