A plataforma de aprendizado Udemy acaba de lançar o relatório “Making learning work for everyone: The 5 learner profiles” (“Fazendo o aprendizado funcionar para todos: Os 5 perfis de aprendizes”, em tradução literal). A escassez global de habilidades e a contínua lacuna de talentos fizeram com que as organizações repensassem a abordagem em relação aos programas de aprendizado. Para muitos especialistas em educação, a mudança para uma abordagem baseada em habilidades tornou-se a resposta para preencher essa lacuna, criar agilidade organizacional, melhorar o engajamento dos funcionários e engajar os talentos de uma forma mais significativa nas suas organizações.

A pesquisa fornece recomendações sobre como os líderes podem desenvolver programas de aprendizado eficazes, que sejam personalizados e acessíveis e consigam engajamento de cada aluno.

O relatório analisou dados de quase 12.000 alunos no mundo todo para chegar a cinco perfis exclusivos de alunos, com motivações, mindsets e medidas de sucesso específicas. Esses perfis são distribuídos quase uniformemente da seguinte forma:

  • Aluno devotado (18%): Alunos com motivação e com interesse em diversos tópicos.
  • Aluno social (23%): Alunos motivados pelo ambiente externo e orientados para o sucesso.
  • Aluno confiante (24%): Alunos proativos que gostam de desafios.
  • Aluno emergente (19%): Alunos que preferem orientação e estão construindo a própria autoconfiança.
  • Aluno prático (16%): Alunos que preferem conforto e estrutura a desafios.

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“As empresas no Brasil, na América Latina e no mundo têm como desafio preencher as suas lacunas de habilidades, que atrasam a sua transformação digital e o acompanhamento de tendências como a IA generativa”, diz Bruno Barreto, vice-presidente da Udemy para a América Latina. “Para solucionar essas questões e fazer uma transição bem-sucedida para se tornarem empresas baseadas em habilidades, as empresas precisam de programas de aprendizado eficazes, com experiências escaláveis e personalizadas para as equipes.”

O estudo fornece descobertas importantes e práticas recomendadas para líderes de aprendizado e desenvolvimento, como:

A importância de projetar programas de aprendizado focados na motivação e no valor intrínseco

Baseados em décadas de aprendizado científico, os princípios de design de aprendizado da Udemy sugerem que, se um aluno valoriza intrinsecamente uma experiência de aprendizado, é mais provável que ele se engaje nela e vá até o final. No entanto, diferentes perfis de alunos são motivados por diferentes fatores. Alunos confiantes, por exemplo, são motivados pela forma como o aprendizado os ajuda a alcançar resultados específicos. Alunos devotados estão no outro extremo do espectro, motivados pela alegria de aprender e pelo desejo de construir conhecimento.

No Brasil, os alunos são motivados pelo desejo de alcançar um resultado específico, melhorar a própria situação financeira e adquirir as habilidades necessárias para a sua vida e o seu trabalho. Entre os principais objetivos que os alunos no Brasil têm ao fazer cursos online, estão o crescimento na carreira, o alcance de objetivos de vida, o aprimoramento das habilidades das suas equipes e o aumento da estabilidade financeira. Se os líderes de aprendizado compreendem o que cria valor intrínseco para diferentes perfis de alunos, eles podem aumentar o engajamento e ajudar os alunos a investirem mais na construção de novas habilidades.

Colab:
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A geração Z é a mais motivada a aprender por incentivo externo

A divergência geracional nas perspectivas de aprendizado está aumentando. Gerações diferentes da força de trabalho têm perspectivas diferentes sobre aprendizagem, motivações e prioridades. Entre os alunos da geração Z, há mais alunos motivados por incentivo externo, especialmente alunos sociais (18%) e alunos emergentes (19%). Os baby boomers, a geração mais velha da força de trabalho, têm um índice alto de alunos confiantes (16%).

À medida que a demografia geracional da força de trabalho continua a mudar, as equipes de aprendizado devem levar em consideração essas mentalidades e expectativas divergentes para otimizar o engajamento futuro.

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Programas multimodais e combinados são o padrão ouro

Alunos dedicados, confiantes e práticos preferem aprender sozinhos. Além disso, os alunos sociais e os alunos confiantes medem o próprio sucesso comparando o seu desempenho com o dos seus pares, indicando uma abordagem mais competitiva em relação à aprendizagem. Alguns perfis, como os alunos emergentes, se sentem intimidados pelo aprendizado social com alunos proativos ou competitivos.

Os alunos no Brasil aprendem melhor com orientação especializada e estando rodeados de pessoas com quem podem aprender. Aulas online ao vivo e aprendizado por assinatura são mais atraentes para os alunos brasileiros. No entanto, a maior barreira para eles é a falta de tempo para se dedicar ao aprendizado online. As equipes de aprendizado podem resolver isso estruturando oportunidades para unir diferentes grupos e as abordagens preferidas de aprendizado deles.

“Os princípios básicos da ciência do aprendizado mostram que todos os alunos têm um conjunto universal de necessidades para aprenderem de forma eficaz”, diz Justin Mass, diretor sênior de aprendizado empresarial da Udemy. “Mas nem todos os alunos têm as mesmas necessidades ao mesmo tempo ou no mesmo nível, o que pode tornar a criação de programas um desafio para os líderes de aprendizado. Ao compreender os perfis de aprendizado exclusivos e a presença deles em todos os níveis e áreas, os líderes de aprendizado podem criar experiências de aprendizado que tenham mais engajamento e que atendam a diversas necessidades, criando um impacto duradouro tanto para os colaboradores como para as organizações.”

Para saber mais sobre os perfis exclusivos de alunos e como engajar alunos com sucesso, confira aqui o “Making learning work for everyone: The 5 learner profiles”.

Por Redação