Em meio ao estado de calamidade pública no Rio Grande do Sul, devido às chuvas que atingiram 450 cidades do estado, o alerta está ligado também para a relação entre empregados e empregadores. A semana teve início com mais de 100 denúncias de assédio por parte de trabalhadores. A maioria alega que empresas estão exigindo o retorno ao trabalho em áreas de risco, sob ameaça de demitir quem não comparecer.

Aguardemos os próximos capítulos para entender melhor como organizações e funcionários conduzirão a dinâmica trabalhista e também o processo de reconstrução local.

O GiroRH desta sexta-feira está no ar:

Denúncias de assédio

Funcionários alegam que estão sendo obrigados a voltar ao trabalho em áreas de risco no RS

Crédito: Gustavo Mansur/Palácio Piratini

Já passa de 100 o número de denúncias de assédio recebidas pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul, de empregados que estão sendo obrigados a retornar ao trabalho ou permanecerem em áreas inundadas ou de risco, sob pena de demissão.

Desde que o sul foi atingido pelas fortes chuvas que inundaram e devastaram as cidades, a população gaúcha tem enfrentado uma série de problemas e dificuldades, entre eles o retorno ao trabalho. De acordo com uma reportagem publicada pelo UOL, das 121 reclamações até então registradas no dia 20/5, 72 estão relacionados com o fato dos empregados estarem sendo chamados pelas empresas para retornar às atividades, mesmo nas áreas consideradas de risco, sob pena de serem demitidos pelo excesso de falta.  

Para a advogada Mariana Barreiros Bicudo, especialista em Direito e Processo do Trabalho e sócia do Barreiros Bicudo Advocacia, essas denúncias devem ser avaliadas com cautela e analisadas individualmente, isso, porque embora seja uma situação de calamidade pública, as faltas ao trabalho continuam sendo obrigadas a serem justificadas pelos empregados, até mesmo para evitar casos de abusos. 

Sobre as ameaças recebidas pelos funcionários, a advogada pondera: “Os empregadores não podem obrigar os empregados a retornarem ao trabalho, sob ameaça de dispensa, caso os empregados comprovem que estão desalojados ou em locais cujo acesso ao local de trabalho estejam impedidos. Assim, é importante que nesses casos as empresas sejam mais sensíveis neste momento de caos”.

A nossa colunista Maria Lucia Benhame publicou nesta quinta-feira (22) um artigo sobre como as empresas podem agir para sobreviver mediante ao estado de calamidade pública, No texto, ela destaca, inclusive, como proceder com a questão do trabalho, uma vez que muitos profissionais perderam tudo. Vale a leitura!

Em busca de flexibilidade

Conforme o levantamento “Perfil dos estagiários e candidatos a estágio no Brasil 2024”, conduzido pela Companhia de Estágios, 48% dos estudantes que participam de programas de estágio ou estão em busca de vagas desta modalidade priorizam flexibilidade e benefícios que favoreçam o seu desenvolvimento, como treinamentos, programas de mentoria e cursos de idioma, na hora de escolherem vagas. 

Mais da metade dos contratados (57%) hoje atuam em regime totalmente presencial. Modelo híbrido (parte na empresa, parte em casa) é a segunda opção mais comum (37%), e apenas 6% dos respondentes trabalham em modelo totalmente remoto.

Empregabilidade inclusiva

Em um esforço contínuo para promover a diversidade e a inclusão dentro e fora da empresa, a TIM acaba de anunciar a abertura de 250 vagas de trabalho com foco na inclusão de pessoas com deficiência. São 50 oportunidades dedicadas para este público na área comercial e de atendimento, e mais 200 afirmativas em diferentes áreas e níveis de qualificação. Para inscrições e mais informações, acesse este link.

A iniciativa faz parte das ações do TIM+Diversa, programa criado pela operadora que visa não apenas à empregabilidade, mas também à capacitação e o desenvolvimento profissional contínuo desses novos(as) colaboradores(as).

Mudança a caminho

Marcelo Tardin

Vice-presidente de RH do Grupo Carrefour, Catia Porto deixou, por decisão pessoal, o cargo na varejista. A informação foi divulgada pela marca na última terça-feira (21).

A função ficará a cargo de Marcelo Tardin, vice-presidente de transformação, que a ocupará até que a contratação para repor a saída da executiva seja feita.

Olhar atento para outros desastres

Cidades sob risco climático

Crédito: RBS TV

Segundo estudo realizado pelo governo federal, 1.942 municípios brasileiros se localizam em áreas propensas a desastres climáticos, como enchentes e deslizamentos de terra.

O número, todavia, é considerado subestimado, uma vez que a lista contava com 142 cidades gaúchas e, ao todo, 450 foram impactadas pelas chuvas no estado. 73,9% da população do país reside nos municípios listados.

Preparando para o futuro

kipiai prepara turma para capacitação em marketing digital

A Kipiai, agência especializada em Marketing Digital, anunciou o lançamento de seu braço social com o objetivo de democratizar o acesso ao conhecimento e formar jovens profissionais de escolas públicas da região de Jandira, Barueri e Itapevi. A ideia do workshop é fomentar e incentivar ainda mais o ensino nas escolas públicas de matérias que fogem da grade curricular.

Ao todo, 10 jovens serão selecionados para participar da capacitação, que será desenvolvida em três módulos entre maio e julho de 2024. Ao final do workshop, os participantes receberão um certificado de participação e poderão concorrer a uma vaga remunerada de jovem aprendiz na Kipiai.

Síndrome de Burnout

De acordo com levantamento da Semrush, o termo “burnout” foi pesquisado 368 mil vezes na internet em abril, um aumento de 83.08% em relação ao mesmo período do último ano. Além disso, “burnout sintomas” também registrou crescimento, saltando de 40.5 mil buscas em abril de 2023 para 74 mil no mês passado.

Além disso, é interessante analisar que, na pesquisa, termos relacionados à saúde mental, por si só, não apresentaram crescimento. No entanto, houve um aumento no interesse da população quando esses transtornos foram associados ao trabalho. As buscas por “saúde mental”, por exemplo, sofreram uma queda de 17.73% no último ano, enquanto “saúde mental no trabalho” teve um aumento de 49.38% no mesmo período.

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Por Bruno Piai