O RH passa por transformações a todo instante, principalmente no contexto da pandemia de COVID-19, que apesar de não estar mais em seu auge, ainda assim mexe com as estratégias e a cultura organizacional dos negócios. São mudanças significativas que vão desde repensar modelos de trabalho até adoção de novas ferramentas para a tomada de decisão.
A principal definição deste modelo de gestão é a integração da equipe de recursos humanos à estratégia da empresa. Com a tecnologia e as ferramentas corretas para acumular e interpretar dados e métricas em People Analytics, é possível otimizar os resultados e performance em toda a organização.
“Ao conseguirmos insights embasados, é possível predizer o turnover e outros resultados negativos com precisão. O People Analytics é a solução para problemas do dia a dia a partir de uma melhor combinação com o que há de mais moderno na psicologia organizacional e tecnologia de dados”, explica Thaylan Toth, CEO da Mindsight, empresa de tecnologia para RH.
Cada vez mais difundido, o conceito de People Analytics consiste em utilizar uma combinação de dados sobre os funcionários para entender tendências de comportamento na equipe para tomar decisões a partir de métricas e dados, ao invés do tradicional feeling.
Com tantas novidades e uma evolução constante na área de gente, é fundamental estar preparado para o que está por vir. E o caminho para isso é ter um RH estratégico para encarar o futuro. Confira algumas dicas que podem ajudar sua empresa a conquistar um.
Recrutamento e Seleção
Todo o processo de otimização do RH começa com o recrutamento. A experiência profissional e outras formas de promoção da imagem do candidato não fazem mais parte do escopo essencial na hora de contratar os melhores talentos para o negócio. Construir uma equipe diversa e com ideais em comum é o melhor caminho para colher melhores resultados e manter os funcionários motivados.
Segundo Thaylan, softwares cognitivos capazes de assimilar todas as informações e um sistema de triagem moderno, que analise o fit cultural de cada candidato ao invés de planilhas que podem se perder em meio a tantos outros documentos, fazem a diferença.
Falando em recrutamento, nós sabemos que, hoje, a tecnologia é um grande facilitador para que as organizações possam promover uma seleção ágil, assertiva e com menos custos. Porém, quando o assunto é decidir quem serão as pessoas que farão parte de um negócio, até onde os recursos tecnológicos devem interferir?
É sobre isso e muito mais que o CEO da Bullseye Executive Search, Jorge Martins, falará no EncontRHo desta quinta-feira (19). Online e gratuito, o evento tratará sobre a influência dos algoritmos para contratar e demitir pessoas. Clique no banner abaixo para saber mais e garantir agora mesmo a sua participação.
Estratégia, Metas e Resultados
Para ter um RH integrado e inteligente, é fundamental que a equipe de gestão de pessoas faça parte do planejamento e da estratégia da organização. Para atingir os resultados esperados, é necessário traçar metas para tarefas cotidianas do RH e objetivos futuros, como por exemplo:
- Desenvolver a cultura organizacional;
- Diminuir taxas de turnover;
- Deixar o processo de recrutamento e seleção mais ágil.
É necessário dar uma atenção maior para as metas no momento do planejamento e não só em situações de crise, como acontece em muitas empresas. Desta forma, é possível evitar reestruturações a curto ou médio prazo. Para formular as metas é preciso também entender como está o mercado, quais as tecnologias estão disponíveis e como valorizar o capital humano.
“O RH começa a se tornar proativo e entender mais de todos os processos da empresa e não ocupa mais a função de justificar decisões arbitrárias e privilégios para quem ocupa cargos mais importantes. O foco deve ser melhorar o desempenho individual e os resultados da organização. Se falta treinamento em algum time, é possível investir nessa área, se o problema for de infraestrutura, o investimento pode ir para este lado”, salienta Toth.
Veja mais: Metas de diversidade e inclusão: o que priorizar?
Tomada de decisão
Entendendo os processos da empresa e estruturando a etapa de recrutamento e seleção a partir de dados, falta trabalhar e desenvolver o processo de tomada de decisão. Neste momento, ao invés de somente o RH participar da estratégia, é necessário que as lideranças, por meio de fóruns e outros processos colegiados, participem da tomada de decisão de gente.
Todos esses pontos são importantes na hora de decidir sobre promoções, aumentos, demissões, realocações, entre outras ações. Por isso, é fundamental ter as ferramentas corretas para ter dados precisos de maneira ágil à disposição para tomar essas decisões.
Tecnologia cognitiva na gestão de pessoas
Em um mundo plenamente conectado, não é possível para o ser humano absorver a quantidade de dados e informações que surgem todos os dias. A cognição é uma função psicológica que atua na aquisição de conhecimento.
E, para esse fenômeno acontecer, utiliza-se da memória, capacidade de julgamento, resolução de problemas e tomadas de decisão para processar as informações que recebemos a todo momento. Com um fluxo tão grande, é preciso do auxílio da tecnologia para se manter ativo e atualizado, principalmente, em ambientes de trabalho que demandam muito dos dados.
Veja mais: Tecnologia como aliada para redução de vieses inconscientes
Um software de RH inteligente é capaz de reproduzir a capacidade humana de processamento de dados de forma muito mais rápida. O software aprende constantemente e gera hipóteses a partir de inúmeras probabilidades. Quando a plataforma é alimentada com dados, a capacidade elevada de processamento permite estruturar as informações que surgem a todo tempo.
Como o People Analytics demanda a análise de diversas métricas para entender comportamentos da equipe, é possível aliar a psicologia organizacional com a tecnologia para tomadas de decisão ágeis e precisas.
Por Redação