Você já ouviu falar em chronoworking? E que tal em Burnon? Se você não os conhece, não tem problema. A julgar pelos últimos movimentos e debates no mundo do trabalho, para o bem e para o mal ambos os conceitos não demorarão para se tornarem comuns no dicionário corporativo. No GiroRH, deixamos a par do que significa cada um deles.
É hora de girar:
Cargos altos
A demanda por gerentes e diretores nas empresas brasileiras aumentou 77% no primeiro trimestre deste ano em comparação ao mesmo período de 2023. É o que aponta levantamento do Grupo Hub, consultoria de RH com soluções de recrutamento e seleção e desenvolvimento de pessoas.
Segundo dados da consultoria, embora a movimentação apareça em todos os setores, se destacam de forma expressiva finanças, mineração, agronegócio e varejo e bens de consumo. Para os especialistas do Grupo Hub, a demanda maior por cargos de liderança casa com o atual cenário econômico, em que os principais indicadores macroeconômicos caminham de lado, ainda assimilando o primeiro ano da atual equipe de governo.
Capacitação inclusiva
Até segunda-feira, 20 de maio, estarão abertas as inscrições para o programa de Mentoria Afro Policy, idealizado pela MSD. A iniciativa tem como objetivo capacitar e ampliar o conhecimento de pessoas negras para atuarem na área de Políticas Públicas e Relações Governamentais, buscando promover maior equidade racial no setor.
Com início previsto para junho deste ano, durante 6 meses, os participantes (divididos igualmente entre homens e mulheres) receberão sessões virtuais de mentoria.
“Nosso principal objetivo é maximizar as possibilidades e gerar um real impacto social, despertando o interesse de pessoas negras para a indústria farmacêutica, assim como incentivar o mercado a pensar em iniciativas intencionais que promovam mais oportunidades em todos os níveis e cargos”, afirma Ian Nunjara, gerente de ESG e Policy da MSD Brasil e idealizador do programa. O CEO da marca, Hugo Nisenbom, também encabeça a gestão do projeto.
Contra a homofobia
Hoje, dia 17 de maio, é o Dia Internacional Contra a Homofobia, data que, infelizmente, ainda não remete à celebração no universo corporativo.
Segundo dados da terceira edição do estudo do Oldversity®, produzido pelo Grupo Croma, em que 2 mil pessoas em todo o Brasil responderam de forma quantitativa e online à pesquisa, mais da metade das pessoas LGBTQIAPN+, 52%, percebe que marcas e empresas têm se ajustado mais às suas necessidades; contudo, ao ingressar no mercado de trabalho, 63% constatam que há preconceito ao contratá-los. Quase dois terços dos respondentes têm essa certeza.
“Políticas sociais, educativas e legislação mais dura são fundamentais para que haja mudança de cenário. É necessário que haja medidas públicas para combater o preconceito. A sociedade civil também deve se mobilizar cada vez mais. É necessário promover condições que amparem esses indivíduos que são constantemente minorizados por padrões distorcidos quanto ao que é certo e o que é errado”, afirma Edmar Bulla, fundador do Grupo Croma e idealizador do estudo.
Já não bastava o Burnout…
Termo cunhado em 2021 pelos psicólogos alemães Timo Schiele e Bert Wild, o “Burnon” foi um dos assuntos mais debatidos no LinkedIn ao longo da semana.
Enquanto o Burnout é amplamente reconhecido como um estado de esgotamento físico e mental relacionado ao trabalho, o “irmão” menos conhecido descreve um cenário em que os profissionais se envolvem de maneira excessiva e obsessiva com o trabalho, sem terem a percepção do desgaste, o que também pode levar a problemas de saúde física e mental e a um colapso súbito no qual os sinais de esgotamento não foram percebidos.
“A principal diferença entre o Burnout e o Burnon está na percepção do desgaste. No Burnout, a pessoa eventualmente percebe a fadiga e os problemas causados pelo estresse, enquanto no Burnon há uma negação dos problemas, uma visão idealizada e romantizada do trabalho”, explica a Dra. Simone Nascimento, médica com especialização em saúde mental e bem-estar corporativo.
O psiquiatra Estevam Vaz, membro titular da Associação Brasileira de Psiquiatria e da Associação Médica Brasileira, revela que tanto o Burnout quanto o Burnon possuem fatores diversos e não é possível definir a origem dos problemas. O especialista corrobora que há um perfil profissional mais propenso a ter as enfermidades.
“Segundo Freudenberger, psicólogo considerado o criador da noção [do Burnout], existe um perfil de pessoas que são propensas ao Burnout; são sujeitos extraordinários, que têm como características o idealismo, o perfeccionismo, a impaciência, a determinação, e são carismáticas. Isso, em tese, também estaria presente no Burnon, o que estão chamando de pré-Burnout”, pontua.
O tal do Chronoworking
Ainda no embalo de conceitos diferentes, você já ouviu falar no Chronoworking (ou Chrono working)? Bastante em alta fora do Brasil, o termo remete a uma abordagem para gerenciar melhor o tempo a favor do aumento da produtividade. É uma alocação estratégica de tempo, por assim dizer.
“Esse modelo consiste em adaptar o trabalho ao ritmo biológico de cada um, ou seja, você vai poder fazer suas tarefas no horário do dia em que se considera mais produtivo, seja de manhã, de tarde ou à noite”, explica Pedro Signorelli, especialista em gestão, em artigo.
Segundo a Sócia-Diretora da FM Consultores, Fátima Motta, em sua coluna, a implementação pode trazer vantagens que não se limitam à produtividade. Melhor equilíbrio de vida e melhoria do bem-estar estão no pacote. Mas os desafios existem.
“Apesar dos benefícios, o chronoworking apresenta desafios, como a necessidade de coordenação entre equipes que podem estar trabalhando em horários muito diferentes”.
E aí, será que essa moda pega?
VP na área
A Boa Vista, uma companhia Equifax, anuncia Aline Cintra como sua nova VP de People. Com experiência de mais de 16 anos na área de Recursos Humanos, a executiva assume a função em um momento crucial da empresa, já que recentemente se tornou parte integrante da Equifax, uma das maiores empresas de tecnologia, dados e inteligência analítica do mundo.
“Ao assumir a área de People da Boa Vista, agora uma companhia Equifax, o desafio será consolidar a estratégia de Pessoas e Cultura, com um olhar amplo para a jornada dos colaboradores e a construção de times de alta performance, assegurando que os nossos colaboradores estejam amplamente conectados e preparados para os objetivos de crescimento do negócio. Além disso, espero poder apoiar estrategicamente neste novo contexto da companhia, já que, desde agosto de 2023, passamos a compor uma estrutura global, com grande potencial para os planos futuros da Equifax”, salienta a nova VP.
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Por Bruno Piai