Há quase cinco meses, o foco dos profissionais de RH tem sido lidar com desafios impostos pela pandemia do novo coronavírus. São, sobretudo, relacionados à forma de se relacionar com os colaboradores a distância – tanto no sentido de gerenciar a produtividade e mantê-los engajados e, claro, saudáveis, quanto em continuar as operações do dia a dia. Uma das respostas das empresas em meio à crise foi fazer o tema da Transformação Digital deixar de ser uma tendência para se tornar projetos concretos.

Para os RHs, isso pode exigir uma adaptação às novas tecnologias, mas principalmente diz respeito à possibilidade de empreender uma mudança que, em curto prazo, é capaz de agilizar os processos e tarefas cotidianos. As tecnologias disponíveis hoje para os profissionais de RH, permitem que suas empresas e departamentos mantenham ou até mesmo aumentem, a produtividade que tinham antes da pandemia.

Com elas, os colaboradores podem, por exemplo, realizar marcação do ponto com geolocalização e reconhecimento facial, assinar o espelho de ponto digitalmente, programar férias, acessar dados pessoais, iniciar e consultar andamentos de requerimentos e terem processos de onboarding – tudo isso, aliás, pelo celular.

Sem contar, que para as atividades que eles desempenham, a implementação dessas tecnologias também significa uma continuidade do trabalho, já que podem rodar folhas de pagamentogerar relatórios diversos e até administrar – de longe – os protocolos e cuidados de saúde dos funcionários.

Tudo isso significa que, enquanto os colaboradores estão em suas casas trabalhando em home office, as tecnologias estão fazendo com que seja possível construir um cenário parecido ao do escritório físico – e, por isso, elas são mais importantes do que nunca.

Essa afirmação não se baseia apenas no momento presente: em meio a discussões sobre o que será o “novo normal” dos negócios – e do RH –, uma coisa os especialistas não deixam de mencionar: serão as tecnologias que permitirão que essa nova normalidade exista.

Isso pode ser bem visualizado, por exemplo, no que se afirma ser a principal tendência pós-coronavírus do mundo do trabalho: regimes mais flexíveis de home office – que já estavam sendo adotados por muitas empresas dos Estados Unidos, como mostra o diretor de Tecnologia da Apdata, Vagner Santana, em um artigo publicado recentemente, mas que ainda engatinhavam no Brasil.

No entanto, para essa modalidade de trabalho ser possível, as organizações vão precisar contar, justamente, com as soluções que, no momento da pandemia, operaram a migração das operações do escritório para a casa das pessoas com o menor impacto possível.

Em outras palavras, ter sistemas que proporcionam descentralização e mobilidade, com acesso às informações da empresa e do próprio colaborador pelo celular, por portais que unifiquem as suas demandas e que, para os profissionais, permitam que a maior parte de suas tarefas também se torne automatizada. O vírus não vai desaparecer com o uso da tecnologia, mas nunca a tivemos de forma tão fácil para administrar o trabalho e a vida simultaneamente.

Por Paulo Oliveira, coordenador de marketing da apdata